Espetáculo dirigido por Rita Elmôr e protagonizado por Samara Felippo e Carolinie Figueiredo investiga a transformação vivida pelas mulheres na maternidade.
Idealizada e protagonizada por Samara Felippo e Carolinie Figueiredo, e dirigido por Rita Elmôr, Mulheres que Nascem Com os Filhos surgiu do desejo das atrizes de investigarem seus processos de transformação após os filhos. A peça, que estreou em 2022 e foi super bem-recebida pela crítica e pelo público, tem novas apresentações no Teatro MorumbiShopping.
Cômica e dramática como a própria vida de mãe, a peça acompanha a trajetória do renascimento da mulher após a maternidade. Indicada para mulheres, mães, homens e todos que são filhos, a montagem aborda de forma sensível, bem-humorada e sarcástica – como a própria vida das mães – o cotidiano e os dilemas do universo da maternidade, além da trajetória de renascimento da mulher com a chegada desse momento.
O trabalho busca desconstruir e convidar as mulheres a pensarem na maternidade fora dos rótulos a partir de temas como gravidez, puerpério, criação, aceitação do corpo pós-filhos e o encontro de sua nova identidade como mulher.
“Eu renasci com a maternidade. Saí de uma zona de conforto e encontrei minha força e sentido na vida. Fui atrás da desconstrução para me reconstruir junto com minhas filhas. Nessa peça, quero trazer a transformação que é, em qualquer vida, a chegada de uma criança. Quero poder ecoar a voz dessas mães, mulheres, e até pais, que buscam diariamente fazer o seu melhor na criação dos filhos. Desde que minha filha, menina negra, questionou a beleza do seu cabelo, minha vida tomou outro rumo. Fui ao encontro de um mundo racista, cruel e covarde em busca de soluções e acolhimento.”, conta a atriz Samara Felippo, mãe de duas meninas negras e criadora do canal no YouTube “Muito além de cachos”.
No processo criativo, que durou o tempo de uma gestação, as três artistas levaram para a sala de ensaio suas vivências e memórias, fazendo emergir questões femininas que, muitas vezes, são silenciadas por padrões impostos pela sociedade. A criação do trabalho também simbolizou para elas um processo de cura, pois puderam revisitar suas relações com a maternidade e a ancestralidade. E, para trazer outras vozes para a cena, a peça ainda conta com outros depoimentos de mulheres que tiveram suas vidas transformadas quando se tornaram mães. São muitas as mães com quem a peça dialoga: jovens, maduras, solteiras, casadas, dependentes e independentes, presentes e ausentes.
Sobre as mudanças na vida ao se tornar mãe, a atriz e terapeuta Carolinie Figueiredo compartilha: “A maternidade mudou completamente minha vida, inclusive no campo profissional. Eu precisei passar por um profundo processo de redefinição de valores após a chegada dos filhos. É preciso sair do automatismo de repetir com os filhos aquilo que recebemos na infância como forma de educar. O mundo mudou, as crianças mudaram e a nossa geração precisa refletir sobre uma parentalidade mais consciente.”
Ficha Técnica:
Texto: Carolinie Figueiredo, Rita Elmôr e Samara Felippo
Elenco: Carolinie Figueiredo e Samara Felippo
Direção, Cenografia e Trilha Sonora: Rita Elmôr
Produção Executiva: Rafael Salmona
Figurino: Mel Akerman e Mônica Xavier
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Projeto Gráfico: Raquel Alvarenga