PROT{AGÔ}NISTAS – O Movimento Negro no Picadeiro celebra vidas negras e as trajetórias em diáspora
Em três únicas apresentações no Rio de Janeiro, artistas negros com todas as variantes do colorismo, em sua maioria oriundos da periferia, com orgulho de mostrar aos espectadores o futuro que se carrega da ancestralidade.
Com patrocínio exclusivo da Unilever, o aclamado espetáculo “PROT{AGÔ}NISTAS – O Movimento Negro no Picadeiro”, que estreou no FIC – Internacional de Circo da Cidade de São Paulo e na mostra Novos Modernistas do Theatro Municipal de São Paulo em 2019, foi apresentado durante a programação oficial do FIT-BH e no Centro Cultural São Paulo em 2022, chega pela primeira vez ao Rio de Janeiro.
PROT{AGÔ}NISTAS – O Movimento Negro no Picadeiro é um espetáculo circense do Coletivo Prot{agô}nistas que exalta e ressalta a (r)existência, o poder, a estética e ética de uma negritude em diáspora através de uma narrativa afro-referenciada, celebrativa, ancestral, representativa e afetiva. Conta com números de palhaçaria, tecido, trapézio, contorcionismo, perna de pau e dança permeados por músicas autorais. Um grupo de 25 artistas negros compõe o elenco e a equipe técnica sob a direção de Ricardo Rodrigues. Agô!*
Um elenco formado somente por artistas negros, com todas as variantes do colorismo, com olhar e atitude sobre a presença feminina na cena, na liderança e artistas lgbtqia+ formando uma rede de conexão com todas as periferias da grande São Paulo. Em sua maioria paulistanos, que vem da periferia e se encontram no centro.
Artistas comprometidos com seu discurso contemporâneo sem perder a magia e o entretenimento do encontro com o público pela arte. Artistas da música, da dança e do circo em sintonia fina para além da celebração, estabelecida por uma dramaturgia que convida a plateia a contemplar a estética negra em discurso permeado de potência e técnica apurada. Artistas que ocupam o palco para acontecer na cena contemporânea, trazendo resistência da diáspora brasileira em vozes e expressões plenas de identidade afro diaspórica, realizando canções autorais para desenvolver a dramaturgia.
– O espetáculo traz em sua narrativa a celebração à vida, com artistas da diáspora, potentes em suas técnicas e carisma, com presença cênica que enaltece a beleza negra, suas ancestralidades, aquilombamentos e afetividades numa estética afrofuturista –, comenta Ricardo Rodrigues, diretor e responsável pela concepção do espetáculo.
Não por acaso, a escolha de PROT{AGÔ}NISTAS para compor a programação do FIT-BH (em novembro de 2022), cujo tema foi “Raízes – Arte, Existência e Nossa Latinidade”, indica a atualidade desta obra.
(*) AGÔ palavra oriunda do Ioruba, com grafia do título colocada entre chaves, simboliza a abertura de caminhos e o anúncio de apropriação do centro da cena-lona-palco pela expressão artística da negritude paulista e sua ancestralidade.
Uma dramaturgia que ressalta estética e poder
PROT{AGÔ}NISTAS é uma celebração com sonoridade contemporânea e discurso de empoderamento. O elenco ocupa o palco com artistas potentes em expressão carisma e técnica, as coreografias, que vão da capoeira ao hip hop, do balé ao GumbootDance, trazem o tom acrobático que permeia todo o espetáculo com performances organizadas por Washington Gabriel.
O espetáculo tem sequência com cenas e números circenses de faixa, palhaçaria, tecido, malabares, trapézio, contorcionismo, perna de pau e equilíbrio. Seu contexto vai além da celebração e transita pelo humor e poesia, e com orgulho de mostrar aos presentes, o futuro que se carrega da ancestralidade.
A musicalidade do espetáculo foi arquitetada a partir da dramaturgia de Ricardo Rodrigues e organizada por Renato Ribeiro. Com a maioria de canções compostas pela própria banda e arranjadas para o espetáculo com a maestria de Tô Bernado, a cena ganha vigor e organicidade para potencializar a força imagética do espetáculo.
