Em setembro, nova edição do projeto Terça Aberta no Kasulo promove três aberturas de processo de trabalhos de dança e performance
Em setembro, a Terça Aberta no Kasulo traz três criações em processo: A falsa ilusão de ser predadora, de Karla Ribeiro; 0-1, de Beatriz Falleiros; e MATER, de Débora Vaz. O público assiste aos espetáculos e, em seguida, participa de um bate-papo mediado pelas curadoras do projeto, a atriz Janaina Leite, e a bailarina e coreógrafa Vanessa Macedo, que dirige a Cia Fragmento de Dança.
Programação:
A falsa ilusão de ser predadora, de Karla Ribeiro
Sinopse: O solo autoral e autoficional parte da noção de predadores do mundo animal para colocar em cena o corpo de uma mulher negra, sapatão e femme, que reconhece e explora seu erotismo em duas vias: quando desejo e quando sou desejada? Quando a preta fala é ouvida ou seu corpo sempre é narrado e vislumbrado enquanto objeto de satisfação? Em confluência com imagens de Inês Brasil e referências de cinema, e em diálogo com a estética de trabalho das “cam girls”, o solo pergunta: A imagem de predadora insaciável, lhe cabe? O trabalho abarca a lesbianidade, hipersexualização, isolamento e descarte como componentes do corpo que narra.
Duração: 30 minutos
Ficha Técnica: Dramaturgia e performance: Karla Ribeiro
0-1, de Beatriz Falleiros
0-1 não se resume a uma abertura de processo. Trata-se, em vez disso, da abertura de vários processos, o ponto de confluência das pesquisas e as inquietações de diversos artistas. O trabalho reúne a coreografia de Beatriz Falleiros, a identidade sonora de Ananda Maranhão, o universo referencial da dramaturgia de Ian Uivedo, as modulações e captações de movimento de Pedro Luchesi, a cenografia de Kim Cruz, as Luzes de Giorgia Tolaini, o design de Giulia Naccarato e o figurino de Carolina Semiathz e Beatriz Rivato. É, portanto, um registro e uma investigação mutável de um embate ora conflituoso, ora harmonioso, de diferentes linguagens. Todos estes agentes, irmanados pelo signo da juventude e guiados pela problemática proposta pela coreógrafa, partem de origens díspares para refletir a respeito da percepção contemporânea do tempo e suas práticas de ordenação.
Duração: 30 minutos
Ficha Técnica: Concepção e Coreografia: Beatriz Falleiros | Identidade Sonora: Ananda Maranhão | Cenografia: Kim Cruz | Texto e dramaturgia: Ian Uviedo | Programação e visuais: Pedro Luchesi | Design e operação de Luz: Giorgia Tolaini | Identidade Visual: Giulia Naccarato | Figurino: Carolina Semiatzh, Beatriz Rivato | Fotografia: Helena Ramos.
MATER, de Débora Vaz
Sinopse: Uma Ostra não consegue mais viver com um intruso que cresce em seu interior e para expulsar o que a invadiu se deixa quebrar em pedaços, mas o que vê após a quebra não é o que espera, é maior e não tem volta.
Duração: 15 minutos
Ficha Técnica: Direção e Concepção – Débora Vaz | Intérprete – Débora Vaz