Inf Peças
QUEM TEM MEDO DE OLGA DEL VOLGA?
A dramaturgia entrelaça as jornadas de Patrício, Olga e Gustavo. Na peça, Gustavo recebe a ligação de um produtor de elenco, que o convida para o filme sobre Hebe Camargo, “Hebe – A Estrela do Brasil”, para representar Olga del Volga, sexóloga e conselheira sentimental russa, ferina nos comentários, sempre presenteno sofá da apresentadora a partir da década de 1980, criação de Bisso, ator, figurinista de teatro e cinema (“O Beijo da Mulher Aranha”), ilustrador e colunista. Ao aceitar a oportunidade, o ator sente o peso do papel e sua preparação é retratada no palco, mostrando as dúvidas, anseios, insegurança, medo, ansiedade e nervosismo. Com humor ácido e números musicais, “Quem tem medo de Olga del Volga” mostra a riqueza do universo criativo LGBTQIAPN+, valorizando o artista performático Patrício Bisso, e discute a homofobia noticiada e aquela que é feita à boca miúda.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo19h
PUPPET FICTION – CONTOS IMPROVISADOS
Um velho e falido escritor, representado por um boneco, é pressionado pelo seu chefe a escrever um conto, mas tem um terrível bloqueio criativo. Desesperado, ele encontra na plateia a esperança e a inspiração para vencer sua crise, coletando sugestões para escrever um conto que mude sua própria história de fracassos.
- Quinta20h
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo19h
CABARÉ CORAGEM
É mais uma noite no Cabaré Coragem! Numa atmosfera engraçada e delirante, os artistas dançam, cantam e fazem números de variedades, enquanto estranhas contradições daquele lugar vão despontando no palco.
- Quinta20h30
- Sexta20h30
- Sábado20h30
- Domingo18h30
A GENTE TE LIGA, LAURA
Em A gente te liga, Laura, seis atrizes se revezam num teste de elenco repetindo o famoso monólogo da personagem Nina, da peça A gaivota, de Anton Tchekhov. O texto de Ines Bushatsky e João Mostazo fala de uma atriz que se vê diante da desvalorização da sua profissão. O tom das personagens em cena é dado pelas palavras iniciais do trecho escolhido: “Estou tão cansada...”. O cenário é um estúdio, com fundo branco e luzes frias, simulando o espaço de trabalho do universo audiovisual. Uma câmera ligada o tempo inteiro filma a ação e projeta as imagens em uma televisão, criando o ambiente de teste frequentemente encontrado por atores e atrizes nas suas trajetórias profissionais. De forma bem-humorada, a peça levanta questionamentos sobre alguns lugares comuns do mercado audiovisual que muitas vezes escondem preconceitos, como a noção de “sotaque neutro”, por exemplo. Como explica a diretora, “normalmente, sotaque neutro quer dizer simplesmente paulista, ou sudestino”. O nome da peça é também uma referência à frase ouvida por atores e atrizes após os testes: “a gente te liga”. Como comenta o dramaturgista João Mostazo, “essa frase encapsula a instabilidade e incerteza vivida por atores e atrizes nesse mercado, de viver à espera de respostas quanto ao resultado dos testes”.
- Sexta21h
- Sábado21h
- Domingo20h
DIDASCÁLIAS
A partir das didascálias de três textos clássicos do teatro, o trabalho revisita os espaços domésticos descritos nos textos e o imaginário de “casa” que carregam. Duas intérpretes jogam com as palavras e com o tempo e assim constroem outros espaços, figuras, relações. O desenrolar deste jogo de construir e desconstruir deixa a questão em suspenso: o que se pode imaginar a partir dessas palavras que foram escritas para não serem ditas?
- Segunda19h30
- Terça19h30
- Quarta19h30
- Quinta19h30
- Sexta19h30
- Sábado18h
EU SOU UM MONSTRO
Escrita a partir de um acontecimento na vida do artista Francis Bacon (1909/1992) e seu namorado George Dyer, o performer pretende submeter seu público a experiência de sentir um ser idolatrado se transformar em um Monstro dentro delas. O sentimento de admiração e aversão colocados em confronto.
