
Sinopse
A peça escrita e estrelada pelo ator Ricardo Brighi, com direção de Wesley Leal e do próprio Brighi, compartilha com o público algumas lembranças de um homem
de 60 anos, gay e solitário. Numa tarde, ele recorda o passado, questiona o presente e duvida do futuro. Trata-se de uma peça-denúncia sobre o envelhecer do gay numa comunidade onde o ideal de beleza e juventude são intensos demais.
Ricardo Brighi escreveu o texto motivado por fatos que viveu e depoimentos que leu e ouviu. Na narrativa, o personagem propõe uma reflexão e o diálogo sobre os
gays maduros que, por conta da idade e do corpo físico muitas vezes “imperfeito”, são excluídos da possibilidade de amar, de ter com quem compartilhar dias mais
felizes. “A eles sobra a janela aberta e, através dela, a companhia do vento, dos raios solares e da brisa da noite”, diz o autor em tom poético.
Para escrever o texto, Brighi foi pesquisar entrevistas, estudos, reportagens. Nelas constatou que a solidão é uma dor (ou não) que acompanha muitos gays,
especialmente os maduros. “Alguns aprenderam a conviver com ela e até gostam. Outros sentem o incomodo e a aflição da lacuna”, afirma o autor.
NAQUELA NOITE EU OLHEI PELA JANELA E VI A LUA MORRER é um monólogo costurado com linhas e retalhos diversos, autobiográficos e ficcionais.
O personagem não tem nome, pode ser qualquer um de nós. Os objetos que formam o cenário refletem o passado, a memória. O velho baú, talvez do fim do
século XIX, invade os tempos modernos e guarda recordações. Dentro dele cada objeto tem sua essência. Alguns precisam ser descartados. Alguns precisam ser
preservados. Cabe ao personagem decidir, escolher o que vai jogar fora. Talvez esteja aí a chave para a felicidade.
Direção
Direção: Wesley Leal e Ricardo Brighi
Ficha Técnica Completa
FICHA TÉCNICA:
Texto: Ricardo Brighi
Direção: Wesley Leal e Ricardo Brighi
Direção de produção: Ricardo Brighi
Elenco: Ricardo Brighi
Desenho de Luz: Agnaldo Nicoleti
Trilha sonora: Vinícius Alves
Fotos: Flávio Jardim
Realização: Carriola Cultural