Inf Peças
O QUE MEU CORPO NU TE CONTA?
Em atividade há quase três anos, o Coletivo Impermanente tem como ênfase de trabalho a pesquisa da linguagem de Autoficção e Teatro Narrativo. Durante o processo de investigação e construção das cenas e da dramaturgia dessas narrativas íntimas, o diretor se atentou ao fato de que a maioria das histórias contadas por artistas de diversos estados brasileiros, agora reunidos em São Paulo, passava pela experiência de cicatrizes físicas e metafóricas. O elenco, composto por 20 atores, se reveza de 12 em 12 atuantes a cada apresentação. No espaço cênico há 12 quadrados de 2x2m delimitando onde cada um deles ficará, formando um tabuleiro. O público escolhe em qual nicho assistirá a cada rodada de quatro minutos, passeando pelo tabuleiro todas as vezes que o sinal tocar, além de outros dispositivos de jogo.
TODAS AS COISAS MARAVILHOSAS
Aos seis anos de idade, um menino descobre que sua mãe sofre de depressão. A partir daí, ele começa a escrever listas de todas as coisas maravilhosas que podem fazê-la recuperar a vontade de viver e as deixa em locais estratégicos, para que ela encontre e redescubra "motivos" para continuar viva.
NINGUÉM SABE MEU NOME
O monólogo reflete sobre os códigos racistas tácitos da sociedade, seus impasses, impactos e possíveis propostas de reparo. Em meio a isso, o desafio de uma mãe preta de meia idade, Iara, para educar e orientar seu filho pequeno, Menino, diante de uma sociedade que não o reconhece como igual, mesmo em um país, o Brasil, que tem a maior população preta do mundo fora do continente africano. Em cena, Ana Carbatti, de inúmeros papéis no teatro, na televisão e no cinema, se multiplica em muitas vozes e corpos, cujas expressões são as premissas do projeto.
A ÚLTIMA CENA
De onde vem nosso medo da morte? E se falar sobre nossa condição finita fosse uma prática do cotidiano? Num encontro improvável, quatro homens se aproximam da morte: um coveiro, um senhor de 80 anos, um palhaço portador de esclerose múltipla, um jovem viúvo de 40 anos. Guiados pela diretora, mergulham em seus medos e fantasias sobre o morrer e, com humor e sensibilidade, questionam-se sobre aquilo que os une: a vulnerabilidade. Uma peça que aspira a sensibilidades diversas, abrindo caminhos para a reflexão sobre hiatos entre viver e morrer comuns a todos nós.
A GOLONDRINA
Inspirado no ataque terrorista homofóbico que aconteceu no Bar Pulse, em Orlando (EUA), em junho de 2016, o espetáculo mostra o emocionante encontro de Ramón (Luciano Andrey), sobrevivente de um ataque semelhante, com Amélia (Tania Bondezan), uma severa professora de canto, que também tem sua história ligada a esse trágico evento. Os personagens vão revelando detalhes de suas histórias, que se entrelaçam como num quebra-cabeças.
QUEREM NOS ENTERRAR, MAS SOMOS SEMENTES!
O espetáculo narra o drama de uma família que tem seu filho assassinado numa ação policial durante uma manifestação pacífica. Enquanto a filha, que estava em busca de seu sonho de ser modelo internacional, é enganada e traficada para outro país e obrigada a se prostituir. Pai e mãe angustiados procuram as ossadas do filho para que possam dar a ele um enterro digno, sem saber ao certo o destino da filha.
OS MUNDOS DE CHICO XAVIER
Espetáculo de João Signorelli encena o Reencontro do reconhecido médium Chico Xavier com Bezerra de Menezes, (interpretado por Carlos Meceni) no momento em que Chico desencarna e acorda com Bezerra no Plano Espiritual. Um encontro inusitado entre duas entidades, que na linguagem do amor, falam sobre as dificuldades de lidar com nosso íntimo. Trazem a importância da escuta, das inspirações, e intuições. Um encontro cósmico e uma explosão amorosa na eternidade do tempo.
ALMARROTADA
Hoje é a milésima vez! Viver uma vida em função do outro e procurando a si mesma. Almarrotada é uma investigação sobre solidão "acompanhada" de tantas mulheres casadas no Brasil e no mundo.
MEU NOME: MAMÃE
A peça atravessa emocionalmente com cronologia própria uma jornada de vida do ator ao lado da sua mãe e da sua família. Aury Porto evoca e invoca lembranças, histórias, canções e construções acerca da travessia de um filho diante do adoecimento da mãe. A doença de Alzheimer, que acomete cada vez mais brasileiros, é narrada no espetáculo em experiências que, por muito íntimas, se tornam universais.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo20h
CARTAS DE DARCY
O que diria Darcy Ribeiro, um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX, sobre o Brasil na atualidade? Sua trajetória como professor, etnólogo, político, suas paixões e suas pequenas utopias surgem em fragmentos de ação que atravessam às memórias de infância e familiar do ator e professor Max Oliveira. Darcy se pergunta: “Em que ano estamos? ” 2023! Se assusta com o que vê. Decide retomar suas ideias, os significados sobre o povo brasileiro e a importância da educação para a transformação social. Decide escrever cartas ao Brasil de hoje.
COLUNA PRESTES: ENCRUZILHADAS DA MARCHA DA ESPERANçA
Brasil, década de 1920. A Coluna Prestes rasga o país. Durante a marcha, um grupo de oito pessoas, dos mais diferentes lugares, formam uma inusitada família, entrelaçando e mudando suas vidas. É com essa gente que Luiz Carlos Prestes aprende, forjando seu espírito revolucionário.
VISTA
Em cena, Julia Lund conta a história de uma mulher que, antes de ir ao trabalho, ao fazer sua corrida matinal na Floresta da Tijuca, tem seu destino atravessado pela agressão sexual. Ela é violentada, estuprada e abandonada sozinha na mata.
UM PASSEIO NO BOSQUE
Num jogo emocionante e engraçado, um diplomata russo e outro americano, encontram-se em um bosque na Suíça para discutir um tratado de desarmamento nuclear em quatro cenas, nas quatro estações do ano. O russo um veterano e desencantado profissional que insiste em acordar uma amizade, antes de mais nada, e o jovem americano que acredita piamente que pode salvar o mundo com seu plano e, por tanto, recusa a amizade, valorizando o profissionalismo. Eles não conseguem salvar o mundo, mas quase se tornam amigos. O encontro é um fracasso muito bem-sucedido.
FALA DAS PROFUNDEZAS
Em uma realidade pautada pela exploração da força de trabalho em troca do básico para sobreviver, a peça mostra a insurgência de um povo contra uma engrenagem que precariza a vida para acumular poder. As contradições deste povo despontam junto aos seus anseios, sonhos e prazeres no território em que vivem tendo como pano de fundo a iminência de uma combustão social. A exploração das Profundezas atingiu o limite e este território vive uma crise sem precedentes. Para não sucumbir ao caos iminente, emerge a mobilização coletiva para buscar tudo aquilo que tem sido sonhado há tanto tempo.
VERDADE
Partindo de situações e personagens reais em momentos decisivos da história recente, e procurando rastrear, desde 2005, o papel do Exército Brasileiro nessas transformações, VERDADE refaz os caminhos da ascensão de um dos maiores exemplos mundiais da extrema direita contemporânea no poder, imaginando situações que jamais teremos como acessar.