Moquém em Pyndorama reúne espetáculos de dança, teatro, cinema e curso gratuito na sede da Companhia Antropofágica
Com a proposta de ampliar a diversidade de linguagens artísticas no Teatro Pyndorama, a anfitriã Companhia Antropofágica convida outros artistas para apresentar em sua sede a mostra Moquém em Pyndorama. Os espetáculos de dança e teatro adulto e infantil acontecem entre os dias 23 de novembro e 9 de dezembro. Parte das apresentações terá acessibilidade de Audiodescrição e outra de Libras.
No nome do projeto, a palavra “moquém” vem do tupi antigo “moka”, uma grelha de madeira usada para defumar e preparar alimentos. A forma do Moquém é a representação de uma metáfora para a ideia de fazer o público se “alimentar” coletivamente de várias linguagens artísticas, possibilitando a articulação de diversos saberes.
Programação Completa:
23 e 24 de novembro, às 18h
Viela sem Via: A Solidão da Mão Preta, do Coletivo Baobafro Espetáculo Bilíngue (Português/Libras)
Sinopse: Viela sem Via, do Coletivo Baobafro da cidade de São Carlos, Coletivo , este espetáculo conta a história de uma geração de mulheres pretas pertencentes a uma família candomblecista. Desafios cotidianos de uma pessoa surda são enfrentados por Maria, mãe de Ágatha. Este é um espetáculo bilíngue com duas línguas presentes: português e Libras, com atores surdos e ouvintes.
Ficha Técnica: Dramaturgia e direção: Luccas Araújo | Elenco: Dodora Araujo, Alexya Manente, Luccas Araújo, Matheus Marcello, Wesley Nascimento | Cenário: Silvana Maragno | Iluminação: Jonas Angelim | Som e mídia: Davson Soares | Produção Executiva: Luccas Araújo | Produção: Sueli Fioramonte | Assistente de Produção: Guilherme Nichols | Operador de Som: Sa Carvalho | Operador de Luz: Felipe Cesar dos Santos | Designer Gráfico de Arte: Yuri Hichucki | Cenário: Luccas Araújo | Figurino: Silvana Maragno
Realização: PROAC, Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo.
Gênero: DRAMA TEATRO BILÍNGUE Classificação etária: JUVENIL/ADULTO
Duração: 45 MINUTOS
23 e 24 de novembro, às 20h
Isto não é um corpo, com Companhia Babélica de Teatro Espetáculo com Audiodescrição
Sinopse: “Isto não é um corpo” é um happening que radicaliza a relação da Companhia Babélica de Teatro com as artes visuais. Nesta criação, os performers, acompanhados de réplicas realistas de seus próprios rostos e crânios, promovem uma espécie de circo onde o cômico e o grotesco se fundem. Em diálogo com o universo dos sonhos, a companhia propõe um jogo com os limites da representação e da composição, mesclando o orgânico com o inorgânico, o real com o imaginário, o corpo humano com o não humano.
Ficha Técnica:Concepção e direção: João Muniz | Performers: Adrielle Ferreira, Alanis Mahara, Chrystian Roque, Juliana Garcia, Lisandra Poianas | Produção gráfica e audiovisual: Renan Turci | Apoio técnico: Mau, Pedro Ribeiro | Fotografia: Marcelo Villas Boas | Apoio musical: Isa Poianas
Classificação: 14 anos Duração: 50 minutos
30 de novembro e 1 de dezembro, às 16h
As Histórias de Benê, com a Trupe Arlequinos e Colombinas Espetáculo Bilíngue Português/Libras
Sinopse: O espetáculo apresenta uma trupe de circo, recheada de contos, que chega à cidade Livraria do Norte e conta a história de Benê, uma criança que não gosta de ler e tem dificuldade para se comunicar. Benê então mergulha em um livro mágico e se depara com contos populares de tradição oral disseminados em diversas regiões do Brasil. Ela aprende que os livros e o aprendizado podem ser sua ponte para o futuro e o conhecimento.
Ficha Técnica:Atrizes – Intérpretes: Bella Santos, Jenifer Costa e Ingrid Arruda. Musicista – Intérprete: Caroline Mazeto. Preparadora de elenco: Beatriz Barros. Diretora: Jhonña Bao.
Classificação: Livre Duração: 50 minutos
30 de novembro e 1º de dezembro, às 20h
Anomia, com direção de Rafael Alexandre Espetáculo com Audiodescrição
Sinopse: Como seria enfrentar a sociedade e seus padrões? Sentir na pele o processo de desnude social? Chegar ao ápice da selvageria que o guia para o centro de si mesmo? O processo de desnude é visceral, intenso e beira a loucura humana. O que a sociedade taxa como loucura é realmente o natural do ser? Se for assim, o quão louco estamos ao seguir padrões e esquecer nossa verdadeira essência?
Ficha Técnica:Atores: Rafael Alexandre e Júnior Dias | Direção: Rafael Alexandre | Produção Executiva: Samuel Zanatta | Produção: Projeto Anomia
Classificação: 18 anos Duração: 50 minutos
3, 4 e 5 de dezembro, às 19h
Curso: A importância das artes na formação da subjetividade, com Thiago Reis Vasconcelos Acessibilidade em Libras
Inscrições: https://forms.gle/EL3EuDiWn3w1F3NT6
A oficina busca colocar em debate a relevância das linguagens artísticas na formação integral das pessoas. Este curso será oferecido e ministrado por integrantes da Antropofágica e coletivo gestor do espaço durante 3 dias:
03 de dezembro, às 19h: A relevância da arte para a formação da subjetividade.
