Conversa – Como eliminar monstros: discursos artísticos sobre HIV/AIDS
Com Ronaldo Serruya e Fabiano Dadado de Freitas
27 de novembro, das 15h às 16h30
Área de Convivência do Sesc Ipiranga
Sinopse
Dirigido por Fabiano Dadado de Freitas, A Doença do Outro debate preconceitos, estigmas e, acima de tudo, quebra o silêncio sobre a vida de pessoas portadoras do vírus. “O silêncio não nos protege porque nos escondemos. Se não falo, eu me preservo, mas ao mesmo tempo fico invisível. Mesmo após tantos anos, décadas, a regra do silêncio sempre permaneceu. O desejo da peça é de que um dia ninguém mais precise se esconder nesse armário do HIV, que não precisemos mais de uma lei que defenda o anonimato – lei que defendo porque ainda enfrentamos muito preconceito”, coloca o ator.
Na sua construção do texto, Serruya tem como ponto de partida algumas fontes essenciais: a obra A doença e suas metáforas, da ensaísta e filósofa estadunidense Susan Sontag, que propõe uma análise sobre a história social da doença e como a sociedade enxerga um corpo doente; conceitos do feminismo negro e da teoria queer também aparecem sempre no sentido de pensar como os conceitos de um corpo diverso vão se formando; por fim, há relatos autobiográficos do próprio autor e perfomer da cena, que vive com HIV desde 2014.
Neste solo, a direção coloca a teatralidade e a interatividade unidas: os temas dessa “conversa”, como diz o ator, se apresentam em uma série de jogos com a plateia, permeados pelo videografismo presente em projeções em vários locais, inclusive no figurino.
A Doença do Outro integra a programação do Teatro Mínimo, criado em 2011, pela equipe de programação do Sesc Ipiranga. Depois de três anos sem programação por conta da Covid 19, em outubro, o espaço voltou a receber espetáculos teatrais que discutem a experimentação das linguagens cênicas, além de aproximar fisicamente o público dos artistas, deixando a experiência mais intimista.
Direção
Fabiano Dadado de Freitas
Grupo/Cia
Corpo Rastreado
Ficha Técnica Completa
Idealização, Texto e Atuação – Ronaldo Serruya
Direção – Fabiano Dadado de Freitas
Cenografia – Evee Avila e Mauricio Bispo
Figurino – Luiza Fardin
Luz – Dimitri Luppi
Trilha Sonora Original – Camila Couto
Operação som e vídeo mapping – David Costa
Assistente e operação de luz – Paloma Dantas
Videoarte – Caio Casagrande, Evve Avila e Mauricio Bispo
Produção – Corpo Rastreado