A obra traz uma reflexão profunda sobre o modo de vida asfixiante vivido nas grandes cidades, inspirando a conexão com a natureza como um lugar de experiência e uma forma de celebração da vida.
“Coro dos Amantes” é um poema teatral sobre a passagem do tempo e sobre o sentir físico e emocional que uma experiência de quase morte pode trazer, abrindo possibilidades de mudança porque “ainda temos tempo”.
Com Raquel Anastásia e Igor Kovalewski em cena e trilha-sonora executada ao vivo pelo maestro e pianista, Paulo Maron, a obra traz uma reflexão profunda sobre o modo de vida asfixiante vivido nas grandes cidades, fazendo-nos pensar sobre a urgência de nos reconectarmos com a natureza. Apresentando-a não como um simples objeto de conhecimento, mas como um lugar de experiência e de celebração da vida.
De autoria do grande dramaturgo português e atual diretor do Festival d’Avignon, Tiago Rodrigues, “Coro dos Amantes” é uma obra polifônica inédita no Brasil. O texto escolhido reúne inúmeras qualidades, entre elas podemos citar: o poema, o senso comunitário da sua escrita e a presença de questões urgentes ligadas à humanidade e à natureza.
Escrita e apresentada em Lisboa em 2007, “Coro dos Amantes” é a primeira peça de Tiago Rodrigues, revisitada por ele 13 anos depois de sua criação. Considerado um dos artistas mais inovadores da cena contemporânea portuguesa, Tiago vem se destacando e consolidando seu trabalho também na cena internacional recebendo inúmeros prêmios, entre eles o XV Prêmio Europa Realidades Teatrais, em 2018, e o Prêmio Pessoa, em 2019.
O projeto “Coro dos Amantes” é uma idealização da artista Raquel Anastásia, que foi integrante do Centro de Pesquisa Teatral, dirigido por Antunes Filho, integrou a Cia Livre, e já atuou com importantes nomes das artes cênicas. Formada pela Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris 3, finalizou a sua pesquisa sobre a presença da performance nos trabalhos de Ivo van Hove e Angélica Liddell, sendo orientada pelo professor e diretor do departamento de Estudos Teatrais, Monsieur Pierre Longuenesse, autor de vários artigos e livros sobre o teatro contemporâneo e o poema teatral.
A peça é encenada também por Igor Kovalewski, ator e produtor cultural com uma longa trajetória atuando entre o teatro, o cinema e a televisão, com 34 peças, 7 longas, 5 curtas e séries, sob a direção de nomes como Aimar Labaki, Reginaldo Nascimento, Ricardo Rizzo, Vivien Buckup, Daniel Sommerfeld, André Garolli, Luis Louis, Sérgio Ferrara, Heitor Goldflus e Paulo Faria.
Sobre a Cia Santa Cacilda
Formada por artistas com experiências múltiplas, a Cia Santa Cacilda surge focada na investigação sobre a dramaturgia contemporânea e na busca por uma criação artística que dialogue com questões pertinentes ao nosso tempo.
Seguindo estes princípios, a companhia estreou sua primeira peça, “O Horla”, com dramaturgia de Paulo Rogério Lopes e direção de Raquel Anastásia, no Teatro Aliança Francesa. O trabalho seguinte foi “Plínio Contra as Estrelas”, que teve como pesquisa-base a simulação da experiência virtual em detrimento da experiência real. O espetáculo, de autoria de Paulo Santoro, foi idealizado e produzido pela atriz Raquel Anastásia e fez sua temporada de estreia no Sesc Consolação. Em seguida, o espetáculo foi apresentado no Sesc Vila Mariana, na Oficina Mário de Andrade e na Virada Cultural de Bauru, além de ter sido indicado ao Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro, na categoria Dramaturgia.
“Motel Rashômon”, de autoria de Marcos Gomes, também idealizado e produzido por Raquel Anastásia, foi contemplado com o Prêmio PROAC de produção e temporada de espetáculo inédito, estreou na SP Escola de Teatro, realizou 24 apresentações e também foi apresentado no Sesc Piracicaba.
Em 2020 iniciou uma série de leituras e estudos sobre o coro e a coralidade, esse último presente na escrita do renomado dramaturgo, diretor de teatro e atual diretor do Festival d’Avignon, Tiago Rodrigues.
Ficha Técnica:
Idealização: Raquel Anastásia
Texto: Tiago Rodrigues
Atores-encenadores: Raquel Anastásia e Igor Kovalewski
Criação música original e execução ao piano: Maestro Paulo Maron
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Objetos cênicos: Marcelo Guarrata
Desenho de Luz e operação: Jorge Leal
Iluminadora Assistente: Gabriele Souza
Palestrante: Leonardo Gandolfi
Práticas Coro
Coralidade: Roberto Morettho
Voz: Madalena Bernardes
Intérprete de Libras: Marisa Peres
Registro fotográfico: Bob Souza e Milton Galvani
Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini
Assistentes de Produção: Carol Centeno e Victoria Blat
Filmagem: Bruta Flor Filmes
Coordenação geral: Raquel Anastásia e Igor Kovalewski
Realização: Cia Santa Cacilda