NAQUELA NOITE EU OLHEI PELA JANELA E VI A LUA MORRER

Em cena, Débora vive a bem-sucedida advogada Tessa, que tem acusados de violência sexual entre seus clientes. Vinda de uma família pobre, ela batalhou e venceu no complexo mundo da advocacia. Ao mesmo tempo em que experimenta o sucesso, ela precisa encarar uma crise que a obriga a rever uma série de valores e princípios, além de refletir sobre o sistema judicial, a condição feminina e as relações conturbadas entre diversas esferas de poder.

Edital é uma montagem que dubla a burocracia e uma burocracia que dubla as artes do espetáculo. Em cena o artista/produtor se confunde, concorda e diverge de si mesmo e acaba propondo reflexões sobre arte hoje, pela lógica de financiamento e da produção cultural vigente. Nesse show sem glamour, é instaurada uma estética caótica no palco, entre laptop, impressora, projetor e alguma dispersão. A proposta é problematizar algumas relações na cadeia criativa e produtiva das artes cênicas brasileiras.

Com Juliana Martins, direção e Bel Kutner, texto de Beto Brown, direção de produção de Jorge Elali, argumento e idealização de Juliana Martins. Uma mulher sozinha em cena, contando, de maneira natural e engraçada suas experiências sexuais. Confissões misturadas com situações de amigas próximas e relacionadas à trajetória do empoderamento feminino e de soltura de amarras que colocaram cadeados e correntes na liberdade de exercer a libido da mulher.