Com texto e direção de Alexandre Dal Farra, Serra Pelada discute violência e masculinidade a partir do garimpo predatório do ouro
O espetáculo nasce de mais de dois anos de pesquisa do autor sobre a dimensão do garimpo e da mineração na construção da modernidade, das viagens feitas por ele e o cineasta Joaquim Castro para a região e de uma série de reflexões a partir da peça “Boca de Ouro”, de Nelson Rodrigues.
O espetáculo, segundo Dal Farra, é dividido em duas partes. “A primeira é um pouco essa tentativa de imaginar as pessoas vivendo naquele lugar. De pensar como era aquela região nessa época, desde o confronto entre os guerrilheiros do Araguaia e do Major Curió, até a criação do garimpo, o que significava estar ali no passado e o que eu consigo captar disso tudo hoje”, revela.
Neste momento, não há uma definição muito clara de personagens. O elenco, formado por pessoas bem diversas – um homem trans, um homem negro, uma mulher negra e uma mulher branca -, usa uma balaclava para esconder os seus rostos.
Ficha Técnica:
Direção e texto: Alexandre Dal Farra
Elenco: Gilda Nomacce, Flow Kontouriotis, Monalisa Silva, Victor Salomão.
Direção de movimento: Lucas Brandão
Figurino, cenário e direção de arte: João Marcos de Almeida
Luz: Lucas Brandão
Produção: Corpo Rastreado – Leo Devitto e Lud Picosque
*Não haverá sessão nos dias 22, 23, 27 e 28 de fevereiro e 1, 2, 8 e 9 de março
*Sessões Extras: 18, 19 de março às 15h