VIDA PRIVADA

"Rei na Rua" é uma paródia crítica e bem-humorada inspirada na clássica história “A roupa nova do imperador”, de Hans Christian Andersen. Quem não lembra da história do tecido que só as pessoas “muito inteligentes” conseguiam ver? “Rei na Rua” leva essa fábula para o palco em um espetáculo popular que brinca com os dias de hoje. A peça discute hierarquia, poder, alienação e desigualdade social de forma leve e divertida. 

Publicado em 2014, o livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras espécies é sua capacidade de inventar, de criar ficções, de imaginar coisas coletivamente e, com isso, tornar possível a cooperação de milhões de pessoas – o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis, religiões, sistemas políticos, empresas etc. Mas também o fato de que, apesar de sermos mais poderosos que nossos ancestrais, não somos mais felizes que esses. Partindo dessa premissa, o livro indaga: estamos usando nossa característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente, uma vida melhor?

O enredo convida o espectador a adentrar a fictícia cidade de Nordestina, um lugar comum, sem recursos, como tantas cidades do interior do Brasil, onde o jovem Antônio decide mudar seu destino — e o do mundo — para impedir a partida de sua amada Karina. Para isso, promete o impossível: viajar no tempo e trazer o mundo até sua cidade.