A iluminação traz o foco e o tom em cores que ressaltam a essência do panteão da África. Direção e dramaturgia entregam ao intérprete protagonista, a delicadeza e a força de cada gesto colocado em cena. Os aparelhos circenses ganham novos significados ou se tornam invisíveis para que o intérprete e a música assumam frente à cena, comunicando sua narrativa com a plateia.
É um trabalho que transpõe a potencialidade de artistas altamente preparados para difundir suas expressões artísticas pelos espaços possíveis e improváveis das cidades.
– Promover e impulsionar a representativa racial dentro e fora da Unilever é uma das maneiras de contribuirmos para um mundo mais justo e inclusivo. O espetáculo ‘Prot{agô}nistas – O Movimento Negro no Picadeiro’, é um dos projetos conectados à nossa agenda de equidade racial, que encorpa as iniciativas do Fundo Afrolever e reafirma o nosso papel de agentes de transformação social, gerando o impacto positivo que acreditamos e apoiamos –, explica Suema Rosa, head de reputação e assuntos corporativos do Brasil e América Latina da Unilever.
Ficha técnica:
Concepção e Direção Geral: Ricardo Rodrigues
Direção Musical: Tô Bernado
Assistentes de Direção: Renato Ribeiro e Washington Gabriel
{CIRCENSES} Fafá Coelho (trapézio), Guilherme Awazu (perna de pau), Maíza Menezes (malabares), Renato Ribeiro (palhaço), Robert Gomes (palhaço), Tatilene Santos (tecido), Wilson Guilherme (faixa) e Zanza Santos (contorção).
{DANÇARINOS} Washington Gabriel, Danilo Nonato, Munique Costa, Verônica Santos e Diego Henrique
{MÚSICOS} Tô Bernado (arranjos, trombone e djembê), Eric Oliveira (voz e palhaço), Jaque da Silva (voz e pandeiro), Debora da Silva (baixo), Mariana Per (voz e flauta), Melvin Santhana (voz e guitarra), Pitee Batelares (bateria) e Vinicius Ramos (voz, trompete e baixo)
{STAND-in} Lemuel Oliveira (perna de pau), Helder Vilela (faixa), Silvana de Jesus (dança), Rafael Oliveira (dança), Wesley Bernardo (baixo), Bia Santos (guitarra) e Lilyan Teles (voz e acordeon).
{COMPOSIÇÕES} Kenny Songs (Tô Bernado), Prot{agô}nistas (Vinicius Ramos), Oh Vó (Mariana Per), Encruza (Tô Bernado), Nascimento (Melvin Santhana), Ventania (Tô Bernado), Preta Massa (Jaque da Silva), Noite Linda Negra (Eric Oliveira) eDos Róla (Dica L.Marx).
Iluminação: Danielle Meireles
Sonorização: Allyne Cassini e Marcos Silva
Coordenação de Palco: Hilton Esteves
Figurinos: Mariana Per
Assistência de Figurinos: Agatha Per, Ojire Ventura e Pâmela Amy Figurino Yansã: Patricia Ashanti
Figurino Pernalta: Marian Del Castillo
Jóias: Ojire Art – Ojire Ventura
Gestão de Patrocínio: Doble Cultura
Coordenação Administrativa: Anna Machado
Coordenação de Produção: Ricardo Rodrigues
Produção Executiva: Jéssica Turbiani
Assistência de Produção: Jennifer Souza
Comunicação e Social Mídia: Mariana Per e Jaque da Silva
Designer Gráfico: Lais Oliveira
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Comunicação
Realização: Coletivo Prot{agô}nistas e Solas de Vento Produção Cultural e Artística
ACESSIBILIDADE: Na sexta-feira, dia 14, durante a apresentação, haverá intérprete de Libras e audiodescrição.
PALESTRA GRATUITA COM LIBRAS E AUDIODESCRIÇÃO: Na manhã de sexta-feira, dia 14, às 11h, haverá palestra com duração de 1 hora cujo tema “Estou aqui – O lugar ocupado pelo artista negro e sua representatividade na cena cultural nacional”, será abordado pela convidada especial Thallita Flor, uma palhaça preta da Cia Mala de Mão.
Texto disponibilizado pela produção do espetáculo.