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12 ANOS OU A MEMÓRIA DA QUEDA

Inspirada no livro 12 Anos de Escravidão, de Solomon Northup, a peça conta a história de um homem negro que, após aceitar um trabalho, é sequestrado e escravizado por doze anos. A montagem apresenta uma releitura através da ótica feminina negra, presente na direção de Onisajé e Tatiana Tiburcio.

 As alegorias utilizadas pelas diretoras Tatiana Tiburcio e Onisajé, que também assina a versão final do texto, entram na cena por meio dos personagens de David Júnior, Bruce de Araujo e Cintia Rosa o trio de protagonistas que traduz em imagem, movimento e discurso, dentro de certo realismo fantástico, os arquétipos da história original, 12 anos de escravidão, escrita por Solomon Northup.

Idealizada por Felipe Heráclito Lima, a montagem aborda uma temática ainda pulsante atualmente: a escravização dos corpos negros. A peça conta a história real de um homem negro no século XIX que, após aceitar um trabalho que o leva para outra cidade, é sequestrado e escravizado por doze anos. 12 anos ou A memória da Queda é inspirado no livro 12 Anos de Escravidão, de Solomon Northup. Com dramaturgia original de Maria Shu e texto final de Onisajé, que também assina a direção com Tatiana Tiburcio, o espetáculo teatral traz à tona uma temática pulsante na atualidade: a escravização de corpos negros. O projeto tem como inspiração a história real de Solomon – um homem negro que após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, é sequestrado e escravizado por 12 anos. No elenco, David Júnior, Bruce de Araujo e Cintia Rosa.

“Reconstruímos essa história a partir da compreensão atual de quem é esse sujeito negro e o que significa essa liberdade para ele hoje a partir dessa trajetória. Porque não é interessante trazer algo datado, mas enxergar dentro dessa narrativa o que a gente conseguiu de vitórias e avanços e o que ainda precisamos romper enquanto imaginário sobre este sujeito, enquanto discurso deste mesmo sujeito, enquanto existência e perspectiva de futuro. O quanto ainda precisamos avançar a partir desta base constituída e apresentada lá trás”, observa Tatiana Tiburcio.

A soteropolitana Onisajé fala sobre o posicionamento cênico da dupla de direção que forma com Tatiana. “No que tange à temática, está em cena a nossa análise e posicionamento crítico, ético, político, filosófico e poético-estético acerca da escravização. Ele se traduz na compreensão de que a escravização se sofistica, se disfarça e ainda se mantém muito viva entre nós. Os aportes das diversas opressões encontram na escravização um lugar de deságue”, ressalta.

Onisajé acredita que mesmo os espectadores que não leram o livro e nem viram o filme, dirigido por Steve McQueen em 2013, encontrarão uma argumentação cênica que aponta o quanto ainda são criados discursos de inferiorização para justificar a neo-escravização. “A questão racial é a pauta mais urgente a ser enfrentada no Brasil. Um país que concebe e ainda alimenta argumentações e posicionamentos racistas não poderá avançar como nação”, defende.

Guiando a estética e a alma da montagem estão as referências da ancestralidade, da filosofia e mitologia negra. “A partir dessa compreensão revisitamos a história de Solomon entendendo os pontos críticos da narrativa em relação aos avanços no discurso racial na prática no nosso dia a dia. Ainda vivemos processos de escravização de diversas formas. Processos diretos – nos interiores deste nosso país – e de formas sutis, mas muito bem compreendidas por quem os sofre nos grandes centros urbanos. É preciso revisitar essa história e reconstruí-la a partir de um olhar feminino, negro, matriarcal, poético, lírico, onírico”, aposta Tatiana.

A ideia de levar aos palcos a história clássica que, em adaptação para o cinema, foi vencedora de três premiações no Oscar, partiu de Felipe Heráclito Lima. Ao se deparar com uma pesquisa sobre a quantidade inacreditável de trabalhadores em regime análogo à escravidão em fazendas de búfalo da Ilha de Marajó (PA), o artista questionador percebeu o quanto o assunto, até então por ele ignorado, precisava ser debatido.

O espetáculo 12 anos ou A memória da queda é apresentado em São Paulo pela Apsen, através do ProAc ICMS, e conta com patrocínio das empresas Atacadão, Boa Vista e Volkswagen através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O espetáculo estreou no CCBB Rio em novembro de 2022.

Ao receber esse projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil oferece ao público oportunidade de reflexão sobre temas relevantes para a sociedade e reafirma o apoio ao teatro nacional e seu compromisso com a promoção da arte e ampliação da conexão dos brasileiros com a cultura.

Ficha Técnica

Elenco: David Júnior, Cintia Rosa e Bruce de Araujo.
Dramaturgia original: Maria Shu.
Texto Final: Onisajé.
Direção Artística: Tatiana Tiburcio e Onisajé.
Idealização: Felipe Heráclito Lima.
Coordenação Geral e Artística: Anna Sophia Folch e Felipe Heráclito Lima.
Direção de Produção: Leila Maria Moreno e Felipe Valle.
Assistente de Direção: Cridemar Aquino.
Direção Musical e Música Original: Jarbas Bittencourt.
Cenografia: Wanderley Gomes, Cachalote Mattos e Tatiana Tiburcio.
Figurino: Wanderley Gomes, Guto Carvalhoneto e Tatiana Tiburcio.
Desenho de Luz: Jon Thomaz.
Direção de Movimento: Jefferson Bilisco e Tatiana Tiburcio.
Preparação Corporal: Jefferson Bilisco.
Visagismo: Diego Nardes.
Visagista cabeleireiro: Lucas Tetteo.
Produção Executiva: Raissa Imani e Aliny Ulbricht (Kawaida Cultural).
Designer Gráfico: Cadão.
Fotógrafo: Ale Catan.
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.
Gestão de Redes Sociais: LB Digital e Conteúdo.
Gestão de Projeto e Leis de Incentivo: Felipe Valle e Mariana Sobreira (Fomenta Consultoria).
Produtoras Associadas: Brisa Filmes, Sevenx Produções Artísticas e Curumim Produções.

Transporte Gratuito: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.

Texto disponibilizado pela produção do espetáculo.

Detalhes da peça

Status

Encerrada

Temporada

De 02/03/2023 até 09/04/2023

Dias

qui 19h, sex 19h, sáb 17h e dom 17h.

Duração

80 minutos

Valor

R$30 (inteira) e R$15 (meia)

Região

Centro / São Paulo

Teatro / Espaço

CCBB SP- Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
R. Álvares Penteado, 112, Centro Histórico de São Paulo, São Paulo/SP - 01012000

Estacionamento

Rua da Consolação, 228

Cafeteria

Sim

Telefone

(11) 4297-0600

E-mail

ccbbsp@bb.com.br

12

Classificação indicativa

Não apropriado para menores de 12 anos

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