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ERUPÇÃO

“Aquele foi o começo do fim daquela realidade e o início de um novo futuro.” (trecho da dramaturgia de ERUPÇÃO)

Corpos em erupção, corpos criaturas, seres que sustentam o Mundo para não acabar. A coletiva ocupação provoca neste novo espetáculo uma nova urgência; a transfiguração de nossos corpos em seres de diferentes tempos e cosmologias. Em um momento de catástrofes de mundos, os performers criam e produzem uma erupção de corpos e formas de presença. Em uma cena trans-tecnológica, de festa e guerra, feitiçaria e subversão, através de uma dramaturgia coletiva, da dança, música e artes visuais.

ERUPÇÃO é uma ficção científica que transita entre passados presentes e futuros, propondo um trânsito diaspórico de cada corpo-memória dos performers para atravessar o tempo promovendo uma peça que convoca forças, lutas e produção de vidas ligadas às ancestralidades que constituem o corpo coletivA. Corpos dissidentes criam mundos todos os dias. Quais possibilidades podem nascer neste momento? Quais espaços a erupção pode ocorrer na realidade presente?

“Eles estão por toda parte, nas árvores, nas folhas, nas águas, nos sons da floresta e em mim.”

O presente, o passado, o futuro e as forças ancestrais da natureza estão em cena. Os corpos – criaturas provocam outras temperaturas, e encontram com histórias, ligadas a uma experiência que transfigura o mundo na forma que conhecemos. O que é o fim do mundo para mundos que já terminaram há muito tempo?

“[…] O que está invisível se torna matéria… Figuras antigas milenares, elas eram silhuetas de luzes fluorescentes, uma amarela, outra vermelha e outra azul. Elas avançavam. Em frente. Tinham os olhos nas costas.” – (Trecho da
dramaturgia de ERUPÇÃO)

A retomada da cena

Nesse segundo processo de criação que se iniciou durante a Pandemia, o grupo criou laboratórios para corpos em erupção, com frentes de dramaturgia, corpo/ performatividade, música e estética. A coletivA se coloca agora novas radicalidades em cena, a partir da investigação de linguagem em nossos próprios corpos e no espaço que ele ocupa e estratégia de dilatar o espaço que nossos corpos se encontram. Trabalhamos com materialidades e estéticas marginais, criando nosso território de cena combate. A Erupção é também sonora e musical, Incorporamos em nossos corpos a composição de sons não usuais, sons destemperados, vulcânicas possibilidades de timbre, propondo subversão nas linearidades musicais aliados ao movimento. Cantar se faz urgente na projeção de outras experiências de retomada a partir do som.

SOBRE A COLETIVA
Criada em 2017 por performers e artistas que se conheceram durante o levante do movimento secundarista e as ocupações de escolas públicas em São Paulo, entre 2015 e 2016. Do encontro entre rebelião e teatro, entre formação e criação, nasce a coletivA ocupação, como um território de investigação de diferentes linguagens e narrativas a partir de levantes e combates urgentes de nosso tempo: corpos em revolta, que agora ocupam novos espaços e narrativas.
Com o espetáculo Quando Quebra Queima, desde 2018, o grupo tem construído um percurso de apresentações e oficinas para jovens em principais festivais e teatros do Brasil e da Europa, como o Festival de Curitiba, FIT (Festival Internacional de Rio Preto), Cena Brasil Internacional, Festival de Londrina. Em junho de 2019 a coletivA ocupação ganhou o Prêmio Zé Renato da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo com o projeto “Pausa para Existir | Quando Quebra Queima: circulação para estudantes de São Paulo” para a circulação do espetáculo em mais de 10 escolas públicas, fábricas de cultura e centros culturais. Na Europa, apresentou no Festival Transform em Leeds, Contact Theater em Manchester, Festival MEXE na cidade do Porto, Festival Panorama em Paris no Centre National de La Danse. Além de ter sido convidado para residência e temporada de duas semanas no Battersea Arts Centre, em Londres, onde o espetáculo foi premiado por melhor direção – Martha Kiss Perrone – pelo The Stage Debut Awards, e indicado na categoria “IDEA Performance” pelo prêmio The Offies.

Ficha Técnica:

Performance e criação
Abraão Kimberley
Akinn
Alicia Esteves
Alvim Silva
Ariane Aparecida
Benedito Beatriz
Ícaro Pio
Lara Júlia Chaves
Letícia Karen
Lilith Cristina
Marceu Maria Fernandes
Marcela Jesus
Mel Oliveira
Matheus Maciel
Veríssimo
Shao
Direção: Martha Kiss Perrone
Dramaturgia: coletivA ocupação
Frente de Dramaturgia coletivA: ícaro Pio, Lilith Cristina e Martha Kiss Perrone
Iluminação: Benedito Beatriz
Operação de Luz: Lux Machado
Coordenação de palco: Jaya Batista
Preparação corporal: Ricardo Januário e Frente Corpo coletivA
Colaboração corporal: Castilho
Preparação vocal: Abraão Kimberley
Música: Shao, Frente Música coletivA
Colaboração musical: Anelena Toku
Música Lapso: Fronte Violeta
Figurino: Juan Duarte
Direção de arte: Frente Visualidades coletivA
Produção: Corpo Rastreado – Gabs Ambròzia e Paula Serra
coletivA ocupação
Apoio durante o processo de criação: Battersea Art Centre ( Londres ) e Coletivo do Rio
coletivA em residência na Casa do Povo

Texto disponibilizado pela produção do espetáculo.

Detalhes da peça

Status

Encerrada

Temporada

De 08/04/2023 até 09/04/2023

Dias

  • Sábado
  • Domingo

Duração

90 minutos

Valor

Região

Centro / São Paulo

Teatro / Espaço

Centro Cultural Olido - Galeria Olido
Av. São João, 473, Do térreo ao 2º andar, Centro Histórico de São Paulo, São Paulo/SP - 01035000

Estacionamento

Nas redondezas

Cafeteria

Sim

Telefone

(11) 3331-8399

E-mail

ccolido.curadoria@gmail.com

L

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