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ÁGUA FRESCA: UMA COMÉDIA DE VIRGINIA WOOLF
Você daria o seu anel de casamento para um golfinho faminto? E se um cavaleiro pulasse por cima da sua cabeça enquanto você colhe prímulas inocentemente? É nesse tom de deboche farsesco que ÁGUA FRESCA, a única peça teatral da célebre modernista Virginia Woolf, invade os palcos brasileiros. Nesta sátira sem filtros, onde arbustos de framboesa e cabeças de burro se misturam a ícones vitorianos como Julia e Charles Cameron, Alfred Tennyson e Ellen Terry, Woolf desconstrói a pompa da elite britânica com diálogos ágeis e situações dignas de um teatro do absurdo. A peça usa o riso como arma para questionar hierarquias, convenções e absurdos sociais que ainda ecoam no Brasil de hoje.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
NÃO DEIXE QUE ELES PERCEBAM
O amanhã nunca chega, o hoje é cheio de incertezas, e o ontem já ficou para trás. Nessa comédia do absurdo a trama gira em torno de "A" e "B", uma dupla de vendedores de uma loja de departamentos. Estas duas personagens enfrentam uma trama de mistério e muita confusão, na qual não se sabe quem os observa. Presos neste ciclo sistêmico que insisti em se repetir, ambos revivem seus medos e inseguranças, entre trancos e barrancos. A maior preocupação deles é evitar chamar a atenção de quem os observa. Caso contrário, virarão ontem e tudo estará perdido.
- Sexta20h
O SOLDADO E O CAPITÃO
O projeto tece uma narrativa a partir do universo do absurdo, questionando o sentido da guerra. É fato que os verdadeiros senhores da guerra, não pisam na linha de frente, e decerto dentro dos privilégios de classe se parecem muito com crianças abastadas em férias jogando Batalha Naval ou War. A peça destaca um recorte de um determinado momento, numa guerra qualquer, onde os dois últimos sobreviventes de um mesmo pelotão estão enterrados até o pescoço, sem conseguir se movimentar, pois já não possuem mais as pernas, tragados e soterrados até o pescoço numa explosão causada por eles mesmos...
- Segunda21h
- Sábado21h
- Domingo19h
FOI ENQUANTO EU ESPERAVA A ENCOMENDA DE UM LIVRO DE MAIAKÓVSKI QUE TIVE UMA EPIFANIA SOBRE A REVOLUÇÃO
Quatro camaradas estão reunidos numa célula revolucionária para planejar o Grande Ato que promoverá a revolução efetiva no Brasil. Ao se depararem com a falta de inspiração para uma ação consistente, fazem uma encomenda online de um livro do poeta Vladimir Maiakóvski. A história se desenrola nesse período de espera e recebimento do livro que lhes parece ser a peça fundamental para a constituição de sua força revolucionária. Uma sátira que nos atenta para o agora e o agir efetivo que não será proveniente de nenhum tipo de inspiração.
- Quinta19h
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo18h
A ÚLTIMA FAKE NEWS
Baseado em fatos ficcionais, o espetáculo retrata a saga de um bebê, que em 1975, nasce através das páginas de um jornal sensacionalista, que o dá vida, mas também o condena ao estigma de filho do capeta. O Bebê-Diabo, personagem que norteia essa ode-reportagem, tem sua história deformada por três perspectivas diferentes: a do povo, dos jornalistas e a dele mesmo, que juntas discutem o sensacionalismo e seu impacto nos dias atuais, por meio de uma narrativa que mescla contrastes entre o dramático e o épico, prosa e poesia, ruído e música, ditando o ritmo de uma Fake News antropomorfizada, que quando conquista a própria voz, busca reescrever sua história e se tornar a última de sua espécie.
- Sábado18h30
APESAR DE TUDO
A personagem mistura pensamentos e histórias de pessoas, sem a certeza de que talvez elas sejam ele mesmo, enquanto aguarda. Com a desolação e a solidão, característica do teatro do absurdo, esse vivido homem tem como companhia suas memórias e seus conflitos, trazendo à cena histórias próprias ou inventadas - talvez não, tudo é incerteza -, adornadas pelo seu humor sinistro. Ora citando poemas ora cantando ou devaneando, o homem imerge em reflexões existenciais.
OS BOLSOS CHEIOS DE PÃO
Os Bolsos Cheios de Pão conta a história de dois senhores que estão indignados porque um cachorro foi jogado, sabe-se lá por quem, dentro de um poço. Debatem calorosamente quem foi capaz de fazer tal atrocidade, por que, se o cão ainda vive, se quer sair de lá e até se não se jogou no poço. Buscam todos os meios de salvar o animal, cada um defendendo sua própria ideia que acham infinitamente melhor que a do outro. Discutem todas as soluções possíveis para tirar o cachorro do poço, até que a noite chega e eles resolvem deixar esse assunto para o dia seguinte, amanhã!
FOI ENQUANTO EU ESPERAVA A ENCOMENDA DE UM LIVRO DE MAIAKÓVSKI QUE TIVE UMA EPIFANIA SOBRE A REVOLUÇÃO
Foi enquanto eu esperava a encomenda de um livro de Maiakóvski que tive uma epifania sobre a Revolução, é uma montagem autoral que fala, de maneira cômica, absurda e poética, sobre a falta de ação efetiva para transformação o mundo. A peça conta com uma mistura de texturas e linguagens populares, trazendo elementos de palhaçaria e bufonaria, músicas autorais ao vivo executadas pelos atores e atrizes da companhia.
- Quinta
- Sexta
O ANIVERSÁRIO DE JEAN LUCCA
A terceira peça escrita e dirigida por Dan Nakagawa é um "quase" musical com estética do Teatro do Absurdo. Uma babá cuida de Jean Lucca, filho de um casal morador de um luxuoso condomínio nos arredores de São Paulo, eles preparam uma festa de aniversário para o menino, que em nenhum momento é visto na peça; sua presença se faz pela constante ausência. A babá e as pessoas que vão chegando na casa da família parecem ameaçar a vida do casal anfitrião.