Inf Peças
CÁRCERE
Cárcere apresenta uma semana na vida de um pianista que estando no cárcere (PRIVADO DA LIBERDADE E DE SEU PIANO) será refém numa rebelião iminente. Ele vive em ritmo de contagem regressiva e suas expectativas, impressões, lembranças, reflexões e sensações são expressadas por ele num diário que inicia numa segunda-feira e termina quando estoura a rebelião, um domingo.
LOVE
Madalena, uma mulher de 33 anos, encontra-se de forma inesperada no saguão de um aeroporto com uma mochila e uma mala, sendo acusada de algo que ela diz não ter cometido. LOVE é um envolvente monólogo escrito por Tássia Dhur que explora a vida amorosa e a crueldade das relações humanas.
ANA MARGINAL
O espetáculo é um metateatro que transita pela obra e vida da poeta Ana Cristina Cesar, ícone da poesia marginal da década de 70 a partir do conflito de três atrizes envoltas pela complexidade e identificação das angústias de suas personagens, que representam diferentes facetas da poeta: a Ana, a Cristina e a César.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
UM AZUL NOS BUEIROS DE SÃO PAULO
As memórias subterrâneas da ditadura civil militar brasileira, sob uma perspectiva de gênero. A história é conduzida pela Dramaturga, que rememora, por entre ficções e documentos, um encontro ocorrido em 2015, com uma mulher que vive dentro de um bueiro localizado entre as ruas Teodoro Baima e Rego de Freitas. Esse encontro é o disparador para a composição de uma rapsódia de esquecimentos sistêmico, atravessada por memórias conectadas pela luta política e pela escrita dramatúrgica feitas por mulheres em tempos de opressão. O que ainda estaria oculto nos bueiros desta cidade?
AGDA
O espetáculo AGDA leva à cena teatral o conto homônimo de Hilda Hilst (1930-2004), publicado em 1973 dentro do livro Kadosh, segunda publicação em prosa da autora. AGDA narra a via crucis de um corpo feminino livre, potente e integrado com a natureza. É um conto lírico, erótico, teatral e jocoso, que grifa em sua materialidade poética a presença axiomática de temáticas hilstianas: o erotismo religioso, a busca incessante por Deus e a via crucis de um corpo em sacrifício, de uma mulher encarnada em seu desejo, espírito e destino. Agda é uma mulher primeva, exala e exalta seus desejos para com o mundo, seu corpo livre como extensão e parte. Mora em um vilarejo, fala com Deus e tem três namorados amantes: Orto, Kalau e Celônio. Agda quer a ascese, a experiência mística, mas sucumbe em função de uma construção patriarcal e misógina de religião e assimilação do feminino.
- Quinta19h
- Sexta19h
E VOCÊS, QUEM SÃO?
Em cena, Samuel vive um personagem que está sendo condenado por um crime. O público acompanha o relato que traz um apanhado histórico do Brasil, contando a verdadeira versão de um país racista e inquisidor. E o texto ainda é acompanhado por uma reflexão sobre Machado de Assis, um dos maiores autores negros brasileiros, que foi “embranquecido” pela história oficial.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo19h
COLETÂNEA
Nessa homenagem ao documentarista Eduardo Coutinho, um grupo de atores compartilha vivências e memórias, em um jogo de segredos e mentiras. No palco, sob a camada da ilusão, um grupo de atores, inspirados na linguagem do cineasta, compartilha segredos, sentimentos e duras verdades, suas e de outros, em relatos que costuram e transformam experiências do elenco, depoimentos de personagens de filmes de Coutinho e trechos de textos clássicos.
OUTRA REVOLUÇÃO DOS BICHOS
Os animais, cansados da exploração na fazenda em que vivem, organizam um movimento, expulsam os humanos e acabam por tomar o controle do espaço. Com o sucesso da missão, surge o Animalismo, regime em que todos os animais seriam iguais em direitos. Porém, uma vez implementado o novo sistema, sem a presença de humanos e com a liderança dos Porcos, aos poucos começam a emergir a sede de poder e a tolerância à corrupção.
