Inf Peças
AQUI, AGORA, TODO MUNDO
Um garoto à beira de um abismo. Curvado sobre o parapeito de sua varanda, ele não salta, mas também não recua. Nesse instante suspenso, sua história explode como um quebra-cabeça lançado ao ar, cujas peças caem em desordem. A partir desse limite entre o fim e a possibilidade de continuar, o espetáculo convida o público a mergulhar na mente de um homem em reconstrução. Entre memórias que surgem fora de ordem, como quem tenta remontar um passado que já não se encaixa, acompanhamos a jornada de uma criança gay sensível que atravessa a vida adulta marcada por afetos intensos, silêncios dolorosos, heranças familiares tortas e a solidão de existir em um corpo dissidente.
- Segunda19h
- Sábado19h
- Domingo19h
O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN
O Segredo de Brokeback Mountain é uma história de amor entre dois cowboys no interior dos Estados Unidos na década de 60. Jack Twist e Ennis del Mar são jovens que se conhecem ao serem contratados para cuidar das ovelhas de Joe Aguirre em Brokeback Mountain. Os dois cowboys, pobres, ao passarem semanas isolados, no frio e em más condições de trabalho, começam a criar uma intimidade que se transforma em um romance intenso e conflituado. Com o fim do trabalho, voltam às suas vidas, deixando um enorme pedaço de quem são em Brokeback Mountain – e que passam o resto de suas vidas tentando recuperar. A peça é de Ashley Robinson, adaptada do conto de Annie Proulx, que teve uma notória e premiada versão de Ang Lee para o cinema. A história atravessa personagens profundamente humanos e faz pensar sobre a intolerância, os medos, as fragilidades, os interditos e o poder do amor.
- Quarta20h
- Quinta20h
HABITAT
A jornalista Nádia (Fernanda de Freitas) entrevista o assassino confesso Adailton (Rafael Primot), que, por sua vez, acusa o executivo Tite (Rogério Brito) de ser o mandante do crime ocorrido dentro de um supermercado. A partir desse encontro, o caso ganha novas proporções nas mídias sociais e desencadeia uma série de desdobramentos inesperados. Inspirado em um fato real. Um incidente trágico que dá início a um intenso drama sobre preconceito, busca por justiça e a manipulação da verdade em uma sociedade marcada pela força da mídia e por julgamentos precipitados. Dirigido por Lavínia Pannunzio e Eric Lenate, traz no elenco nomes como Fernanda de Freitas, Rafael Primot e Rogério Brito. O texto, relevante para os dias atuais, recebeu o prêmio do Estado para montagens inéditas (Proac 2024).
- Terça20h
- Quarta20h
- Quinta20h
O CÉU NO MEIO DA CARA
Laura é necromaquiadora (prepara os corpos dos defuntos para os velórios) e, enquanto está maquiando a própria mãe morta na frente da família, a avó relembra momentos e pessoas que foram decisivas em sua vida. A memória de Carmelita é povoada por personagens que compuseram sua trajetória em Manduim, cidade fictícia do interior de Minas Gerais. As atrizes são acompanhadas pelo músico Frederico Santiago, que assina a direção musical e executa a trilha sonora ao vivo, além de ter uma participação inusitada ao longo do espetáculo.
- Segunda20h
- Sábado20h
- Domingo20h
FUMAÇA
Depois que Alex recebe uma mensagem privada do seu namorado que morreu, ele parte numa jornada seguindo pistas e enfrentando perigos numa tentativa de descobrir a verdade. Um thriller queer cheio de humor ácido que convida a plateia a refletir sobre autoexposição, drogas, paranoia, vida e morte na era do Instagram. Quando a privacidade já não existe mais, onde vamos parar?
- Sábado20h
- Domingo19h
O MAL DITO
O Porão Cultural, na Barra Funda, recebe em novembro dois espetáculos teatrais. Nos dias 28 e 29, às 21h, acontece a apresentação de “O Mal Dito”, trabalho autoral de Fransérgio Araújo. A criação busca personalizar a atuação, revelando um intérprete radical do texto e uma dramática selvagem, na qual o estar em cena se torna um exercício de exposição extrema — o “nervo exposto”, expressão cultuada pelo poeta revolucionário Maiakóvski. A peça acompanha um homem atormentado pela própria existência, que reflete sobre a crueldade humana e a busca por sentido, entre angústia, fé e revolta diante das leis da criação.
- Sexta21h
- Sábado21h
JARDINS DE ANDARA
Jacinto, um homem cego, espera na janela a volta de uma ave anunciada. O Curau. Morador de Santa Maria do Grão, como um profeta, guarda memórias dessa região amazônica, de um tempo em que, segundo ele, ainda não enxergava de fato. Jacinto ouve no vento histórias do local entre a cidade e a mata, e conta a quem chega suas esperanças e ouve e sente a presença de algo maior que observa a todos. Esse algo é Andara.
