Espetáculo teatral AGDA
O espetáculo AGDA leva à cena teatral o conto homônimo de Hilda Hilst (1930-2004), publicado em 1973 dentro do livro Kadosh, segunda publicação em prosa da autora. AGDA narra a via crucis de um corpo feminino livre, potente e integrado com a natureza. É um conto lírico, erótico, teatral e jocoso, que grifa em sua materialidade poética a presença axiomática de temáticas hilstianas: o erotismo religioso, a busca incessante por Deus e a via crucis de um corpo em sacrifício, de uma mulher encarnada em seu desejo, espírito e destino. Agda é uma mulher primeva, exala e exalta seus desejos para com o mundo, seu corpo livre como extensão e parte. Mora em um vilarejo, fala com Deus e tem três namorados amantes: Orto, Kalau e Celônio. Agda quer a ascese, a experiência mística, mas sucumbe em função de uma construção patriarcal e misógina de religião e assimilação do feminino.
Ficha Técnica:
Concepção, elenco e direção: Gisele Petty
Texto: Hilda Hilst
Produção Executiva: Iramaia Gongora
Desenho e Operação de Luz: Felipe Stucchi
Operação de Som: Tutti Caruso