- Sábado20h
- Domingo18h
O DEUS DE SPINOZA
A peça mostra a comunidade judaica incomodada com o pensamento de Baruch de Spinoza, filho de imigrantes ibéricos acolhidos em Amsterdã, que afronta os costumes e preceitos de sua religião. Na tentativa de convencê-lo a ser um bom cidadão, os Rabinos do Conselho Judaico apresentam formas de conversão. Se Spinoza não aceitar, será julgado, condenado e exilado. Ele expõe todo o seu pensamento a seu amigo, Jan Rieuwertsz, editor de livros, com quem pode desabafar e contar de seus planos futuros. Um convite à reflexão e à liberdade de pensamento. O espetáculo é pontuado por músicas sefarditas do século XVII, em língua ladina, executadas ao vivo
- Quinta21h
- Sexta21h
- Sábado21h
- Domingo20h
GUERRA
A peça constrói, na presença e com a participação do público, um corpo-cidade, um corpo em luta, um coro em formação que atravessa o campo de batalha. “Vejo essa peça como um teatro híbrido – e não puramente documental. As questões principais que são motivos de disputa nas regiões da cidade por onde passamos estão presentes e são facilmente identificadas, mesmo quando transfiguradas. Porém, elas se confundem com o subjetivo do relato pessoal dos integrantes”, explica o diretor Edgar Castro.
- Sábado20h
- Domingo19h
JORGE PRA SEMPRE VERÃO
Você tem uma chance, uma única chance: entrar num camarim e bater um papo com Jorge Verão Vera Laffond. E então, o que você diria? JORGE para sempre VERÃO é sobre a arte como possibilidade, a arte como cura. Não é uma biografia, mas é. A biografia de um artista, uma personagem, uma sociedade. Você topa abrir a porta desse camarim? JORGE pra sempre VERÃO é um Teatro de Cura. Uma não biografia sobre uma não-relação entre Jorge Laffond, Vera Verão e uma prima de Jorge. Uma ficção desenvolvida sobre uma história verídica de homofobia.
- Quarta21h
RITA LEEE – UMA AUTOBIOGRAFIA MUSICAL
Diferentemente do projeto anterior, dessa vez, Mel conta a história de Rita com base no livro da cantora, lançado em 2016 e um dos maiores sucessos editoriais do Brasil. O livro narra os altos e baixos da carreira de Rita com uma honestidade escancarada, a ponto de ter sido apontado como “ensinamento à classe artística” pelo jornal O Estado de São Paulo. A ideia do novo musical surgiu quando Mel gravou a versão em audiolivro, como Rita, em 2022. O texto de Rita, numa narrativa envolvente e perfeita para um musical biográfico, conta do primeiro disco voador avistado por ela ao último porre. Sem se poupar, ela fala da infância e dos primeiros passos na vida artística; de Mutantes e de Tutti-Frutti; de sua prisão em 1976, na ditadura; do encontro de almas com Roberto de Carvalho; das músicas e dos discos clássicos; do ativismo pelos direitos dos animais; dos tropeços e das glórias.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo17h
CARANGUEJA
Uma mulher, que não sabemos de onde vem ou a que tempo pertence, é atravessada por múltiplas vozes, que ouvimos como se estivéssemos dentro de sua cabeça. Entre elas há desde uma voz de locução de aeroporto até alguém que lê uma notícia de jornal ou um radialista que ensina uma receita de moqueca. As vozes falam de diferentes formas através do corpo da mulher e vão desenhando pistas do que está acontecendo. Uma espécie de metamorfose vai se dando ao longo da ação, levando essa mulher a viver num limiar entre humano e crustáceo, entre mulher e carangueja.
