Usiminas apresenta o ator mineiro Luiz Arthur no premiado espetáculo HOMEM-BOMBA que estreia 5 de maio na Sede Cia dos Atores no RJ.
A peça, que chega pela primeira vez ao Rio, é livremente inspirada no clássico da literatura “O MÉDICO E O MONSTRO”, de Robert Louis Stevenson (1850-1894), e se passa em um mundo parecido com um grande abatedouro, onde um homem adota métodos nada convencionais para tentar conhecer os vários eus que o habitam.
HOMEM-BOMBA estreou em 2018 na Mostra Solos e Monólogos do CCBB de São Paulo, sendo aclamada pela crítica. Luiz Arthur é ator, diretor, produtor, professor de teatro, jornalista e fundador da Companhia Teatro Adulto (MG). Venceu, entre outros prêmios, SESC/SATED-MG e USIMINAS/SINPARC 2003 de melhor ator por “Noites Brancas”, em que atuou ao lado de Débora Falabella sob a direção de Yara de Novaes.
O solo “Homem-Bomba” com texto de Cynthia Paulino (diretora, atriz premiada, figurinista, professora, produtora e cofundadora da Companhia Teatro Adulto) e direção e atuação do mineiro Luiz Arthur, é vencedor dos prêmios de Melhor Ator, Melhor Diretor e Melhor Texto do 10º Festival Nacional de Teatro do Piauí, realizado em setembro de 2022 na cidade de Floriano (PI) e foi eleito como um dos melhores espetáculos por um público de mais de 100 mil pessoas no perfil Atores da Depressão (https://www.instagram.com/atoresdadepressao/).
“O espetáculo pronto e uma pandemia no meio do caminho. Agora, finalmente chego ao Rio certo de que esse tempo só fez as provocações do HOMEM-BOMBA ainda mais atuais: a violência desmedida, os descalabros diários que acompanhamos na mídia, nas redes sociais e no cidadão que está bem ao nosso lado, fazem da escuridão que há dentro de todos nós um risco à sanidade. Entender a sombra é um caminho pra darmos um chega pra lá nesse torpor cotidiano.”, reflete Luiz Arthur.
Luiz Arthur, fundador da Cia. Teatro Adulto, estreou a peça em 2018 na Mostra Solos e Monólogos do CCBB de São Paulo. Na estreia, contou com a presença do professor e crítico teatral Welington Andrade, que escreveu: “Tomado de assalto pelo ritmo vertiginoso imposto pela dicção clara e enervada de Luiz Arthur, o espectador se conscientiza de que está diante de um complexo e multifacetado repertório de significados épicos, poéticos, dramáticos e até mesmo melodramáticos, todos penetrantes em sua perspectiva fantasiosa ou crítica, significados esses cada vez mais raros de serem veiculadas pela indústria cultural nos dias de hoje”.
No ano seguinte, “Homem-Bomba” cumpriu temporada em São Paulo, recebendo novas críticas entusiasmadas – no Observatório do Teatro / UOL, o jornalista e crítico Bruno Cavalcanti escreveu: “o desempenho irretocável de Luiz Arthur enche Homem-Bomba de som e fúria num dos grandes desempenhos da temporada”.
Sobre o espetáculo
O solo se passa em um mundo desigual, cada vez mais parecido com um grande abatedouro. Nesse lugar inóspito, um homem tenta compreender os vários eus que o habitam e, para isso, adota métodos nada convencionais. “É um personagem provocador, que busca intimamente a compreensão dos monstros que existem escondidos em todos nós”, comenta Luiz Arthur.
Para discutir essa dualidade do ser humano, o ator e diretor Luiz Arthur buscou como referência o romance “O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde”, popularizado como “O Médico e o Monstro”, do britânico Robert Louis Stevenson (1850-1894). “O monstro não é alguém distante de nós. É nosso duplo. O monstro nos habita e cabe a cada um saber cuidar, compreender e educar a sua própria sombra”, revela Luiz Arthur.
Em cena, esse monstro se materializa numa figura que se aproxima a de um açougueiro. “Esse personagem foi se firmando durante todo o processo de construção da dramaturgia. Mas não podia ser um açougueiro qualquer. Precisava ter o lado do cientista, do médico. E que faz de si a sua própria cobaia”, acrescenta o ator e diretor.
Encenada em uma área de 2m² ocupada por pallets brancos (como os usados em açougues), a peça investiga a restrição do espaço de atuação, característica marcante na trajetória da cia. Teatro Adulto.
Além da obra de Stevenson, a montagem traz citações de escritores, poetas e pensadores como Aldous Huxley, Shakespeare, Carl Jung, Franz Kafka, HP Lovecraft, Tadeusz Kantor, Augusto dos Anjos, Samuel Beckett e William Blake, entre outros. “São autores extraordinários que nos fazem refletir sobre a condição humana, sobre quem somos de verdade. E a trilha também surpreende porque vai de Beethoven e Aretha Franklin até um trecho de Pagliacci no gogó”, revela Luiz Arthur. “É um desafio e tanto”, conclui.
SOBRE LUIZ ARTHUR – autor e diretor
Luiz Arthur é ator, diretor, produtor, professor de teatro e jornalista. É integrante e fundador da Companhia Teatro Adulto (MG). Com “A Morte de DJ em Paris” (1999), venceu os prêmios de melhor ator no 12º Concurso de Monólogos Ana Maria Rego (Teresina) e no III Festival Nacional de Monólogos (Vitória). Venceu os prêmios SESC/SATED-MG e USIMINAS/SINPARC 2003 de melhor ator por “Noites Brancas”, no qual atuou ao lado da atriz Débora Falabella sob a direção de Yara de Novaes, e SESC/SATED e AMPARC/BONSUCESSO 1996 por “O Beijo no Asfalto”, com direção de Wilson Oliveira. Produziu e atuou em “Fala Comigo Como a Chuva”, eleito pela crítica nacional como o melhor espetáculo do Fringe no Festival de Curitiba 2009, dirigido por Cynthia Paulino. “Homem-Bomba” é seu segundo solo. Atuou na novela “Fascinação” (1998), no SBT. Na TV Globo, participou de “Belíssima” (2005), “JK” (2006), “Caminho das Índias” (2009), “Passione” (2010) e “Rocky Story” (2017). É coordenador e professor de interpretação da Escola de Teatro PUC Minas.
SOBRE A COMPANHIA TEATRO ADULTO
A Companhia Teatro Adulto cria e produz espetáculos desde 1996. Destacam-se: “A Morte de DJ em Paris” (1999), “A Falecida” (2004), “Fala Comigo Como a Chuva” (2008), “A Última Canção de Amor Deste Pequeno Universo” (2010), “Entre Nebulosas e Girassóis” (2013), “Coisas Boas Acontecem de Repente” (2016), “Horror Vacui Hamlet” (2016) e “Homem-Bomba” (2018).
FICHA TÉCNICA:
Direção, trilha sonora e atuação: Luiz Arthur
Texto: Cynthia Paulino
Cenário: Cynthia Paulino e Luiz Arthur
Coordenação técnica e iluminação: Marina Arthuzzi
Figurino: Cynthia Paulino
Adereços: Mauro Gelmini
Maquiagem: Linda Paulino
Assistente de produção e designer gráfico: Samara Martuchelli
Fotos: Catarina Paulino
Patrocínio: Usiminas
Realização: Companhia Teatro Adulto
Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany