Sucesso de crítica e de público, musical Silvio Santos Vem Aí tem novas apresentações no Teatro Procópio Ferreira
Produção da Paris Cultural, a comédia musical é dirigida por Fernanda Chamma, escrita por Marília Toledo e Emílio Boechat e protagonizada por Velson D’Souza
Aplaudida por milhares de pessoas desde sua estreia em 2019, a comédia musical Silvio Santos Vem Aí homenageia o maior apresentador da TV brasileira. O musical faz um recorte na vida de Senor Abravanel (vivido pelo ator Velson D’Souza), desde sua infância, quando era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT. Com personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, a peça promete agradar todas as gerações.
O elenco é formado pelos atores Andreas Trotta (Leon Abravanel e Mário Albino), Arthur Berges (Velha Surda, Fiscal da Prefeitura, Almeida e Roberto Leal), Arízio Magalhães (Pedro de Lara), Bruno Kimura (Camelô, Anestesista, Bailarino Russo e Ministro Quandt), Daniela Cury (Hebe e Rebeca Abravanel), Giselle Lima (Sônia Lima, Cidinha Abravanel e Gretchen), Hellen de Castro (Íris Abravanel), Juliana Bógus (Aracy de Almeida, Colega de Trabalho e Atrasilda), Juliana Romano (Rosana, Lindalva e Dona Gina), Léo Rommano (Manoel de Nóbrega, Médico, Atrasildo e Figueiredo), Lucas Colombo (Bozo e Alemão), Mihlena Blank (Cantora de Rádio e Telemoça), Paula Flaibann (Elke Maravilha e Joelma), Roberto Justino (Sílvio Santos Jovem), Roquildes Junior (Roque), Thiago Garça (Pablo, Bailarino Russo e Geisel), Velson de Souza (Sílvio Santos), Vinícius Loyola (Sérgio Mallandro, Gugu e Gilliard), Vítor Vieira (Alberto Abravanel, Sidney Magal e Boni) e Yasmin Calbo (Perla, Boneca Bolinha de Sabão e Cantora de Rádio).
Para Marília Toledo, fazer um musical 100% nacional é um dos principais desafios deste trabalho e também o seu maior orgulho. “Falar de uma figura tão emblemática da nossa cultura popular, usando a música como fio condutor da história, nos permite uma boa liberdade estética. Isso se dá porque conhecemos bem os personagens ligados ao Silvio Santos, além dos ritmos e canções que acompanharam a trajetória do apresentador e empresário desde sua ascensão profissional até a década de 90, que é a linha cronológica da dramaturgia, escrita por mim e pelo Emilio Boechat”, comenta Marília.
Já Emilio Boechat conta que a peça foi escrita ao longo de um ano e meio. “Investimos um bom tempo levantando uma timeline de eventos importantes na vida do Silvio. Depois jogamos esses eventos dentro da estrutura clássica de um musical. Foi quando decidimos contar a história do Sílvio por meio de um devaneio, como em ‘All That Jazz’. A partir daí, escrevemos poucas cenas juntos. Como era difícil coincidir nossas agendas de trabalho, eu escrevia algumas cenas quando podia e ela também. Pouco antes do início dos ensaios escrevemos juntos as cenas que faltavam. Mas sabíamos que com a entrada do Marco França muitas cenas com diálogos seriam transformadas em música. Era um desejo dos dois que o espetáculo fosse conduzido pelas canções”, comenta.
O ator Velson D’Souza foi o escolhido para interpretar Silvio Santos – ele trabalhou no SBT em novelas como ‘Cristal’, ‘Revelação’ e ‘Vende-se Um Véu de Noiva’, e com o próprio apresentador no Programa Sílvio Santos. Para se preparar para esse papel desafiador, ele conta que tem procurado fugir da caricatura do homenageado, que já foi imitado por tantas personalidades.
