O espetáculo “Aimberê”, que reconta a história da fundação do Rio de Janeiro pela ótica do guerreiro tamoio, no Centro Cultural Justiça Federal
A dramaturgia de Ademir Martins coloca Aimberê contando a própria história. E como herói-morto, o primeiro desafio que enfrenta é ressurgir em terras cariocas em 2024 dentro do teatro: uma casa mágica, a qual o personagem se refere e, que pode ser entendida também como um terreiro. O terreiro é o ponto de chegada e de partida de Aimberê; é o lugar onde ele se reconecta com o passado que viveu e dialoga com questões do século 21. No centro do terreiro, Aimberê enterra seus ancestrais e desenterra suas memórias. A peça resgata a história do Brasil, a partir do século 16, durante a Guerra dos Tamoios. A partir desses acontecimentos, o monólogo reflete sobre a saga do herói brasileiro – ou da arte brasileira –, que persiste em lutar para ser reconhecido. A luta de Aimberê, como personagem apagado/silenciado na história do Brasil, se conecta à própria resistência da arte, que busca nas suas margens (e nos seus marginais) a força para continuar.
Ficha Técnica:
Texto: Ademir Martins
Direção: Pedro Bárbara
Atuação: Eli Emiliano Corrêa
Voz Off: Ademir Martins
Cenários e Figurinos: Guilherme Reis
Preparação Vocal: Natalia Fiche
Iluminação: Fernanda Mantovani
Direção de Produção: Janaina Mendes
Assistente de produção: Dulce Austin
Produção Executiva: Eli Emiliano Corrêa