Duas máscaras nuas de Pirandello do Grupo TAPA
O Grupo TAPA estreia dia 6 de setembro Duas máscaras nuas, espetáculo composto por dois textos de Luigi Pirandello: Cecé e O Homem com a flor na boca para curta temporada na sede do grupo TAPA no 86 ,da Rua Lopes Chaves, Barra Funda. Sábados e domingos às 19hs até 12 de outubro. Com esse trabalho o Grupo TAPA dá continuidade a um aprofundamento na obra do autor italiano através de suas narrativas breves e a realização de mais um espetáculo para pequenas plateias iniciada com a montagem de O torniquete do mesmo Pirandello com sequência em Papa Highirte de Oduvaldo Vianna Filho e Os Credores de Strindberg. A origem do título veio da denominação de Pirandello à sua obra dramática: “A máscara nua”, síntese precisa do que retrata sua dramaturgia, o avesso da máscara que todos usamos e dos papéis que desempenhamos na vida. Escritos em momentos distintos, Cecé em 1910 e O Homem com a flor na boca em 1922, contrapõe a comédia e o drama tal como se caracterizam nas representações clássicas das máscaras do teatro. Cecé, foi montado pelo Grupo TAPA como vídeo teatro durante a pandemia e agora ganha uma versão presencial com os mesmos atores que participaram da versão virtual: André Garolli, Antoniela Canto e Norival Rizo. Já O Homem com a flor na boca é uma abordagem inédita com os mesmos Norival e André se desdobrando nos papéis sob a direção de Eduardo Tolentino de Araujo
Ato 1
Cecé poderia ser o argumento de um daqueles filmes italianos que tanto sucesso fizeram na década de 60. Um lobista, um empreito e uma mulher um tanto leviana se enredam em uma trama que envolve propinas e cheques sem fundo, qualquer semelhança não é mera coincidência.
Ato 2
O Homem coma flor na boca é o encontro de dois desconhecidos em um bar próximo à estação ferroviária. Um deles, cuja a família está de férias, teve que vir a cidade para resolver alguma coisa, perdeu o último trem da noite e aguarda o próximo trem da manhã. O outro é o misterioso homem com a flor na boca que vaga ao longo do dia provocando um diálogo inusitado com quem esteja disposto. A conversa vai tomando rumos inesperados que contrapõe a banalidade do cotidiano e a razão da existência