Musical “Bonnie & Clyde” estreia montagem brasileira no 033 Rooftop do Teatro Santander, em São Paulo
Com Eline Porto, Beto Sargentelli, Adriana Del Claro, Claudio Lins e grande elenco, a produção, inédita na América Latina e que estreia junto com a montagem de sucesso do West End, conta com proposta sensorial e um Ford – V8 original.
A história de amor bandido mais famosa de todos os tempos, vivida pelo casal que ficou conhecido por aterrorizar os EUA na década de 1930, ganhará palco brasileiro com a montagem inédita de “Bonnie & Clyde”. Produzida pela Del Claro Produções (Sweeney Todd; Chaves – um tributo musical; Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812) e H Produções Culturais (Nautopia – O Musical e Os Últimos 5 Anos), o musical é apresentado por Ministério da Cultura, com patrocínio de Esfera e Santander Seguros e Previdência, e estreia pela primeira vez na América Latina dia 10 de março no 033 Rooftop do Teatro Santander, localizado no Complexo JK Iguatemi, em São Paulo, sob a direção de João Fonseca, a direção musical de Thiago Gimenes e a coreografia de Keila Bueno. Os ingressos podem ser adquiridos no site da Sympla ou na bilheteria local.
Baseado na audácia e na absurdidade dos célebres gângsteres, a história baseou o filme “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas”, dirigido por Arthur Penn em 1967, com Faye Dunaway e Warren Beatty, no qual foi inspirada a obra teatral com músicas de Frank Wildhorn (Jekyll & Hyde), letras de Don Black (Sunset Boulevard) e libreto de Ivan Menchell. A adaptação estreou em San Diego em 2009, chegando à Broadway em 2011, e conquistou duas indicações ao Tony Awards, além de três ao Outer Critics Circle Awards e cinco ao Drama Desk Awards, ambos incluindo Melhor Novo Musical. Em 2022 contou com uma temporada de ingressos esgotados no West End de Londres, onde reestreia em março, quase que simultaneamente com a montagem brasileira.
O MUSICAL
Movidos por paixão, ambição e adrenalina, as vidas de Bonnie Parker e Clyde Barrow se cruzam pela primeira vez em uma lanchonete, onde a garçonete conhece o “delinquente de berço”, por quem se vê seduzida a embarcar em um mundo de viagens e crimes, entre fugas e prisões, carros roubados, armas e charutos, assaltos a postos de gasolina, pequenos comerciantes e grandes bancos, sem imaginar que, pouco tempo depois, se tornariam um retrato histórico da Grande Depressão, período marcado pela crise econômica e social americana, que levou muitas pessoas a cometerem delitos em função do desespero e revolta, e a enxergar a dupla como figuras heroicas.
Enquanto Bonnie, vivida por Eline Porto, almeja alcançar o sucesso como artista e poetisa, Clyde, vivido por Beto Sargentelli, é um fissurado por carros que sonha viver sem se preocupar com dinheiro. Juntos eles somam forças em uma luta declarada contra o sistema, e instigados por um desejo de vingança, caem na estrada sem rumo, mas mantendo sempre o contato com parte da Gangue Barrow, formada também pelo irmão bandoleiro de Clyde, Buck, vivido por Claudio Lins, e a cunhada Blanche, vivida por Adriana Del Claro – que faz deste o seu retorno aos holofotes.
Desafiando as autoridades, após dois anos de aventuras na contramão da polícia, o banditismo romântico só chega ao fim no dia 23 de maio de 1934, após serem delatados por um infiltrado na gangue. O casal fora da lei, que nunca demonstrou receio de apertar gatilhos e disparar contra quem cruzasse seu caminho, acaba capturado em uma emboscada armada na estrada de Louisiana, sul dos EUA, e executado com dezenas de tiros, o mesmo acontece com o carro, atingido por mais de 100 balas de diversos calibres, em uma operação comandada pelo capitão Frank Hamer, um Texas Ranger aposentado vivido por Renato Caetano, e que retorna ao posto como um reforço da caçada.
O elenco se completa com um time talentoso, que mescla nomes já conhecidos dos palcos com novos rostos que despontam na cena teatral: Aline Cunha (Eleanore), Aurora Dias (Cumie Barrow), Bruna Estevam (jovem Bonnie), Davi Novaes (cover de jovem Clyde e swing), Elá Marinho (Governadora Ferguson), Gui Giannetto (Pastor), Lara Suleiman (cover de jovem Bonnie e swing), Mariana Gallindo (Emma Parker), Oscar Fabião (Xerife Schmidt), Pedro Navarro (Ted), Rafael de Castro (Henry Barrow), Thiago Perticarrari (Delegado Johnson) e Yudchi Taniguti (jovem Clyde).
Com uma equipe de criativos renomada e conhecida das grandes premiações do gênero, os figurinos levam a assinatura de João Pimenta, o design de som de Tocko Michelazzo e o design de luz de Paulo Cesar Medeiros. Já a cenografia é de Cesar Costa e o visagismo de Marcos Padilha. A produção conta ainda com versões assinadas pelo indicado ao Prêmio Bibi Ferreira 2022, Rafael Oliveira (Musical em bom português), responsável por traduzir o texto e as 22 canções, repletas de elementos do country, western, blues e pop da Broadway.
DETALHES DE PRODUÇÃO
O trio de atores-produtores que se divide em dupla função à frente desta superprodução, é composto por Adriana Del Claro, Beto Sargentelli e Eline Porto, que se uniram no desafio de fazer dessa uma montagem única, considerando toda a sua concepção diferenciada e imersiva, já conhecida do local de apresentação, que vai desde a acomodação da plateia até o cardápio temático, oferecido pelo serviço de Bar assinado pelo Chef exclusivo do 033 Rooftop do Teatro Santander, Mario Azevedo.
E visando proporcionar uma experiência ainda mais completa, para além do palco, em 2022, o trio viajou até Curitiba em busca da carcaça original de um Ford V8, igual aos utilizados pelos personagens reais da história. O carro foi restaurado para ficar idêntico ao modelo original – em situação de pós captura -, hoje exposto em Las Vegas. O V8 será uma réplica exclusiva, recriada especialmente para o espetáculo, e estará exposta, de forma acessível ao público, em um espaço instagramável.