Núcleo Ajeum faz temporada com o espetáculo IKU no Centro Cultural São Paulo
Uma comunidade é construída por centenas de acordos entre si. Acordos que operam na manutenção da vida, da pulsão existencial, dos prazeres e das partilhas que possam gerar sentido. O toque de IKU é um portal ambíguo que despeja desconfortos. Os ciclos de nascimento – vida e passagem – são a integração do vir a ser. Como um organismo vivo que se revitaliza e se transforma a cada movimento, é nesse movimento que descobre suas subjetividades. IKU é a energia surpresa que cria rupturas na circulação do axé, puxando outras camadas de renovação. É um gozo que descarrega os excessos. É a possibilidade de ancestralizar. A fuga da morte é o que temos em comum, mas IKU nos alcançará de uma forma ou de outra. O beijo de IKU é temido e a força desse temor é o que faz nossos corpos buscarem a revitalização das experiências comunitárias.