Inf Peças
CHEGO ATÉ A JANELA E NÃO VEJO O MUNDO
Graciliano Ramos e Nise da Silveira são presos durante a ditadura Vargas. Nesta situação de restrição absoluta, acabam se conhecendo e nasce uma amizade que se estende até o final da vida entre o escritor, um dos mais importantes do país, autor de Vidas Secas e São Bernardo, e a psiquiatra que revolucionou o tratamento psiquiátrico no Brasil com a inserção da arte na vida dos internos em manicômios. São duas personalidades muito diferentes que têm em comum o afeto, a compreensão de suas condições e o tamanho do mundo.
- Quinta20h
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo19h
BRÁS CUBAS
A peça da Armazém desmembra o personagem Brás Cubas em dois. Sérgio Machado interpreta Brás Cubas desde seu nascimento até sua morte (não necessariamente nessa ordem) e Jopa Moraes assume Brás Cubas já como o defunto que narra suas memórias póstumas. “Esse defunto está pouco vinculado ao século 19, quer e precisa se comunicar com as pessoas de agora”, comenta o diretor. A dramaturgia tem uma estrutura em três planos: o plano da memória – que são as cenas vividas por Brás; o plano da narrativa – onde entram as divagações e reflexões do defunto; e um terceiro plano em que o próprio Machado de Assis (vivido por Bruno Lourenço) invade sua narrativa com comentários que visam conectar contemporaneamente suas críticas à sociedade brasileira.
- Quinta19h30
- Sexta19h30
- Sábado19h30
INQUIETO CORAÇÃO
A peça joga luz sobre o lado humano de Santo Agostinho (354 d.C.-430 d.C) e todas as questões que moveram seu inquieto coração na direção do autoconhecimento e do conhecimento do mundo intangível da espiritualidade. As perguntas e provocações daquele pensador do século IV ainda soam atuais, e muitas delas sem resposta – a tentativa de compreensão do tempo, do envelhecer, dos desejos, das autovigilâncias, da verdade, da correlação entre o sagrado e o profano, da alegria de viver.
- Sábado20h
- Domingo19h
BABILÔNIA TROPICAL – A NOSTALGIA DO AÇÚCAR
Um bilhete escrito por uma mulher em Pernambuco no início do século XVII está guardado até hoje no Arquivo Nacional dos Países Baixos. Nele, Anna Paes, uma dona de engenho descendente de portugueses, presenteia Maurício de Nassau com seis caixas de açúcar branco, assim que ele chega para governar o que era na época o Brasil holandês, em 1637. A vida dessa mulher se torna objeto de investigação de um grupo de artistas de teatro. Mas, conforme os intérpretes investigam o contexto em que esse bilhete foi escrito, emergem questões de classe, gênero e raça, revelando que o passado talvez não esteja tão remoto assim.
O QUE NOS MANTÉM VIVOS?
A peça é uma espécie de continuação de O QUE MANTÉM UM HOMEM VIVO?, clássico dos palcos brasileiros criado em 1973 por Renato Borghi e Ester Góes como obra de resistência à ditadura militar. A peça se estrutura em quatro unidades temáticas: "Todo dia morre gente", “Deus acima de todos”, “Pátria armada” e “Luta amada”, com o intuito de se lançar criticamente sobre a ameaça fascista que tem assombrado o Brasil nos últimos anos.
- Sábado20h
- Domingo19h
PORMENOR DE AUSÊNCIA
O monólogo entrelaça textos ficcionais e trechos de cartas e documentos, reconstituindo seus últimos anos de vida. O texto traz uma visão singular sobre o autor. A proposta é divulgar e tornar mais acessível este escritor que reúne de forma magistral a cultura popular e erudita. João Guimarães Rosa será o narrador de sua própria história em um monólogo protagonizado pelo ator Giuseppe Oristanio. Um texto sobre as entranhas e questionamentos de um criador ímpar. Uma encenação minimalista, onde o foco é a palavra, o texto, e o ator.
O SISMO
Antes de chegar à cidade de Corinto, Jasão já tinha atravessado mares, vencido dragões e derrotado exércitos inteiros. Não sem a ajuda de Medeia, a mulher que ele acaba de abandonar com seus dois filhos para se casar com a princesa de Corinto. Enquanto Jasão se alegra com a ascensão ao poder, Medeia planeja uma resposta para o ultraje que sofreu.
