Inf Peças
FURACÃO
A peça fala sobre o Katrina, sobre suas vítimas e sobre os que sobreviveram, mas fala sobretudo sobre o peso da desigualdade em momentos de tragédia. Uma narrativa que mistura a gravidade do trágico com a doçura da fábula, para exaltar a beleza comovente daqueles que, apesar de tudo, permanecem de pé.
OS DONOS DO MUNDO
Os Donos do Mundo tem como referências estéticas obras como Mad Max, Eu Sou, a Lenda e O livro de Eli, tramas que perpassam pela linguagem árida e o deserto do apocalipse. Em cena, dez personagens precisam reconstruir a humanidade após o desaparecimento de toda a população. A peça é dividida em quatro atos e tem uma cenografia que mistura um pouco do clima árido de produções sobre o apocalipse e andaimes, pois parte do espetáculo se passa nas alturas, para dar o ar de solidão e finitude.
- Sábado
O PEQUENO PRÍNCIPE
O Pequeno Príncipe mora no asteroide B-612 com uma rosa, baobás e três vulcões. Um dia ele pega carona numa revoada de pássaros e vai conhecer novos mundos e pessoas. Depois de passar por diversos planetas e conhecer inusitados personagens, como, o Rei, o Homem de Negócios e o Vaidoso, acaba caindo no planeta Terra, em pleno deserto do Saara. Na Terra conhece o narrador, que coincidentemente sofreu uma queda de avião no mesmo local.
UM LUGAR CHAMADO AMOR
Numa noite gélida de sexta-feira, os moradores de uma cidade pequena e distante lidam com o amor em oito histórias sobre afeto e saudade, amizade e isolamento, melancolia e esperança. Cada uma é sobre ganhar ou perder o amor, descobri-lo onde menos se espera, e não o encontrá-lo onde sempre esteve. Em "Um Lugar Chamado Amor", relacionamentos terminam, começam ou mudam conforme estranhos se tornam amigos, amigos se tornam amantes e amantes se tornam estranhos.
- Sexta20h30
- Sábado20h30
TRÍPTICO: NÃO ELA, ELE E CULPA
Não ela: o que é bom está sempre sendo destruído - Um casal começa a morar junto ao mesmo tempo que um deles começa seu processo de transição de gênero. O namorado cisgênero então escreve um texto sobre suas questões que emergem no convívio com seu namorado trans. Esse texto é materializado no palco pelo casal em cena, através de cinco programas performativos. Ele - Dois “eles”, um cisgênero e um transgênero, casados na vida real, se colocam num palco para juntos realizarem algumas ações e jogos performativos. São criadas imagens que remetem direta ou indiretamente a questões de sexualidade, gênero, existência e essência. Nesse percurso, surgem reflexões acerca do que é um homem, um “ele”, ou o próprio masculino. Essa peça foi criada quando o autor começou a usar testosterona. Culpa - Uma pessoa transgênera e seus pais fazem uma peça de teatro no qual eles rememoram momentos de sua vida juntos, antes da pessoa transgênera fazer uma mastectomia masculinizadora (retirada plástica dos seios). Através de uma série de imagens, eles refletem sobre as tensões que habitam o relacionamento dos três frente às decisões estéticas e identitárias do filho trans.
NINGUÉM SABE MEU NOME
Iara é uma mulher preta de meia idade, mãe de Menino, uma criança preta. Em uma conversa íntima com o público, questiona sua própria existência e sua função na sociedade, como mulher e mãe: educar seu filho para que cresça e floresça em sua pureza ou despi-lo, ainda em tenra idade, de sua inocência de modo a prepará-lo para o enfrentamento de uma sociedade que não o reconhece como igual. Ou, ainda, se é possível fazer as duas coisas.
BETTA SPLENDENS
Betta Splendens é uma autoficção que aborda a mente de uma pessoa deprimida - bem como o seu estigma na sociedade – que num possível destino final e trágico culmina no suicídio. O ponto de partida do espetáculo é o estado ininterrupto e concomitante de melancolia/euforia que a autora carregou por algumas das casas onde morou. As passagens por esses espaços são narradas por três personagens que caminham lado a lado com a morte. Caminhadas eufóricas, em um país em crise, que se confunde com fugas. Nestes espaços, um peixe Betta conduz a trilha sonora e as observa. Ele sabe que alguma coisa vai acontecer.
