O Soldado e o Capitão estreia em São Paulo
O projeto tece uma narrativa a partir do universo do absurdo, questionando o sentido da guerra. É fato que os verdadeiros senhores da guerra, não pisam na linha de frente, e decerto dentro dos privilégios de classe se parecem muito com crianças abastadas em férias jogando Batalha Naval ou War.
A peça destaca um recorte de um determinado momento, numa guerra qualquer, onde os dois últimos
sobreviventes de um mesmo pelotão estão enterrados até o pescoço, sem conseguir se movimentar, pois já não possuem mais as pernas, tragados e soterrados até o pescoço numa explosão causada por eles mesmos…
Mesmo estando ambos enterrados, sufocados e sem partes do corpo, eles comemoram uma vitória onde não sobrou mais ninguém. Percebe-se a natureza destrutiva das forças de guerra, que também traduz uma reflexão sobre a evidente divisão de poder e posição hierárquica das duas figuras que se apresentam na cena, ambos de um mesmo exército, mas de patentes militares distintas. A única coisa que os aproxima é a condição de imobilidade, solidão e desamparo em que se encontram.
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Rudifran Pompeu
Direção: Mônica Raphael e Rudifran Pompeu
Elenco:
Sérgio Audi
Rudifran Pompeu
General Patton (vídeo): Celso Frateschi
Cenografia e figurino: Rudifran Pompeu e Zita da Conceição
Direção de Produção: Nataly Cavalcantti
Iluminação: Lui Seixas
Operação de Luz e Som: Léo Xymox
Video: Vic Von Poser
Designer Gráfico: Danilo Amaral
Ilustrações e HQ: Pedro Felicio
Assessoria Imprensa: L.Nervosas Produções Culturais
Fotografia: Jennifer Glass