Adnã Ionara apresenta espetáculo Cacunda no Sesc 24 de Maio
Cacunda, palavra de origem quimbundo, substantiva a curvatura acentuada nas costas, geralmente acometida como consequência da idade, abaulando o corpo. Dorso. É aquela que protege, dá abrigo, proteção. Dor. Lê-se como quem lança pragas, desejando o mal pelas costas. Nos terreiros, cacunda é Cacurucaia, entidade mais velha na seara da umbanda. Cacurucaia, mulher velha e ranzinza, é poeira que baila na curva do tempo, riscando seu ponto num encontro entre passado-presente-continuidade, aplacando a bonança e infortúnio para aqueles que a procuram. Cacunda é uma dança que mobiliza o tempo e suas curvas, questionando e celebrando o peso que carrega a existência.
Ficha Técnica:
Criação e interpretação: Adnã Ionara
Direção cênica: Adnã Ionara e José Teixeira
Provocação cênica: José Teixeira
Composição e execução de trilha musical: Yandara Pimentel, Otavio Andrade e Marcelo Santhu
Design e operação de luz: Karen Mezza
Operação de som: Pedro Flório
Produção Executiva: Wannyse Zivko (Arte & Efeito)