Rusalka, de Antonín Dvořák – Com Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Pela primeira vez no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a ópera Rusalka, de Antonín Dvořák, com Coro e Orquestra Sinfônica da casa, estreia no dia 14 de novembro, com récitas também nos dias 16/11 e 22/11, às 19h e 24/11, às 17h. Haverá ainda em 13/11, às 14h, o Projeto Escola Arte Educação Petrobras. A montagem é uma coprodução com o Auditório de Tenerife, na Espanha, país onde esteve em cartaz em março deste ano e agora, chega ao Municipal. A concepção e direção cênica é de André Heller-Lopes e a direção musical e regência ficam a cargo de Luiz Fernando Malheiro
PRIMEIRO ATO
No meio do bosque, de noite, três ninfas brincam e dançam na borda do lago com o Senhor das Águas. A ninfa Rusalka, que sofre por amor de um jovem que vem sempre ali para nadar, pede a ele conforto para sua melancolia. O Senhor tenta, de qualquer forma, dissuadi-la desse amor impossível, mas Rusalka está decidida a assumir feições humanas a qualquer custo. Visto a inutilidade de qualquer objeção, o Senhor lhe indica a choupana da bruxa, a única em condições de ajudá-la. Antes de fazer a transformação em mulher, Rusalka pede à lua que a sua decisão não afaste o afeto do Senhor, seu pai. A bruxa Jezibaba aceita em fazer a transformação mas lhe adverte que não será indolor: quando ela for um ser humano ficará completamente muda! E não é só: se ela tivesse que regressar do mundo dos homens, Rusalka seria amaldiçoada e condenada a matar o seu amado. Rusalka está disposta a tudo e a bruxa lhe dá a poção mágica. Ao amanhecer, precedido por uma canção de um caçador, acontece o desejado encontro. O jovem nadador, que é o Príncipe, chega e se apaixona à primeira vista pela bela silenciosa e a conduz consigo ao castelo para desposá-la.
SEGUNDO ATO
Enquanto no castelo se prepara o casamento de Rusalka e o Príncipe, o Guarda-caça e o Ajudante de cozinha comentam os últimos acontecimentos. A estranha noiva preocupa os habitantes e já se diz que o príncipe se interessou pela bela Princesa que acabou de chegar com os hóspedes. Interesse que faz sentido pois a beleza enigmática de Rusalka já empalideceu quando confrontada com a humaníssima paixão da princesa, que demonstra estar decidida a arrancá-lo da rival muda. Ao olhar paterno do Senhor das Águas não foge a infeliz situação de Rusalka que procura nele, ainda, conforto da amarga desilusão que aparece como sendo inevitável. Enquanto os dois jovens vão ao jardim confessar seus sentimentos, ocasionando uma indignada reação do Senhor, que ameaça o príncipe pela sua traição, a orgulhosa e despeitada Princesa abandona o Príncipe desmaiado, frente ao seu obscuro destino.
TERCEIRO ATO
Ao cair da noite a pálida Rusalka volta ao lago do bosque, desesperada, para pedir nova ajuda a Jezibaba. O sangue do Príncipe poderia resgatar a maldição, mas Rusalka prefere aceitar a solidão e recusa a faca que a bruxa lhe oferece. Não apenas Rusalka desaparece entre as ondas que chegam o Guarda-caça e o Ajudante. Também eles querem ajuda da bruxa para tirar o feitiço que atingiu seu o patrão doente de amor, mas fogem aterrorizados frente ao Senhor, que amaldiçoando o gênero humano, jura
vingança. As ninfas voltam a brincar com o Senhor mas ele está preocupado com Rusalka que foi expulsa da água pelas irmãs. O Príncipe volta ao lago onde encontrou a bela ninfa cuja alma, agora perdida para sempre, o acusa, docemente, pela sua traição. O Príncipe implora seu perdão e pede que ela lhe dê a paz, que não encontrou mais depois que ela o mandou embora.. Ela o avisa que seu beijo, agora, é mortal, mas o Príncipe não pede mais do que morrer entre os seus braços para, assim, não se separar mais dela. Ela o beija, ele morre e Rusalka volta para as profundezas das águas. O amargo comentário do Senhor das Águas, a este trágico epílogo, está contido na sua pergunta, sem resposta: qual o sentido do sacrifício doloroso da sua filha?
Ficha Técnica:
Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Cenografia: Renato Theobaldo
Iluminação: Gonzalo Córdoba
Figurinos: Marcelo Marques
Concepção e Direção Cênica: André Heller- Lopes
Direção Musical e Regência: Luiz Fernando Malheiro
Direção Artística TMRJ: Eric Herrero
Solistas: Ludmila Bauerfeldt (dias 14, 16 e 24) e Paolla Soneghetti (dias 13 e 22) – Rusalka Giovanni Tristacci – Príncipe Eliane Coelho ((dias 14, 16 e 24) e Tati Helene (dias 13 e 22) – Princesa Estrangeira Denise de Freitas (14, 16, 22 e 24) /Fernanda Schleder (dia 13) – Jezibaba Licio Bruno (14, 16 e 24) e Murilo Neves (dias 13 e 22) – Vodnik Carolina Morel, Mariana Gomes e Lara Cavalcanti – Três Ninfas Geilson Santos – Vaňku
Hebert Campos – Jářku
Apresentações:
14/11 quinta (estreia) – 19h
16/11 sábado – 19h
22/11 sexta – 19h
24/11 domingo – 17h
Projeto Escola – 13/11 às 14h
*Haverá uma palestra gratuita no Salão Assyrio uma hora antes do início de cada espetáculo.