“O Mágico Di Ó – O Clássico em Forma de Cordel” faz curta temporada no EcoVilla Ri Happy no Rio de Janeiro. Escrito pelo dramaturgo Vitor Rocha, espetáculo narra a saga de retirantes nordestinos a caminho da cidade de São Paulo.
Inspirado no clássico, de Frank Baum, “O Mágico Di Ó – O Clássico em Cordel” traz um olhar abrasileirado dos personagens Dorothy, Espantalho, Leão e Homem de Lata. O espetáculo, escrito pelo dramaturgo Vitor Rocha e dirigido por Ivan Parente e Daniela Stirbulov, fará curta temporada no Rio de Janeiro, entre os dias 06 e 21 de maio, aos sábados e domingo, às 16h, no EcoVilla Ri Happy, no Jardim Botânico.
– É uma história clássica cheia de magia e cor, e tivemos essa ideia de colocar o imaginário brasileiro e a cultura nordestina nesse mesmo lugar. Mostrar que o nosso sertão pode ser, e é, tão mágico quanto a terra de Oz. Essa mistura trouxe uma maior proximidade com o público e reforça a importância de darmos protagonismo para nossa cultura – explica o escritor Vitor Rocha.
A trama tem como ponto de partida o embarque da menina Doróteia e seus tios em um pau-de-arara, clássico veículo de transporte do nordeste, rumo à capital paulista em busca de uma vida melhor, fugindo de uma terra sem chuva e sem esperanças. Neste grupo está o cordelista e versador Osvaldo, que começa a contar uma história para distrair os companheiros de viagem. Os versos dão asas à imaginação da garota, fazendo com que realidade e fantasia se misturem.
A longa jornada em busca de um poderoso Mágico ressignifica motivações e questionamento explorando diversas formas de expressão como a dança, a música, o teatro e a literatura. O espetáculo propõe uma viagem pela cultura nordestina com as aventuras de Dorotéia, Mamulengo, Cabra-de-Lata e Leão pela estrada de tijolinhos.
– O filme clássico é famoso por uma fala eternizada em muitos corações: não há lugar como o nosso lar. Na nossa versão a mensagem se altera sem perder a rima: não há lugar como onde a gente está. É uma história sobre fazer e ver o mundo não como ele é, mas como nós somos – acrescenta Luiza Porto, que dá vida a protagonista Dorotéia.
Os atores, que também são a banda do espetáculo, usam de diversos ritmos e versos para acessar o lúdico e convidar o público a uma vivência desse universo. O texto passa por vários escritores, até chegar na literatura de cordel e na xilogravura.
– E se a Dorothy nunca tivesse visto um arco-íris? E se um mágico poderoso existisse de verdade no nosso mundo, quem ele seria ou o que faria? E se o acaso tivesse menos presença na nossa vida, seria coincidência estarmos mais presentes nela? Essas foram só algumas perguntas que nos inspiraram. Dessa forma se misturam as perguntas e o enredo, em um encontro de dois gêneros literários, o cordel e o drama, através do teatro musical – completa o dramaturgo.
As músicas originais passeiam do frevo ao xote e da cantiga ao lamento, parafraseando a famosa frase “não há lugar como o nosso lar”, um lema que brinca com a esperança perdida de um povo em retirada.
-Lá no fundo todo mundo traz consigo um sonho, uma vontade de querer ser. O espetáculo é um convite ao “ser tão” que existe em todos nós – finaliza Rocha.
Ficha Técnica:
Idealização: Luiza Porto e Vitor Rocha Texto: Vitor Rocha
Direção: Ivan Parente e Daniela Stirbulov Direção musical: Marco França
Letras: Vitor Rocha
Músicas: Marco França e Elenco
Trilha incidental: Diego Rodda
Treinamento de prosódia: Marco França Assistente de direção musical: Elton Towersey
Direção de arte: Juliana Porto e Silvia Ferraz
Elenco: Daniel Haidar (Cabra-de-Lata), Diego Rodda (Tio/Bruxa Má), Elton Towersey (Mamulengo), Luiza Porto (Dorotéia), Renata Versolato (Tia/Bruxa Boa), Thiago Sak (Leão), Vitor Rocha (Osvaldo)
Desenho de luz: Fran Barros
Operação de luz: Marina Gatti e Felipe Magalhães Desenho de som: Paulo Altafim
Operação de som: Thiago Venturi Produção: Luiza Porto e Vitor Rocha
Assistente de produção: Victor Miranda
Fotografia e Mídias Sociais: Victor Miranda
Assessoria de imprensa: MercadoCom (Leonardo Minardi e Ribamar Filho)