04 de dezembro, às 19h: O público no Teatro hoje
05 de dezembro, às 19h: A importância das políticas públicas para a existência da arte.
10 de dezembro, às 19h: 150 anos de Gertrude Stein, 100 anos do Manifesto Surrealista e do Manifesto Pau-Brasil.
7 e 8 de dezembro, às 19h
Preto Abstrato, com E² Cia de Teatro e Dança Espetáculo com Audiodescrição
Sinopse: O espetáculo investiga o abstrato, numa ação ou resultado cênico que não tem, a princípio, nenhuma referência direta ao real, numa poética do corpo e do espaço que busca existir e fazer sentido por si só, sem mensagens nem reivindicações. Em Preto Abstrato, Eliana de Santana, artista da cena, mulher e negra, propõe uma abordagem aparentemente fora de temas ligados à sua ancestralidade, mas, ao mesmo tempo, incorpora essa mesma ancestralidade a uma discussão estética e política que amiúde foi negado às populações e artistas negros. Levanta questões como: Pode um corpo em cena se desvencilhar das amarras do real e se tornar “abstrato”? Que camadas estão impressas no corpo negro, que são indissociáveis da realidade contemporânea de violência contra esse mesmo corpo negro? Pode a obra cênica de uma mulher negra reivindicar um espaço historicamente ocupado em sua maioria por artistas do sexo masculino e de pele clara, como é o caso da arte abstrata no ocidente? Neste solo de dança, o abstrato é ao mesmo tempo referência e abordagem, mas igualmente um não-tema, se equilibrando numa linha tênue entre o silêncio necessário e a urgência de se manifestar.
Ficha Técnica:Interpretação e direção – Eliana de Santana | Direção de arte e iluminação: Hernandes de Oliveira | Produção: E² Cia de Teatro e Dança e Corpo Rastreado.
Classificação: 14 anos Duração: 40 minutos
7 de dezembro, às 20h
Fios Ancestrais, de Amarilis Irani (cinema) Acessibilidade em Libras
Sinopse: A semente repousa na terra e, com um sopro, a vida acontece. Ela cresce para baixo e para cima, multiplicando as suas espécies. Ora como raiz provedora, ora como planta que alimenta. E assim, os fios dessa complexa biologia nos recordam que todo crescimento precisa ser base para florir e frutificar. Neste documentário, Amarilis Irani cruza os fios de sua criação artística com os fios de sua ancestralidade, tema central do trabalho. Tratando de temáticas, como: família, herança, religiosidade e criação de raízes na construção da autoestima e empoderamento desde a
infância. Os fios ancestrais que marcam sua trajetória estão presentes nas artes e na chegada ao Candomblé (religião de matriz africana), mais especificamente como Yàwó (filha) da Casa de Yemanjá, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, sua terra natal.
Ficha Técnica:Direção e Roteiro: Amarilis Irani | Assistência De Direção: Luan Valero | Direção de Fotografia e Edição: Nanda Cipola | Orientação: Babalorisá Junior Ty Ogunté E Babakèkèrè Fábio Ty Odé | Entrevistados: Amarilis Irani, Carmem Lúcia, Claudiane Petile, Edna Irani, Fábio Oranges, João Irani, Junior Sansalone e Pietro Petile | Câmera Adicional: Guilherme Di Curzio | Assistência de Filmagens: Carolina Capelli | Som Direto: Fernando Macaco e Jeff Telles | Catering: Bell Brito | Apoio Local: Fernanda Missiaggia | Comunicação: Alexandre Aquino | Produção e Realização: Emaranhada Produções
Classificação: Livre Duração: 20 minutos
09 de dezembro, às 20h
Autorretrato com Frida(z) e Flores ou Garatujas de uma Mãe Atípica Espetáculo acessibilidade em libras
Sinopse: A peça é um diálogo sobre arte, cotidiano e bem viver, o autorretrato de uma mãe atípica, em que suas garatujas revelam a trajetória em espiral de contradições entre tipicidade e atipicidade. Em um relicário de recordações, a atriz Ruth Melchior convida o público a dialogar e passear pela trajetória das duas FRIDAS, a pintora mexicana Frida Kahlo e sua filha Frida Melchior. As Frida(z) e as questões tensionadas socialmente pelo universo feminino, neuro diverso e PCD. Um autorretrato que parte das singularidades de uma mãe e sua práxis cotidiana, propondo refletir sobre as relações entre arte, sociedade, capacitismo e bem viver.
Ficha Técnica:Realização: Companhia Antropofágica | Elenco: Ruth Melchior | Direção: Renata Adrianna e Thiago Reis Vasconcelos | Dramaturgia: Ana Souto, Ruth Melchior e Thiago Reis Vasconcelos | Preparadora Corporal: Fernanda Haucke | Preparadora Performática: Jocarla Gomes | Direção de Arte: Cassio Brasil | Figurinista: Daniela Carvalho | Pintura e Desenhos Figurino: Olga Carolina | florAÇÃO 01, o desabrochar da flor que pulsa vida: Jocarla Gomes | Desenho de Luz: Alessandra Queiroz | Equipe Técnica: Gabriela Jennifer e Gustavo A. Amat | Trilha Sonora Original: Lucas Vasconcelos | Narração e Consultoria Científica: Bruno Miotto | Produção: Alessandra Queiroz | Arte Visual: Flávia Ulhôa | Captação Audiovisual: Gustavo A. Amat e Renata Adrianna | Edição Audiovisual: Renata Adrianna| Contra Regra: Flávia Ulhôa |Imagens e Vídeos de Arquivo: Companhia Antropofágica
Classificação: 14 anos Duração: 50 minutos