Tributo amoroso ao Circo “Comparsas do Riso”
Espetáculo circense teatral infantojuvenil dirigido por Cláudio Baltar, “Comparsas do Riso” chega ao Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, para curtíssima temporada.
Nos dias 20 e 21 de maio, Niterói recebe no Teatro Popular Oscar Niemeyer o espetáculo infantojuvenil “Comparsas do Riso”, um tributo amoroso ao circo. Dirigido por Cláudio Baltar, o espetáculo origina-se do livro infantojuvenil homônimo do escritor alagoano Bernardo de Mendonça (1950-2017), com dramaturgia de sua filha, Sol de Mendonça, idealizadora do projeto – O livro de Mendonça é considerado “Altamente recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil” –.
Apresentando números de palhaçaria, trapézio, tecido, elásticos e malabares, o espetáculo traz no elenco: Adelly Costantini, Alice Amarante, Juliete Schultz, Horácio Storani e Vicente Baltar. Em cena, os musicistas Lia Buarque e Horácio Storani acompanham a trupe. Sol de Mendonça é também coautora da trilha musical com Pedro Miranda e Guto Wirtti. As apresentações em Niterói são patrocinadas pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro através do edital retomada Cultural 2 – Lei Aldir Blanc.
A história, originalmente escrita em versos, fala de um instante de arte, prazer e liberdade numa cidade em que os moradores passam os dias isolados. No circo local, a arquibancada, mais vazia do nunca, enche-se de vida com as gargalhadas de um menino, encantado com o que assiste no picadeiro. É o tipo de sessão que os artistas amariam eternizar. A emoção do menino, ao expressar gargalhadas tão sinceras, contagia de forma avassaladora a pequeníssima plateia.
Segundo o diretor Cláudio Baltar, os assuntos mais interessantes do espetáculo são, por um lado, sobre o riso: “Por que é que a gente ri? Ri de quê? Ri de quem? Ri de si mesmo? Quem deu a primeira risada?” e, por outro lado, para tratar sobre a relação de empatia que se estabelece entre o artista e o público ou da busca dessa empatia. A cada espetáculo a plateia se renova e o artista precisa “ganhar o público”, missão ora mais fácil, ora mais difícil, de acordo com as circunstâncias do momento e a diversos fatores inexplicáveis.
“Comparsas do Riso” soma-se aos 45 anos de trabalho de Cláudio Baltar, que possui uma sólida carreira em direção circense, que inclui a companhia carioca Intrépida Trupe, em espetáculos de sucesso e parcerias com a Cia Bufomecânica e o Circo Crescer e Viver. A paixão pelo Circo surgiu no Grupo Manhas e Manias, nos anos 80, e consolidou-se com a Intrépida Trupe. Seus principais espetáculos são: Sonhos de Einstein (Direção, 2003 – 2010, Intrépida Trupe); Água de Beber – Pequenas Histórias de Capoeira (Direção, 2007 – 2014); Passos (Direção, 2011 – Circo Crescer e Viver); Two Roses for Richard III (Codireção, 2012 – World Shakespeare Festival – Londres e Stratford Upon Avon); Vertigem (Direção, 2016 – 2018, Dança Vertical).
Os caminhos antes da montagem
A ideia primeira, em meio à pandemia, era fazer uma peça de teatro para exibições on-line. Dessa forma, Cláudio Baltar gerou uma segunda obra de arte: o curta-metragem “Comparsas do Riso” – que pode ser visto no YouTube. “Mudamos o curso da história. Optamos por fazer um filme, ampliando as fronteiras da linguagem e da obra, que tem a grandeza de nos fazer pensar de onde surgiu o riso”, conta o diretor. Logo após, contemplada para a Mostra Primeiro Olhares, o trabalho foi apresentado no Sesc Tijuca. Em 2021 “Comparsas do Riso” foi selecionado nos editais Fomento à Cultura Carioca FOCA da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Retomada Cultural 2 da Secretaria do Estado de Cultura Criativa do Rio de Janeiro. E assim, o espetáculo que conhecemos hoje estreou em novembro de 2022, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Mais informações sobre a trajetória do diretor Cláudio Baltar
Nascido em 12 de janeiro de 1958 no Rio de Janeiro, Cláudio Baltar, embora tenha ingressado em 1977 na Escola de Engenharia da UFRJ, participou, nesse mesmo ano, de sua primeira peça de teatro: “Tribobó City” de Maria Clara Machado. Três anos mais tarde, abandonou os estudos universitários para dedicar-se exclusivamente à profissão de artista (ator e diretor). No entanto, o trabalho técnico retornaria mais tarde, quando Cláudio, já integrante da Intrépida Trupe, se tornaria diretor técnico, tendo desenvolvido com a Trupe durante os anos 90 e 2000, a chamada “engenharia circense”, especializando-se na criação de aparelhos e efeitos especiais aéreos. Acrobata, capoeirista, ator profissional e diretor desde 1979, fez diversos cursos e espetáculos, destacando-se em sua pesquisa pela busca de um teatro físico que, além da palavra, prima pelas imagens e pelo movimento. Desde o início, participou de diversas Companhias de Teatro e Circo, sendo as principais: o Grupo Manhas e Manias nos anos 80, a Intrépida Trupe nos anos 90 e 2000 e a Cia Bufomecânica nos anos 2010. A paixão pelo Circo surgiu no Grupo Manhas e Manias e consolidou-se com a Intrépida Trupe. Hoje, imprime em seus espetáculos as experiências e técnicas que acumulou ao longo de sua trajetória artística.
Ficha técnica:
Direção: Cláudio Baltar
Dramaturgia e idealização: Sol de Mendonça
Músicas originais: Sol de Mendonça, Pedro Miranda e Guto Wirtti
Elenco: Adelly Costantini, Alice Amarante, Horácio Storani, Juliete Schultz, Lia Buarque e Vicente Baltar
Direção de produção: Fernanda Avellar
Pré-produção: Marina Gadelha
Iluminação: Paulo César Medeiros
Cenário e figurinos: Guilherme Reis
Direção Musical: Pedro Miranda e Guto Wirtti
Rigger: Daniel Elias
Cenotécnico e contrarregra: Patrick Pacheco
Programação visual: Kaka Palhano e Vicente Baltar
Fotos: Renato Mangolin
Assessoria de imprensa: Ney Motta
Texto disponibilizado pela produção do espetáculo.