Inf Peças
CORO DOS SOLITÁRIOS, OU SONHAMOS SER ROBINSON CRUSOÉ
Uma atriz ou um ator, e ninguém mais: pode ser o começo de um solo como qualquer outro, mas também pode ser o terrível resultado de um naufrágio. A cada noite se sorteia um(a) integrante da Cia de Teatro Acidental para estar em cena nesta ilha deserta, mas sempre obedecendo ao roteiro decidido pelo coletivo. Esse(a) Robinson Crusoé dos palcos deverá não apenas sobreviver em condições adversas, como ainda encarnar a oposição entre indivíduo e sociedade, solidão e desejo por companhia.
- Quinta19h e 20h30
- Sexta19h e 20h30
- Sábado19h e 20h30
- Domingo18h e 19h30
FREUD E O HOMEM DOS RATOS
A peça transcorre no consultório de Freud, onde o público acompanha as sessões de análise com Ernest Lanzer, um rapaz de 30 anos atordoado e infeliz, que sofre de pensamentos obsessivos ligados a uma tortura com ratos. Muitas dúvidas o afligem, especialmente em relação a com quem deve se casar: a mulher que ama, mas proibida pela família; ou a prima rica que trará fortuna para gerir os negócios familiares. Por outro lado, ele tem uma relação problemática com um pai jogador, libertino e cruel, a quem odeia, teme e, paradoxalmente, ama. Seus sintomas e angústia o tornaram incapacitado para o trabalho e para o relacionamento amoroso.
- Quinta20h30
CLAUSTROFOBIA
Através de três vidas que se entrelaçam, a peça expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual. O prédio onde se passa a história é um microcosmo das relações trabalhistas, humanas e sociais do país. O espetáculo parte de uma circunstância em que essas questões são não apenas a base das relações interpessoais, mas até definitivas para como os personagens enxergam si próprios e julgam o outro.
- Segunda19h
- Terça19h
PAI CONTRA MÃE OU VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO?
Pai contra Mãe ou Você está me Ouvindo?: a herança da escravidão e a luta pela vida Um narrador nos conta a história de Zaíra da Conceição, mulher, negra, retinta, grávida. E de Osvaldo, homem, negro, que acabou de se tornar pai. Uma está desempregada, outro acabara de conseguir emprego […]
- Quinta15h e 20h
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
MODERNINHA
Com uma abordagem leve e divertida, a obra nos convida a refletir sobre os rótulos que limitam as pessoas à medida que envelhecem. Através dessa trama, o espetáculo ousa quebrar barreiras intelectuais ao desmistificar o gênero da comédia, demonstrando que ela pode ser um poderoso instrumento de transformação social. Ao criar uma identificação profunda, entre a personagem de ficção e a realidade dos espectadores, MODERNINHA promove uma reflexão sobre o cotidiano de uma mulher, que alcançou a terceira idade, e vive a experiência de ser avó.
- Sábado18h30
- Domingo18h30
NÃO ME ENTREGO, NÃO!
Neste monólogo, Othon Bastos, com 91 anos de idade e mais de 70 anos de carreira, percorre histórias divertidas e dramáticas de sua vida pessoal e profissional. Com uma atuação artística marcada por papéis no cinema e no teatro, ele parte dessas memórias para criar um mural sobre o trabalho, o amor, o teatro, o cinema e a política. Citando e trazendo referências a grandes autores da dramaturgia, o espetáculo se estabelece como uma reflexão sobre a vida e a resiliência, uma ode ao enfrentamento dos obstáculos que se apresentam na existência humana.
- Quinta20h
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
O CASO SEVERINA
Inspirada em fatos reais, ocorridos no Agreste pernambucano, em 2011, a peça narra a incrível história de uma agricultora, de 44 anos, que mandou matar o próprio pai.
