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PIRAJUSSARA: VOZES À MARGEM
Na montagem, os atores Daniwel Trevo, Dêssa Souza, Patricia Ashanti, Stefany Veloso e Welton Silva dão vida às histórias que são entrelaçadas por aparições de Pirajussara, uma mulher-cabocla-rio que traz seu olhar de natureza para essas narrativas. A trilha sonora é executada ao vivo com a participação dos músicos Marcelo Lima e Yuri Carvalho, além dos próprios atores que se revezam no manejo de instrumentos como violão, sanfona, tambor e rabeca.
O PAÍS QUE PERDEU AS CORES
O espetáculo infantojuvenil O País que perdeu as cores traz para cena quinze artistas entre atores e atrizes, músicos e intérpretes de libras para contar a história de um povo surpreendido na Feira de Solstício de Verão pelo desaparecimento da Velha Presidenta e a ascensão ao poder d´Ele, um governante que ninguém conhece e se mostra autoritário. Aos poucos, esse governo vai tirando a vida - e as cores - do país.
AQUÁRIO COM PEIXES
A história acompanha a promotora pública Anita (Carolina Mânica) e a astróloga Lídia (Natallia Rodrigues) autêntica pisciana, exageradamente sensível e emotiva. É essa intensidade que encanta a aquariana Anita e a desperta para viver sua primeira relação com uma mulher, aos 40 anos e após se divorciar do marido. O público acompanha a descoberta que uma faz do mundo da outra e o florescer dessa paixão que precisa abraçar e contornar as diferenças.
BRINCAR DE PENSAR
Em “Brincar de Pensar”, a personagem Marília (Isabel Wilker) recebe um presente inesperado e anônimo que desperta sua imaginação e permite que Outrem (Luiz Felipe Bianchini) e sua parceira (Carol Marques da Costa) saiam do empoeirado sótão para brincar de pensar, imaginar, lembrar e criar através das palavras.
E O ZÉ, QUEM É?
Em um país que parece fictício, dominado por um governo autoritário, um garoto é encontrado no meio da praça. Sozinho e em trapos, ele não sabe falar nenhuma língua e mal consegue andar. Todos ao redor especulam sobre a origem do menino, mas ninguém sabe de nada. Uma pessoa desconhecida não é ninguém, concluem os agentes do governo, e alguém que não é ninguém pode se tornar qualquer coisa, o que é muito perigoso. Assim, o menino sem nome vai preso por vadiagem, e, tornando-se assunto da cidade inteira, só faz aumentar a curiosidade sobre sua identidade. Depois de um mês, a Justiça faz um acordo com a cidade: solta o garoto, mas obriga toda a população a ficar responsável por ele.
HUMILHAÇÃO
O espetáculo HUMILHAÇÃO reúne quatro peças curtas de Carla Kinzo, Cláudia Barral, Lucas Mayor e Marcos Gomes que foram escritas a partir do ensaio homônimo do escritor norte-americano Wayne Koestenbaum, e integram a segunda edição do projeto PDF. As cenas investigam diferentes formas de humilhação cotidiana, passando pelo tribunal da internet; pelos processos de seleção e recrutamento de grandes empresas; pelas veleidades literárias de um autor recusado; pela ascensão de uma nova ordem conservadora, disposta a tudo para fechar teatros. Mais que um inventário, Humilhação é uma peça sobre a vergonha do oprimido.
HAVIA UM PAÍS AQUI ANTES DO CARNAVAL
Havia um país aqui antes do Carnaval apresenta, em dez breviários, um recorte das diversas faces do Brasil e atravessa questões sociais, políticas e ambientais da atualidade. A resistência dos territórios ameríndios, o caráter multifacetado dos cenários urbanos e as contradições dos espaços explorados pelo garimpo e destruídos pelas queimadas são alguns temas encenados na peça. O texto também homenageia alguns artistas reais como a performer amazônida Uýra Sodoma; o artista plástico do povo indígena Macuxi Jaider Esbell e a escultora de origem indígena Conceição de Freitas da Silva, conhecida como ‘’Conceição dos Bugres’’.
TRAVESSIA BRASIL – UM CAMINHO PARA PEDREIRA
Na trama, não há mais lugar para o povo na cidade de Pedreira das Almas, nem para os mortos, pois o ciclo da mineração destruiu tudo, restaram apenas árvores retorcidas que se agarram às pedras. Agora o povo está dividido entre aqueles que querem abandonar a cidade e os que desejam permanecer. nnÉ em torno da personagem Mariana (Nicoly) que os conflitos se formam. Seu namorado, Gabriel (Alan Recoba), é um dos idealizadores da revolta contra o imperador do Brasil. Outro representante da revolução é o irmão de Mariana, o jovem Martiniano (Wes Machado). Urbana (Simone Rebequi), a mãe, não concorda com a revolução e as ideias liberais vendidas por Gabriel, e faz forte oposição. Passando por temas como a relação passado e presente, o conflito entre tradicionais e progressistas, e a luta pela liberdade, a peça escrita em 1957 se passa na cidade fictícia de Pedreira das Almas durante os tempos da Revolta Liberal de 1842.
E LÁ FORA O SILÊNCIO
Com dramaturgia de Ave Terrena e direção de Diego Moschkovich, o trabalho retoma a memória da ditadura brasileira a partir da história de Crístofer, que está de mudança e encontra cartas enviadas de dentro da prisão para sua irmã na época em que esteve encarcerado. Escritas em código, como forma de burlar a repressão, essas correspondências narram a vida de presas políticas com quem ele convivia no presídio, até que os fragmentos começam a se embaralhar e criam uma confusão entre tempos.
“OUTRAS MARIAS… E AGORA?”
Outras Marias... E agora?” propõe uma reflexão sobre a condição da mulher em uma sociedade impregnada de resquícios patriarcais, onde sua voz e ponto de vista são ignorados e os abusos são tolerados e vistos como consequências das ações das próprias vítimas. No enredo, histórias de várias personagens se cruzam dentro de um universo fantástico carregado de angústia e incertezas tendo como pano de fundo um hospital psiquiátrico!
LABIRINTHOS EM PROCESSO
SINOPSEnQuando o rei de Creta morre, Minos reivindica o trono, pedindo a Poseidon que lhe envie uma confirmação. O deus atende e Minos assume o poder. Mas o novo rei não cumpre a promessa. Furioso, Poseidon castiga o mortal: faz com que sua esposa, Pasífae, enlouqueça, se apaixone pelo touro e engravide do animal. Nasce, então, o Minotauro, criatura com cabeça de touro e corpo de homem, que é encarcerado em um labirinto.
O BEM AMADO
O BEM AMADO, de Dias Gomes, é uma comédia que satiriza o cotidiano de uma cidade fictícia no litoral baiano. O “bem-amado” em questão é o corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu, candidato a prefeito de Sucupira, adorado pela maior parte da população. Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, o político se elege com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”. A grande questão para Odorico é que não morre ninguém para que o cemitério seja inaugurado. O prefeito resolve, então, lançar mão de todo tipo de artifício para não perder o apoio popular, até mesmo consentir a volta à cidade do terrível pistoleiro Zeca Diabo, com a total garantia de que ele não será preso. Há a esperança de que ele mate alguém e lhe arranje um defunto. O prefeito só não imaginava que Zeca Diabo volta a Sucupira disposto a nunca mais matar ninguém, pois quer virar um homem correto, um homem de Deus! No final da trama, é o próprio Odorico quem inaugura o cemitério, após ser morto com tiros por Zeca Diabo. Todos lamentavam-se. O prefeito Odorico tornou-se um mártir.