- Sábado17h
- Domingo17h
A PALMA
Misturando comicidade a momentos de extrema tristeza e desolação, os personagens passeiam por diferentes universos, espaços e situações que nascem do mesmo lugar: o apartamento de Vânia. Ao mesmo tempo íntima e universal, A PALMA se constrói como uma experiência que ultrapassa a narrativa linear e se expande em movimentos fragmentados, ecos de memórias e aparições inesperadas, revelando como o ofício de atuar é atravessado pelo ato de sonhar, por fantasias, traumas e pelo desejo incessante de estar em cena, de ser aplaudido e receber palmas.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
ALEITO
“ALEITO trata de um processo que atinge a todos: o envelhecer, mas que é especialmente cruel com as mulheres. A personagem é uma mulher que sonha, deseja, se arrepende, muda de ideia e compra briga. Mesmo viva e vibrante, está se tornando esquecida - pelos outros e por si mesma. A dramaturgia costura histórias de muitas mulheres (histórias que corriam no rio das narrativas não-oficiais das famílias) e desloca as contradições do âmbito doméstico para o debate público. Agora cabe aos corpos femininos e marginalizados tomarem as rédeas da história, com um olhar atencioso ao passado e corajoso frente ao futuro”, explica a dramaturga Lane Lopes.
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo18h
QUEBRANDO PARADIGMAS
A peça reflete sobre resistência, arte e representatividade, apresentando, sob o ponto de vista teatral, a trajetória da identidade negra no Brasil. Em cena, Popeta narra a história do país por meio da arte dramática, vista pelos olhos de um jovem negro de 23 anos. Inspirado na vida e no legado de Abdias Nascimento e do Teatro Experimental do Negro (TEN), o projeto destaca figuras históricas fundamentais, como Maria do Nascimento, Arinda Serafim e Marina Gonçalves, ressaltando o protagonismo de mulheres negras na formação cultural do país.
- Quinta19h
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo19h
TAKOTSUBO, CORAÇÃO PARTIDO
Após uma experiência de quase morte, uma mulher revisita sua vida marcada por dores silenciosas e relações adoecidas. Inspirado na Síndrome do Coração Partido, o espetáculo revela os impactos do estresse emocional na saúde feminina. Com dramaturgia de Monica Guimarães e Claudia Mauro, “Takotsubo, Coração Partido” é uma obra visceral sobre renascimento e cura.
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo18h
CORDEL FABULOSO
A peça narra a história de Cora e Nina, duas garotas que carregam um baú pesado, repleto de histórias. Elas percebem que, ao dividir os contos com a plateia, a bagagem se torna mais leve. Em sua jornada, as meninas retratam três fábulas de Esopo, que remetem a conceitos morais e propõem reflexões sobre dilemas do cotidiano. A montagem nasce do ritmo e da fala popular, misturando música, poesia e humor inspirados nas histórias que atravessam gerações.
- Sábado16h
A CASA QUE ESPERA
Uma mulher e um homem deixam a casa dos pais, buscando construir a própria paternidade e a própria casa, que um dia verá a partida dos filhos em busca dos seus sonhos e destino. Na mala de todos os que partem, fragmentos de lembranças e pequenos objetos evocam os afetos que transformam casas em lares.
- Sábado11h e 15h
- Domingo11h e 15h
FIM DE FESTA: UM MERGULHO PARA REMIXAR A REALIDADE
"Fim de Festa: Um mergulho para remixar a realidade" é uma experiência auditiva binaural (som 360°) que tem como tema a masculinidade tóxica. É um espetáculo imersivo sensorial, no qual o público é protagonista da cena, convidado a sair do lugar de voyeur para participar de uma experiência dentro do acontecimento imersivo. O espetáculo narra de maneira não linear um momento de ruptura. Em um apartamento em ruínas, o público ouve (com fones de ouvido e mp3 players) as vozes de dois homens que acordam no dia seguinte de uma festa de despedida. Tudo está fora do lugar. É o fim da festa do patriarcado. Memórias embaralhadas, sensação de paulada na cabeça e os ecos daquilo que se recorda do que não existe mais. Ao adentrar o espaço, o público se depara com os resquícios do que aconteceu na noite anterior. Agora ele faz parte da obra, pois é convidado a construir os sentidos a partir dos espaços que vão sendo revelando aos poucos pela luz e pelo seu próprio deslocamento, como um arqueólogo.
- Sábado19h e 21h
- Domingo19h e 21h
MARASH
Marash é um espetáculo solo da atriz Rafaella Gasparian que traz ao palco a trajetória de sua família armênia, que migrou para o Brasil após o genocídio promovido pelo Império Otomano na primeira metade do século XX - um crime ainda não reconhecido oficialmente por alguns países; a trama resgata essa memória silenciada e a conecta com o cenário atual de conflitos no Oriente Médio.
- Sábado
- Domingo
