Certa tarde, a caminho da minha aula de licenciatura em teatro, conversei com o taxista sobre o meu projeto INFOTEATRO. Ele, interessado, perguntou sobre o que se tratava, e eu expliquei que, entre outras coisas, é um guia com informações sobre peças teatrais em São Paulo e Rio de Janeiro. Logo, a conversa nos levou à pergunta: quando foi a última vez que ele havia ido ao teatro? Um pouco envergonhado, ele me confessou que nunca tinha ido, e que sequer sabia onde ficavam os teatros ou como se comportar em um ambiente como aquele. Fiquei refletindo sobre o quanto esse universo ainda parece distante para muitos.
Foi então que compartilhei com ele que, em São Paulo, atualmente, mais de 100 peças estão em cartaz simultaneamente. Expliquei que o teatro é um universo plural, com diferentes estilos, espaços e preços. Existem desde grandes produções em teatros imponentes até opções mais intimistas e alternativas em espaços menores. O importante não é buscar algo grandioso ou mais intimista, mas explorar as diversas formas do fazer teatral.
O teatro se revela, assim, como um espaço democrático, onde a diversidade de opções permite que cada pessoa encontre algo que se encaixe com suas expectativas e possibilidades. O mais bonito dessa experiência é que, ao entrar em um teatro, você não é apenas espectador, mas parte de uma troca única e visceral, que expande sua realidade.
E o taxista? Prometeu que iria ao teatro, que buscaria por informações no INFOTEATRO. Tomara que sim! Esse é o meu objetivo final: fazer com que novos espectadores descubram que o teatro é, na verdade, para eles — para todos nós.
Esperando Godot – no Teatro Oficina
Realpolitik – no coworking do Teatro B32
Na Lista dos Vivos – no Teatro Cemitério de Automóveis