Absolvição
“Absolvição”, com Andriu Freitas e direção de Daniel Herz, traz as confissões de um homem movido por um propósito obsessivo: caçar padres abusadores de crianças e fazer justiça com as próprias mãos. Com um enredo instigante, reviravoltas e revelações, o texto levanta questões profundas sobre ética e justiça, provocando o público a refletir: ele é um anjo vingador em uma missão divina ou simplesmente um assassino?
O texto original do irlandês Owen O’Neill e traduzido por Diego Teza, aposta em saltos temporais que revelam aos poucos as camadas desse homem atormentado. Para desenvolver o texto, o dramaturgo conta que entrevistou vários homens que haviam sido abusados na infância.
Na montagem brasileira, Andriu Freitas se desdobra entre diferentes facetas de seu personagem, ora movido pela dor e pela memória de traumas passados, ora tomado pelo fervor de sua missão de justiça. O ator acredita que a peça não oferece respostas fáceis. “Pelo contrário, ela instiga o público a pensar sobre as instituições que deveriam nos proteger, sobre a dor que molda nossas escolhas e sobre os limites da ética e da lei”, comenta Andriu.
A direção de Daniel Herz conduz o espetáculo para fora do óbvio, trazendo soluções e movimentações cênicas que trazem uma bela plasticidade à peça, ao mesmo tempo que nos fazem enxergar as histórias narradas pelo polêmico personagem. “O texto lança uma provocação ao público que inevitavelmente vai sair do teatro tomado por essas perguntas. Também provoca um estado contraditório e me parece que é disso que são feitos os bons textos de teatro”, explica Herz.
Sucesso em sua estreia no Festival Fringe de Edimburgo, a peça rapidamente conquistou a aclamação da crítica. Em seguida foi apresentada nos palcos de Nova York e Londres, chegando pela primeira vez ao Brasil, com montagem nacional.
Com um enredo impactante, “Absolvição” fica em cartaz no mês de março no Espaço Abu, em Copacabana, entregando uma performance intensa e visceral, em um espetáculo que promete não deixar ninguém indiferente.
Ficha Técnica:
Atuação e Idealização: Andriu Freitas
Texto: Owen O’Neill
Tradução: Diego Teza
Direção: Daniel Herz
Diretora Assistente: Carol Santaroni
Cenário e Figurino: Wanderley Gomes
Iluminação: Aurélio de Simoni
Trilha Sonora: Pedro Araujo
Cenotécnica: Beto de Almeida
Design Gráfico: Luiz Stein
Fotografia: Victor Hugo Cecatto
Operador de luz: Marcelo de Simoni
Operador de som: Daniel Studart
Direção de Produção: Bárbara Montes Claros
Assessoria de Comunicação: Rodolfo Abreu / Interativa Doc
Apresentado por: Pirata Produções