- Sexta21h
- Sábado18h30
- Domingo18h30
ARRATÃO DE SOLOS: O PESCADOR DE ILUSÕES, MAR INQUIETO, UNIVERSO INVISÍVEL E VERDES E OUVIRDES
‘Dramaturgias Paralelas’, proposta do Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho, ocupa a Oficina Cultural Oswald de Andrade, durante todo o mês de abril, com o “Arrastão de Solos”, reunindo criações de Jussara Miller, Luciana Hoppe, Simone Mello e do próprio Marcos Sobrinho, artistas que atuam em São Paulo, mas que habitam outros eixos culturais fora dos grandes centros urbanos, tendo a natureza como elemento atravessador de suas escolhas estéticas e o meio ambiente ignição para criação. Nos mesmos dias das apresentações, as artistas ministram oficinas relacionadas aos processos de criação de suas obras.
- Segunda20h30
- Terça20h30
- Quinta19h30
- Sexta19h30
- Sábado18h
CANTANDO NA CHUVA
Baseado no clássico filme de 1952, o musical Cantando na Chuva se passa em Hollywood no final da década de 1920. As estrelas do cinema mudo Don Lockwood e Lina Lamont vivenciam a impossível transição para o cinema falado, por conta da voz estridente de Lina, que arranca risadas da plateia. Enaltecida por doses certeiras de comédia, romance, dança e sapateado, a trama se aquece com a paixão inesperada de Don com a corista contratada para dublar a superestrela Lina. O musical é divertidíssimo e indicado para toda a família, com coreografias inesquecíveis, além do memorável número da canção “Singin’ in the Rain”, levado aos palcos com o desafio técnico de fazer chover em cena.
- Quarta20h
- Quinta20h
- Sexta20h
- Sábado15h e 19h30
- Domingo15h e 19h30
BÓRIS NÃO ESTÁ PRONTO
Bóris não é um indivíduo, Bóris não é um personagem, Bóris não é uma pessoa. Boris é o nome que encontramos para batizar todos os homens. Bóris é a síntese da masculinidade, um ser inacabado. O fato de 'não estar pronto' marca a esperança e seu caráter histórico, marca sua precariedade e errância. Esta negação dirige-se a possível interlocução que espera ou vaticina a finitude da masculinidade como algo rotulável e estanque. Não se trata de exaltação ou condenação, mas do mergulho humanizador nas crostas brutalizadas e, ao mesmo tempo, frágeis do mundo dos homens. “Bóris” é um vir a ser, algo em movimento, em busca de um encontro. Quatro atores se dividem em cena para apresentar fragmentos de situações exemplares da construção do ser homem, do imaginário e da cultura machista. Com foco nas fragilidades do homem, na tortura do machismo sobre a masculinidade e nas consequências da perpetuação desta mazela social e histórica, a peça se ampara na forma lírica e épica. Abre mão de personagens fixos e opta pela profusão de tipos que compõem um mosaico do macho.
- Sexta20h
- Sábado20h
ALGUMA COISA PODRE
A história se passa em 1595, na Inglaterra, antes de Shakespeare escrever Hamlet, considerada sua obra de maior destaque. Na época em que acontecem os fatos, o dramaturgo já fazia enorme sucesso com Romeu e Julieta, entre outros trabalhos. Concorrentes do Bardo, Nick e Nigel do Rêgo Soutto precisam montar uma nova peça, mas a falta de criatividade para lançar algo que faça mais sucesso que os trabalhos de Shakespeare os deixa em apuros. Nick, o mais velho dos irmãos, resolve, então, consultar um vidente para saber qual será o maior sucesso dos palcos no futuro. É aí que Nostradamus – o sobrinho – prevê que o público vai adorar peças em que a história é apresentada por meio de canções, além de muita dança. O até então desconhecido musical. Além de satirizar o gênero, a peça fala sobre a crise criativa de autores, sobre o machismo que impedia mulheres de trabalharem, a religião usada como instrumento para repressão, além, claro, de homenagear a obra de Shakespeare. Tudo isso de maneira inteligente e engraçada. O espetáculo ainda traz muitas referências a outros musicais famosos e às obras do Bardo, inclusive o próprio Shakespeare como personagem, carinhosamente chamado de Will; a destemida e feminista Bea, esposa de Nick; o sobrinho de Nostradamus; além do religioso Irmão Jeremias, que não aprova os desejos de Portia, sua filha.
- Sábado16h e 20h
- Domingo15h e 19h