TRINTA ANOS ESTA NOITE OU O ESPELHO NEGATIVO
Acompanhada de um músico/ator, Dulce Muniz interpreta um texto que faz a relação entre momentos significativos de sua vida e a história mais recente do Brasil. Um solo teatral que aborda como tema a dor feminina, suas manifestações e simbolismos. Junto disso, a relação da atriz com a Síndrome de Fibromialgia se mostra presente e conduz o espetáculo por outras dores e experiências, como a tortura, desaparecimento de presos políticos e a vida de mulheres, negros e indígenas.
MORIA
No maior campo de refugiados da Europa, dentre as milhares de pessoas que ali se encontram, destacam-se três mulheres. Duas delas, Abda e Bahar, são atrizes iranianas que migraram para o continente europeu como refugiadas, passando a viver em condições devastadoramente dramáticas e precárias. Enquanto aguardam um destino que insiste em não chegar, se encontram secretamente de madrugada para ensaiar uma peça sobre os apóstolos Paulo e Tiago. Ali discutem sobre fé, violência, o assédio sexual que sofreram e a liberdade religiosa não vivida.
SUEÑO
Sueño se passa em 1973, em Santiago do Chile. Neste cenário, um grupo de teatro ensaia Sonho de uma Noite de Verão. Entre os integrantes, um casal de militantes, cuja mulher está grávida, tem de fugir do país por perseguição da ditadura. Assim, acabam sendo separados. Por fim, ele sai em busca de sua família e sonha reestrear a peça com pessoas que reaprenderam a sonhar com liberdade e independência.
A ROUXINOL E A ROSA
A Rouxinol (Glamour Garcia), uma figura mitológica e transgênero no corpo de homem, mulher e pássaro, vive intensa paixão por um Jovem Aristocrata (Augusto Zaccchi) mas, aconselhada por uma velha Feiticeira (Bárbara Bruno) abre mão de seus sentimentos e luta para conseguir uma rosa vermelha para que o jovem conquiste a sua amada.
CESÁRIA
Com uma montagem que não se detém à passagem tradicional do tempo, o espetáculo parte de uma trama em que, no passado, o Filho procura pelo pai, enquanto no futuro A Mãe planeja matar o patriarca e escreve cartas ao pródigo anunciando esse possível assassinato. Na busca incessante pelo pai, o Filho encontra Cesária, que lhe entrega as cartas atemporais vindas do futuro. As tramas remetem a tempos pandêmicos, sendo eles a pandemia de HIV/AIDS iniciada no fim dos anos 1980 e a pandemia de COVID-19, de 2020.
QUILOMBO MEMORÍA
No texto, João (André Santos) é um advogado que carrega em si as memórias de muitos momentos com a sua avó, Dona Glória (Miriam Limma), que sofre de Alzheimer e se encontra em risco durante a pandemia do COVID-19. Querendo resgatar sua avó e, com isso, resgatar suas tradições mais ancestrais, ele conduz um “sequestro” para que essas recordações e histórias não se percam.
- Quarta20h
A INQUILINA
Sharon (Luisa Thiré), 52 anos, dona de casa, divorciada, mãe de um filho distante, vive sozinha numa zona rural, sem perspectivas ou recursos para se manter. Decide, então, alugar um quarto de sua casa e dividir as despesas. Sua inquilina é Robyn (Carolyna Aguiar), 53 anos, cosmopolita, vegana, lésbica e igualmente mãe de uma filha que a evita. Robyn precisa de um lugar para se esconder de seu misterioso passado e tentar recomeçar. Tudo na inquilina desperta curiosidade avassaladora em Sharon que, quando começa a desvendar seus segredos, cria coragem para dar uma virada radical na sua vida.