O OVO DE OURO
Contada em diferentes momentos, a trama revela a vida de Dasco Nagy, que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, interpretado agora por Duda Mamberti. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.
O SAMBA DA PAULICEIA E SUA GENTE
Os moradores da Vila Primavera, uma comunidade fictícia do samba paulistano, estão prestes a serem despejados para darem lugar ao “progresso da cidade”. Durante os momentos finais, eles resolvem fazer uma despedida regada a muito samba. Para isso, buscam Madrinha, a líder comunitária e mais antiga moradora da Vila Primavera, e, a partir das memórias dela, fazem um percurso pela história do samba de São Paulo e das transformações urbanas na cidade, reflexo de diversos despejos impostos ao povo.
- Sexta17h
- Sábado16h
- Domingo16h
O REI LEÃO
O espetáculo conta a história poderosa de Simba em sua jornada de um pequeno filhote ansioso para se tornar rei até o encontro com seu majestoso destino nas Terras do Reino.
- Quarta20h
- Quinta20h
- Sexta20h
- Sábado15h e 20h
- Domingo15h e 20h
DIADORIM
Espetáculo livremente inspirado em Diadorim, personagem emblemática de Grande Sertão: Veredas, que pretende dar vazão a questões contemporâneas de sua existência ficcional refletindo sobre as possibilidade da mulher.
PÉRSIA
A dramaturgia conta as histórias de iranianos que precisaram deixar seu país, por diferentes motivos, e encontraram no Brasil um novo lar: são personagens que, como aves migratórias, atravessam continentes em busca de novas paisagens, confessam seus medos, seus sonhos, suas aflições, em palavras ditas e cantadas. Ao longo do espetáculo, os atores e as atrizes preenchem o deserto de suas memórias com pequenas casas, que lembram casas de passarinhos, e criam pequenos mundos: podem ser um bairro, uma cidade ou um país. É o único objeto em cena e evoca as tantas moradas que deixaram para trás e ainda carregam consigo.
CRIME E CASTIGO 11:45
A peça, que estreou em 2022 no Rio de Janeiro, surge do encontro da atriz Liliane Rovaris com o clássico absoluto do autor russo Fiódor Dostoiévksi (1821-1881). Apesar de já conhecer a obra, a atriz embarcou na releitura, durante o período de luto pela perda de seus pais, motivada intuitivamente por um sentimento de solidão e uma possibilidade de recomeço, ações que encontram eco na trajetória de Raskólnikov, o protagonista do romance. O cenário remete ao quarto dos pais da atriz que, apostando na potência transformadora de se compartilhar uma história, se inspira em peças performáticas, como as de Lola Arias, artista argentina que tem como marca a sobreposição entre realidade e ficção, e como as do norte-americano Spalding Gray (1941-2004), cuja presença vibrante parecia sempre celebrar o milagre de estar ali, no teatro, contando uma história.russo, traça paralelos com histórias sobre seus pais, tornando a ideia do luto um tipo de celebração da vida.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo19h
TRINTA ANOS ESTA NOITE OU O ESPELHO NEGATIVO
Acompanhada de um músico/ator, Dulce Muniz interpreta um texto que faz a relação entre momentos significativos de sua vida e a história mais recente do Brasil. Um solo teatral que aborda como tema a dor feminina, suas manifestações e simbolismos. Junto disso, a relação da atriz com a Síndrome de Fibromialgia se mostra presente e conduz o espetáculo por outras dores e experiências, como a tortura, desaparecimento de presos políticos e a vida de mulheres, negros e indígenas.
O JOGO DE ANNE
Em um domingo quente de verão, um casal recebe em sua confortável residência a visita de outro casal vindo de longe - geográfica e temporalmente, pois tinha se mudado há mais de duas décadas para Israel. As velhas amigas - a anfitriã e a visitante - brindam e revivem o passado. Por outro lado, os maridos, estranhos às histórias de suas mulheres, apenas podem se relacionar de forma inédita. Com o passar do dia, as cumplicidades, alianças e rancores vêm à tona, colocando em xeque as garantias fragilmente estabelecidas e revelando polarizações.