“Tive que partir para a desconstrução dessa figura que é tão conhecida por todo mundo. Minha abordagem é olhar as situações da vida dele com o máximo de verdade, da maneira mais próxima de mim, do que eu vivi e me colocar no lugar dele. Acho que a convivência com ele ajudou bastante, sobretudo para perceber que ele é daquela forma que conhecemos mesmo quando não está em cena. E trazer um pouco da voz do Silvio, sobretudo do timbre. Não para ficar aquela coisa carregada, mas para termos uma pequena diferenciação de quando é o showman e quando está conversando com outras pessoas fora de cena, como, por exemplo, com Manoel da Nóbrega. O grande lance é não ficar aquela caricatura do Silvio Santos que todo mundo faz. E isso também funciona para o gestual. Tem a questão da mão, que é muito presente, toda aquela postura altiva e elegante do Silvio. Eu acho que temos que entender isso e atravessar. Quando ele era jovem, provavelmente não era igual ao que é hoje. Mas temos que fazer algo que lembre como ele é hoje”, revela o ator.
Antes do início do espetáculo, há um pré-show com diversas atrações do programa Silvio Santos ao longo de décadas no ar, como a “Porta da Esperança”, o “Foguete do sim ou não” e o “Roletrando”, além de um bar com comidas típicas do Domingo no Parque, como salgados, pipoca, refrigerante e algodão doce, entre outros.
É justamente a novidade e o ineditismo que pautam a direção de Fernanda Chamma. “O processo criativo do musical do Silvio foi bem bacana. Eu não quero rótulos – mesmo que estejamos trabalhando com personalidades bem conhecidas, acho que tudo o que não é previsível será bem aceito. E acho que estamos fazendo um espetáculo com muito ritmo, diversão e um formato diferente. Sempre quero ser diferente e não parar de criar nunca, pois é uma forma de respeito ao público e ao teatro musical. E o Silvio Santos é isto: uma persona única, jamais existiu e nem existirá outra similar. Acho que tem que ter esse ineditismo, humor, alegria e um estilo SBT de se fazer”, explica a diretora.
A trilha sonora é composta por músicas que marcaram a trajetória de Silvio Santos até a década de 1990 e animaram os programas de auditório. “Fazer esse projeto é inevitavelmente olhar para o passado e revisitar minha infância, na qual esse universo não só do programa, mas das músicas – sobretudo da década de 1980 – esteve tão presente. A minha função primeira é ser fiel aos arranjos originais, tentando mudar minimamente, colocando um pouco da minha personalidade, mas sem ferir a identidade dessas canções que estão nesse imaginário e que fizeram parte dessa época. E a outra parte compor canções novas que tenham a ver com a necessidade da dramaturgia. Dentro desse repertório popular que estava presente nas vinhetas do programa do Silvio tem um pouco do jingle publicitário. Para reforçar esse caráter, resolvi trabalhar com o Fernando Suassuna, um grande músico e amigo de infância. Ele escreveu as letras e eu compus todas as canções originais. Acho que todos estão bem felizes com o resultado”, acrescenta o diretor musical Marco França.
Ficha Técnica:
Texto: Marilia Toledo e Emílio Boechat
Direção: Fernanda Chamma e Marilia Toledo
Direção Musical: Marco França
Cenografia: Bruno Anselmo
Produção e realização: Paris Cultural
Elenco por ordem alfabética:
Andreas Trotta – Leon Abravanel e Mário Albino
Arthur Berges – Velha Surda, Fiscal da Prefeitura, Almeida e Roberto Leal
Arízio Magalhães – Pedro de Lara
Bruno Kimura – Camelô, Anestesista, Bailarino Russo e Ministro Quandt
Daniela Cury – Hebe e Rebeca Abravanel
Giselle Lima – Sônia Lima, Cidinha Abravanel e Gretchen
Hellen de Castro – Íris Abravanel
Juliana Bógus – Aracy de Almeida, Colega de Trabalho e Atrasilda
Juliana Romano – Rosana, Lindalva e Dona Gina
Léo Rommano – Manoel de Nóbrega, Médico, Atrasildo e Figueiredo
Lucas Colombo – Bozo e Alemão
Mihlena Blank – Cantora de Rádio e Telemoça
Paula Flaibann – Elke Maravilha e Joelma
Roberto Justino – Sílvio Santos Jovem
Roquildes Junior – Roque
Thiago Garça – Pablo, Bailarino Russo e Geisel
Velson de Souza – Sílvio Santos
Vinícius Loyola – Sérgio Mallandro, Gugu e Gilliard
Vítor Vieira – Alberto Abravanel, Sidney Magal e Boni
Yasmin Calbo – Perla, Boneca Bolinha de Sabão e Cantora de Rádio.