Um solo sobre amor, memória e resistência
Primavera Cega nasce de lembranças pessoais autoficcionadas, mergulhando na relação entre uma mãe e um filho ao longo do tempo. Neste percurso, o espetáculo atravessa temas como a homofobia, o machismo e a Doença de Alzheimer – que se manifestam de diferentes formas, moldando personalidades, apagando histórias e deixando marcas. A partir do olhar desse filho, a narrativa investiga como os padrões herdados da família – e reforçados pela sociedade – se enraízam na identidade pessoal. Histórias não contadas, medos silenciados e afetos interrompidos tornam-se heranças invisíveis. O que não é falado se infiltra nos gestos, nas ausências, nos ciclos que se repetem. Ao transitar entre lembranças reais e inventadas, Primavera Cega é um convite à reflexão sobre a força dos laços afetivos e os impactos do preconceito e da intolerância em seus mais diversos aspectos. Mais do que um resgate de memórias, é uma viagem interior que confronta o protagonista – e o público – com os fantasmas do passado e os limites que ele impõe ao presente.
Ficha Técnica:
Concepção, atuação e dramaturgia: Igor Iatcekiw
Direção: Alejandra Sampaio e Malú Bazán
Provocação dramatúrgica: Denio Maués e Kiko Marques
Design de luz: Adriana Dham
Trilha sonora: Bruno Menegatti
Figurino: Marcelo Leão
Fotografia: Nelson Kao
Identidade visual: Cristina Cavalcanti/Jiboia Estúdio
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio Comunicação
Parceria: Associação Cultural Zona Franca
Apoio: The Dog Resort