O espetáculo Bóris não está pronto apresenta o universo masculino por meio de poesias, metáforas e pancadaria.
Bóris não é um indivíduo, Bóris não é um personagem, Bóris não é uma pessoa. Boris é o nome que encontramos para batizar todos os homens. Bóris é a síntese da masculinidade, um ser inacabado. O fato de ‘não estar pronto’ marca a esperança e seu caráter histórico, marca sua precariedade e errância. Esta negação dirige-se a possível interlocução que espera ou vaticina a finitude da masculinidade como algo
rotulável e estanque. Não se trata de exaltação ou condenação, mas do mergulho humanizador nas crostas brutalizadas e, ao mesmo tempo, frágeis do mundo dos homens. “Bóris” é um vir a ser, algo em movimento, em busca de um encontro. Quatro atores se dividem em cena para apresentar fragmentos de situações exemplares da construção do ser homem, do imaginário e da cultura machista. Com foco nas fragilidades do homem, na tortura do machismo sobre a masculinidade e nas consequências da perpetuação desta mazela social e histórica, a peça se ampara na forma lírica e épica. Abre mão de personagens fixos e opta pela profusão de tipos que compõem um mosaico do macho.
Ficha Técnica:
DIREÇÃO: Luciano Carvalho
ATUAÇÃO: Tiago Mine, Cristiano Carvalho, João Alves, Fernando Couto
VOZES EM OFF: Erika Viana, Tati Matos, Camila Grande
ILUMINAÇÃO E TÉCNICA DE SOM: João Alves
DRAMATURGISTAS: Tiago Mine, Luciano Carvalho
PRODUÇÃO: Erika Viana
APOIO DE PRODUÇÃO: Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes