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AMOR PARA OBÁ
O espetáculo Amor para Obá narra a saga de amor entre Xangô e suas três mulheres: Iansã, Oxum e Obá.nnEm uma história de disputa por poder, com Orixás como personagens, o espetáculo mostra a que ponto podemos chegar quando se ama de verdade e as consequências que isso pode levar.nnUm espetáculo cheio de intrigas, lutas, e, claro amor, o folclore nacional é mostrado através dos ritmos nordestinos nas músicas e coreografias.
A DOENÇA DO OUTRO
Dirigido por Fabiano Dadado de Freitas, A Doença do Outro debate preconceitos, estigmas e, acima de tudo, quebra o silêncio sobre a vida de pessoas portadoras do vírus. “O silêncio não nos protege porque nos escondemos. Se não falo, eu me preservo, mas ao mesmo tempo fico invisível. Mesmo após tantos anos, décadas, a regra do silêncio sempre permaneceu. O desejo da peça é de que um dia ninguém mais precise se esconder nesse armário do HIV, que não precisemos mais de uma lei que defenda o anonimato – lei que defendo porque ainda enfrentamos muito preconceito”, coloca o ator. nNa sua construção do texto, Serruya tem como ponto de partida algumas fontes essenciais: a obra A doença e suas metáforas, da ensaísta e filósofa estadunidense Susan Sontag, que propõe uma análise sobre a história social da doença e como a sociedade enxerga um corpo doente; conceitos do feminismo negro e da teoria queer também aparecem sempre no sentido de pensar como os conceitos de um corpo diverso vão se formando; por fim, há relatos autobiográficos do próprio autor e perfomer da cena, que vive com HIV desde 2014.nNeste solo, a direção coloca a teatralidade e a interatividade unidas: os temas dessa “conversa”, como diz o ator, se apresentam em uma série de jogos com a plateia, permeados pelo videografismo presente em projeções em vários locais, inclusive no figurino. nA Doença do Outro integra a programação do Teatro Mínimo, criado em 2011, pela equipe de programação do Sesc Ipiranga. Depois de três anos sem programação por conta da Covid 19, em outubro, o espaço voltou a receber espetáculos teatrais que discutem a experimentação das linguagens cênicas, além de aproximar fisicamente o público dos artistas, deixando a experiência mais intimista.
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CAMINOS INVISIBLES…LA PARTIDA
Composto por atores brasileiros e bolivianos, o espetáculo narra a trajetória de imigrantes sul-americanos, com destaque para os povos andinos, que deixam seus países em busca de melhores condições de vida e chegam à grande metrópole paulistana. Este cenário se funde com as situações de ilegalidades na luta pela sobrevivência. O mercado da moda, que mobiliza a problemática social, ironicamente, satiriza o mercado de massa, enquanto é abastecido pela mão de obra escrava do imigrante.
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NAQUELA NOITE EU OLHEI PELA JANELA E VI A LUA MORRER
NAQUELA NOITE EU OLHEI PELA JANELA E VI A LUA MORRER é um monólogo costurado com linhas e retalhos diversos, autobiográficos e ficcionais. O personagem não tem nome, pode ser qualquer um de nós. Os objetos que formam o cenário refletem o passado, a memória. O velho baú, talvez do fim do século XIX, invade os tempos modernos e guarda recordações. Dentro dele cada objeto tem sua essência. Alguns precisam ser descartados. Alguns precisam ser preservados. Cabe ao personagem decidir, escolher o que vai jogar fora. Talvez esteja aí a chave para a felicidade.
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TRAVESSIA BRASIL – UM CAMINHO PARA PEDREIRA
Na trama, não há mais lugar para o povo na cidade de Pedreira das Almas, nem para os mortos, pois o ciclo da mineração destruiu tudo, restaram apenas árvores retorcidas que se agarram às pedras. Agora o povo está dividido entre aqueles que querem abandonar a cidade e os que desejam permanecer. nnÉ em torno da personagem Mariana (Nicoly) que os conflitos se formam. Seu namorado, Gabriel (Alan Recoba), é um dos idealizadores da revolta contra o imperador do Brasil. Outro representante da revolução é o irmão de Mariana, o jovem Martiniano (Wes Machado). Urbana (Simone Rebequi), a mãe, não concorda com a revolução e as ideias liberais vendidas por Gabriel, e faz forte oposição. Passando por temas como a relação passado e presente, o conflito entre tradicionais e progressistas, e a luta pela liberdade, a peça escrita em 1957 se passa na cidade fictícia de Pedreira das Almas durante os tempos da Revolta Liberal de 1842.
SETE CORTES ATÉ VOCÊ
A peça-performance, que dialoga com o teatro documentário e tramita entre o biográfico e a ficção, mostra o dilema de uma futura mãe que, ao descobrir na gravidez que seu filho virá ao mundo com vários problemas de saúde, precisa fazer uma escolha. A montagem propõe uma encenação pop, criando uma interlocução entre a cena ao vivo e o mundo virtual, apropriando-se da linguagem das redes sociais como Youtube e TikTok, além de apresentar a narrativa em sobreposições de mídias como cinema e animações. O texto foi um dos vencedores do 7º edital da Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo.
BARULHO D’ÁGUA
O espetáculo narra a história do drama de milhares de refugiados, que, em sua maioria, morrem atravessando o mar Mediterrâneo. A peça é uma forte crítica àqueles que entendem a imigração como uma mercadoria.
FESTA DOS BÁRBAROS
Com 24 artistas em cena entre atores e músico, a montagem se estrutura a partir dos estudos sobre ‘A Revolta dos Bárbaros’ - guerra que durou mais de 70 anos e que envolveu diversas etnias indígenas em confronto com os colonizadores no sertão nordestino brasileiro - e estudos sobre a ‘Cosmologia da Jurema Sagrada’ - árvore da caatinga do nordeste que para diversos povos ameríndios é guardiã de cultura e ciência, em rituais de cura e conexão com a ancestralidade.
ANONIMATO
A Cia. Mungunzá de Teatro estreia seu primeiro espetáculo de rua. Em um cortejo de 100 metros pelo Parque da Luz, a montagem é uma homenagem ao teatro e convoca a presença de atores e público. Em cena oito personagens, figuras anônimas de uma cidade grande, são convocados de várias maneiras para um ato e se encontram nessa caminhada.
CAATINGA
No sertão da caatinga um vaqueiro e seu filho vivem sozinhos. O pai prometeu a mãe que o filho não seguiria sua sina de vaqueiro. Analfabeto, ele queria ver o filho usando “as palavras bonitas”. Mas o menino atraído pelo mundo dos bois e dos cavalos desvia-se da promessa. Quando já deixando de ser menino uma angustia toma conta dele em forma de um desejo perturbador. Caatinga é uma metáfora contada por quatro mulheres sobre a secura da vida e sobre o agreste de ser macho.
À BEIRA DE MIM
Uma mulher acorda em um lugar desconhecido e se depara com outra mulher à beira do suicídio. Elas não se lembram quem são nem onde estão, mas juntas começam a buscar maneiras de recontar suas histórias para encontrar uma saída.nn Inspirado no conto "O Papel de Parede Amarelo"nde Charlotte Perkins Gilman.nnAviso de gatilho:nA obra aborda temas sensíveis como violência psicológica, física e sexual contra a mulher e suicídio.nnA peça faz parte do projeto "Minha boca ficará aberta para quem sequer te ouviu única vez, meu corpo não ficará inerte pois em teus gestos a poesia se refez" contemplado pelo EDITAL DE APOIO A PROJETOS CULTURAIS DESCENTRALIZADOS DE MÚLTIPLAS LINGUAGENS - Secretaria Municipal de Cultura.
O UNIVERSO ESTÁ VIVO COMO UM ANIMAL
"Se você quiser descobrir os segredos do Universo, pense em termos de energia, frequência e vibração" disse Tesla, um dos maiores inventores de todos os tempos, com contribuições nos campos da engenharia mecânica e eletrotécnica. As patentes de Tesla e o seu trabalho teórico formam as bases dos atuais sistemas de potência elétrica em corrente alternada. O inventor é um dos maiores gênios da humanidade e um dos mais importantes visionários do século XX.nnO UNIVERSO ESTÁ VIVO COMO UM ANIMAL é uma peça estruturada por quadros imagéticos guiados pela dramaturgia da luz. A partir dos estudos da vida de Nikola Tesla - cartas, palestras, entrevistas e de sua autobiografia "Minhas Invenções" - o grupo de artistas investiga na cena questões temporais sobre suas invenções a partir da materialidade das lâmpadas tubulares fluorescentes - que foram desenvolvidas pelo inventor e são agentes da cena e as articulam.
ÁGUAS QUEIMAM NA ENCRUZILHADA
O enredo traz histórias de vidas entrelaçadas por um bairro que se despedaça e resiste ao tempo, preservando sua paixão por uma escola de samba. Sob o olhar delirante e atento de Seu Luiz (Gabriela Morato), uma catadora de lixo, e a presença amistosa de Wanderley (Marcelo Marcus Fonseca), um compositor da velha guarda do samba, alcoólatra, as dores e pequenas alegrias de moradoras e moradores de um bairro são apresentadas em um desfile de sonhos e perdas. Ao todo, 10 personagens têm suas trajetórias contadas em uma espécie de novela dostoievskiana, em dois atos de movimentos distintos: o interior de suas casas e a rua/quadra da escola. As histórias se cruzam no cotidiano, entre elas: a cartomante enfrenta a doença do filho recém-nascido; um jovem poeta do sul do país transita pelos bares sem perspectivas; desempregados, o casal Zé e Nina carregam suas dores; a manicure esconde um grave problema de saúde e mantém-se presente na vida da comunidade; uma ex-passista vive as consequências do trauma que a afastou da escola de samba.
SAIBA O SEU LUGAR!
O ator Chico Sant’Anna viveu na pele e calado o que muitos pretos passaram e continuam passando no Brasil: a discriminação racial falada, mas também aquela que não usa as palavras para machucar. Para celebrar seus 40 anos de carreira e os 10 anos da Cia Plágio de Teatro, da qual faz parte, o premiado ator brasiliense resolveu dar voz a essa angústia. No espetáculo Saiba o seu lugar!, ele explora com delicadeza as marcas que o racismo, a violência psicológica e sexual e a exclusão social deixam na vida de milhares de pessoas.nnCom dramaturgia do argentino Santiago Serrano e direção de Sérgio Sartório, a peça estreou em Brasília, em 2019. Agora, desembarca em São Paulo. O espetáculo sobre um cidadão aparentemente comum que despe suas memórias e traumas na frente do público marca a estreia do ator no formato de monólogo.nnSaiba o seu lugar! acompanha o personagem Dinho dos Santos, um senhor com quase 70 anos que, de dentro de um quartinho nos fundos de sua casa, decide contar sua história. Negro, cercado por brancos, nascido em uma cidade pequena do interior de Minas Gerais, em uma família pobre, ele se vê constantemente tolhido pela frase que começou ouvindo de sua mãe, mas encontrou por diversas vezes na sociedade: “você precisa saber o seu lugar”. Dinho começa contando a história de sua infância sofrida, sem recursos e que encontra, desde muito cedo, a violência.nnEm camadas, cena após cena, ele revela novas experiências que contribuíram para formá-lo enquanto homem e cidadão. Com um texto potente e extremamente sensível, o personagem consegue dar voz à realidade brasileira.
“OUTRAS MARIAS… E AGORA?”
Outras Marias... E agora?” propõe uma reflexão sobre a condição da mulher em uma sociedade impregnada de resquícios patriarcais, onde sua voz e ponto de vista são ignorados e os abusos são tolerados e vistos como consequências das ações das próprias vítimas. No enredo, histórias de várias personagens se cruzam dentro de um universo fantástico carregado de angústia e incertezas tendo como pano de fundo um hospital psiquiátrico!