CORDEL DO AMOR SEM FIM
Na pacata cidade de Carinhanha, no sertão baiano, às margens do rio São Francisco, vivem três irmãs, Madalena, Carminha e a jovem e sonhadora Teresa, por quem o namorado José nutre um sentimento arrebatador e possessivo. No dia em que José vai pedi-la em casamento, um encontro no porto da cidade sela o destino de Teresa: ela se apaixona por Antônio, um viajante que está de passagem pela cidade. A partir deste ponto, a trama se desenrola em função da espera de Teresa pelo retorno de Antônio. A espera contagia a todos e as personagens passam a viver na expectativa de que algo mude em suas vidas.
CABO ENROLADO
Sobre os tijolos de uma casa em construção vemos a infância de um jovem periférico sendo edificada. Mais tarde esse mesmo jovem tenta adentrar o novo mercado de trabalho "livre" oferecido pelos aplicativos.
- Sexta21h30
- Sábado21h30
- Domingo18h30
COLUNA PRESTES: ENCRUZILHADAS DA MARCHA DA ESPERANÇA
Brasil, década de 1920. A Coluna Prestes rasga o país. Durante a marcha, um grupo de oito pessoas, dos mais diferentes lugares, formam uma inusitada família, entrelaçando e mudando suas vidas. É com essa gente que Luiz Carlos Prestes aprende, forjando seu espírito revolucionário.
ARACY
O espetáculo conta a busca de uma neta pela história misteriosa de sua avó e, ao seguir os rastros deixados por ela, se depara com as consequências devastadoras do patriarcado na vida das mulheres.
DENTRO DE UM OLHAR
Laura e Liz se conhecem e se apaixonam a partir de um olhar. Com o passar dos anos, a dependência emocional, a bebida e a toxicidade tornam essa relação fria e distante. A falta do olhar que uniu duas almas poderia separá-las? Dentro De Um Olhar é uma história de amor e desamor, que desmistifica a heterocisnormatividade nas relações.
YERMA
Yerma, personagem-título, está recém-casada e animada para ter filhos com seu marido, João. O tempo passa e Yerma não consegue engravidar, sua excitação se transforma em preocupação, chegando até a uma obsessão. Ela considera diversas possibilidades, até mesmo ter um caso extraconjugal para engravidar. Seu desespero se torna maior quando questiona sua própria identidade e o valor de ser uma mulher sem filhos, não sendo capaz de aceitar que nunca terá os seus os próprios.
MORTE EM VENEZA
Estamos nos primeiros anos do século XX e o escritor Gustav Von Aschenbach está em crise criativa na sua cidade Munique. Decide partir de férias para Veneza. É um artista rigoroso, obcecado pela perfeição e da beleza ideal. Ao chegar em Veneza hospeda-se em um luxuoso hotel a beira mar. Encontra o jovem Tadzio, cuja beleza natural supera todos os esforços da arte. Uma paixão platônica avassaladora e a peste que se dissemina em Veneza, levará ao atormentado escritor a uma reflexão sobre a tensão entre o artístico e o natural, a luta contra a passagem do tempo, a decadência do corpo, e a doença como metáfora em um mundo em agonia.
INFÂNCIA
Infância é a transcrição cênica e musical a partir do livro homônimo de Graciliano Ramos, publicado em 1945. Nestas memórias, o alagoano traz à tona seus primeiros anos de vida até o despertar da puberdade vividos no interior dos Estados de Alagoas e Pernambuco. Em meio à dura vivência com a família e marcado por uma difícil alfabetização, surge página a página uma criatura interessada nos vários personagens à sua volta e no mundo das letras. Meninice que não inspira nostalgia e que tem estreita relação com obra do escritor como um todo e tudo aquilo que ela denuncia, criando uma movimentação entre as vozes da criança e a daquele que a rememora. Esse jogo literário que acumula temporalidades (as diferentes idades do menino e a perspectiva do adulto) é explorado na adaptação à cena que, ao priorizar a falta de trato familiar, a precariedade do ambiente escolar e as dificuldades sofridas pelo garoto no letramento, cria um contraste epifânico, uma vez que aquele que passa a vislumbrar novas paisagens a partir da aproximação aos livros se tornará (ao mesmo tempo que já é) um de nossos maiores escritores.
- Terça20h