TRANSE – Ato 1 revela a mesquinhez e a covardia de um burguês em decadência e estreia no Sesc Belenzinho
A trama narra a história de Ricardo, um pequeno burguês decadente de Santo André, herdeiro de diretores da General Electric. Ao levar um tiro, o
personagem revive em flashback sua ignóbil vida. A covardia e mesquinhez desse homem são desnudadas a partir de imagens e lembranças reais de
movimentos de esquerda e de imagens de Paulo Martins, personagem do filme “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha. Em cena, Ricardo é visto através de uma janela, uma grande estrutura cênica móvel que gira no palco ao longo do espetáculo, sugerindo mudanças de perspectiva e ângulos, além de provocar o voyeurismo do espectador. Permeado por um narrador disparador de cenas e contrarregras, que seriam seus empregados (e que agem também como fantasmas de sua cabeça), a montagem conta com uma trilha sonora tocada ao vivo, que favorece esse transe do protagonista.
Ficha Técnica:
Concepção do Projeto: Marcio Castro
Direção e Dramaturgia: Marcio Castro
Atuação: Salloma Salomão
Direção de Arte: Julio Dojcsar
Cenografia: Julio Dojcsar e Cauê Maia
Projeções Analógicas e Bazucas Poéticas: Cauê Maia
Figurinos: Renata Régis
Direção Musical: Adonai de Assis
Dramaturgia Sonora: Adonai de Assis e Salloma Salomão
Concepção e operação de luz: Camila Andrade
Contrarregras – Operários: Julio Dojcsar, Renata Régis, Cauê Maia, Marcio
Castro, Camila Andrade e Adonai de Assis
Design Gráfico: Murilo Thaveira
Assessoria de imprensa: Pombo Correio Comunicação
Direção de Produção e Produção Executiva: Ana Zumas
Técnico de som: Jess Melo e Jo Coutinho (stand in)
Libras: Mãos de Fada
Oficinas:
Oficina Dramaturgia, História e Interpretação Teatral, com Marcio Castro
Descrição: O intuito desta oficina é, através de atividades práticas, desenvolver um percurso de pesquisa em seus encontros, que reverberem na
relação dos participantes com suas perspectivas históricas pessoais e coletivas, e o quanto essa relação pode estar presente em suas elaborações
estéticas. Cada encontro trará como foco um aspecto de desenvolvimento. E a obra TRANSE aparece como material a ser destrinchado pelo coletivo, como deflagrador inicial, para posteriormente se desenvolver em práticas individuais e coletivas dos participantes. TRANSE é um disparador que se coloca como material a ser estudado, criticado e reelaborado, inclusive. Quando: 9 e 11 de outubro, das 14h às 17h Inscrições:Entrega de senhas 30 minutos antes.
Oficina Cenografia – Inventando o espaço, com Julio Dojcsar e André Capuano
Descrição: Poesias urbanas nas práticas da redução de danos. Depois de passar por longo período em uma zona de guerra humana, como potencializar o espaço de cena para dar conta de histórias de vida? Nesta oficina, vamos desconstruir o processo de desenvolvimento do espetáculo TRANSE – Ato 1, apresentando conceitos de encenação e compartilhando técnicas utilizadas. Quando: 16 e 18 de outubro, das 14h às 17h Inscrições: Entrega de senhas 30 minutos antes
Oficina Figurinos, reconstrução e “roupa de trabalho” na cena, com Renata Régis
Descrição: Pensando que uniformes são peças de roupas padronizadas, que visam facilitar a identificação de um grupo, Renata Régis no figurino de
TRANSE – Ato 1 desconstrói este objetivo. O uniforme da metalurgia, usado pelos contrarregras, se funde aos ternos e a pinturas, criando um terceiro vestir único, que carrega uma identidade e um objetivo claro da despadronização. Sendo assim, a oficina propõe que os uniformes tradicionais da metalurgia na cor cinza, sejam customizados com pinturas com stencil, por cada participante com o objetivo de mudar a visão de padronização, e identificação para qual foi criado, tornando-os únicos e com identidade. Ela também propõe a costura de ecobags no mesmo tecido dos uniformes – tecido brim em tons de cinza, onde também haverá customização com pinturas em stencil. Os participantes poderão levar seus uniformes e bolsas para casa. Quando: 23 e 25 de outubro, das 14h às 17h Inscrições: Entrega de senhas 30 minutos antes
Oficina Dramaturgias Musicais, com Salloma Salomão e Adonai Assis
Descrição: Oficina de dramaturgia musical para cena autoral. Uma construção musical que esteja organicamente relacionada à elaboração cênica coletiva. Os objetos fônicos são aqueles disponibilizados pelo executantes, quais sejam: voz, flauta e tecnologias do disco físico e música digital, samplers e estética de discotecagem. Ruídos, barulhos de máquinas e sonoridades vindas de simulacros. Salloma vem da cena musical surgida de bandas de garagem dos anos 1980 e Adonai criado nas faixas de estética musical do Hip Hop, samba e música eletrônica. Vertentes de música negra que se encontram para pensar uma dramaturgia musical para uma cena autoral. Quando: 30 de outubro e 1º de novembro, das 14h às 17h Inscrições: Entrega de senhas 30 minutos antes
*Sessões extras nos dias 3 e 31 de outubro, às 20h
*Nos feriados dos dias 12 de outubro e 2 de de novembro, sessões às 18h30
*Dias 6 e 27 de outubro, domingos, não haverá apresentações, por conta das eleições