- Sábado20h
- Domingo18h
CARNE VIVA
Em uma cena com ares vitorianos que poderia estar no século XIX, como nos dias de hoje, diferentes vozes e corpos femininos se entrelaçam na construção de Uma Mulher, persona destituída de um nome ou características específicas, mas definida por seu gênero. É entre a intimidade da cozinha e o campo de convivência - e confronto - da sala de jantar, que a personagem entra em um delírio ao receber um quilo de carne para preparar ao marido. A ação cotidiana adquire ares espetaculares quando ao tentar cortar a carne ela vê Jesus Cristo à sua imagem e semelhança e passa a contar e questionar o seu passado atravessado pela violência patriarcal num mundo representado por um Deus no masculino, enquanto ela busca algum tipo de redenção frente a uma tragédia anunciada em sua vida cotidiana. Um dos primeiros textos escritos pela autora Luh Maza, aos 16 anos, o monólogo de fluxo de consciência, declaradamente uma tragédia, flerta com elementos do terror. A obra mistura o sagrado da liturgia cristã ao profano da violência doméstica, evocando o papel onde a mulher foi aprisionada socialmente. Através da ficção, a peça questiona o papel designado à mulher na instituição matrimonial ocidental, historicamente manipulado e subjugado pela domesticação servil e violenta, com a mulher muitas vezes vista como posse de seu marido, como um pedaço de carne.
- Quinta19h
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
MESTIÇO FLORILÉGIO
Mestiço Florilégio é um espetáculo multidisciplinar constituído de canções, interpretações instrumentais, cenas teatrais, cinematografia e peças coreográficas criadas e interpretadas por Antonio Nóbrega e Rosane Almeida ao longo de 40 anos de história artística comum. O título faz referência aos poetas românticos, que tinham o hábito de empregar as palavras “florilégio” e “ramalhete” com o significado de reunião ou antologia de poemas. Mestiço, pelo fato de se tratar de um “florilégio” de canções, textos dramáticos, danças etc fruto do amálgama do mundo cultural popular brasileiro com a cultura ocidental.
- Segunda21h
- Terça21h
CIDADE SOTERRADA
Uma liga de heróis com poderes inusitados viaja no tempo e chega em meio ao caos urbano da São Paulo de 2025 para tentar deter a maldição do esquecimento, que se renova a cada 100 anos. Vindos da revolta esquecida de 1924, os guerreiros pretendem formar a resistência unindo forças com o coro de cidadãos da cidade contra os abutres e soldados da opressão. Guiados pelas águas soterradas e pelos enigmas do Oráculo dos Tempos, os heróis procuram um quebra-feitiço percorrendo as ruas dos Campos Elísios, cruzando memórias capazes de erguer monumentos populares, enquanto as máquinas do futuro constroem o progresso.
- Segunda19h
- Quinta19h
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo19h
O VERBO É IR
Uma carta do jornalista e cineasta Geneton Moraes Netto para sua entao namorada e futura companheira Beth Passi, em 1981 recebe melodia de Soraya em diálogo com Azullllllll e arranjo de Maria Clara Valle para voz e violoncello. A partir desse gesto, com a colaboração na direção e dramaturgia da cena de Laura Sammy, a cena se compõe num diálogo entre duas mulheres, seus rastros, silêncios, memórias, sua música em eterno movimento: “tudo o que é grande e forte é nômade” se torna a frase que desenha essa nova carta endereçada a quem puder ouvi-la.
- Quarta19h30
DISCO-INFERNO
Disco-inferno é uma leitura-performance. Em cena, a atriz cercada pelos vestidos originais dos anos 70 que pertenceram a mãe agora com Alzheimer, narra a curiosa mistura de uma doença degenerativa com um ambiente charmoso e pop de discotecas dos anos 80, matinês de carnaval cariocas e piscinas dos subúrbios classe média de Los Angeles. A intervenção de um baterista em cena a pontuar os tempos distintos, diferentes vozes. O encontro com o que se perdeu, uma versão dela, ou várias versões delas, se constroem e se desmontam nessa fala dialógica, pontuada com humor, ensaística por vezes, sobre esse apagamento. Disco-Inferno expõe o que resta debaixo do verniz civilizatório quando as memórias que nos constituem se esfacelem.
- Quarta19h30
SOLO UM APRENDIZADO (PROCESSO)
Apresentação do processo criativo do espetáculo Solo Um Aprendizado. Livremente inspirado no romance Uma aprendizagem ou O Livro dos prazeres, de Clarice Lispector e nos escritos de Tim Etchells, Airton Krenak, Emanuele Coccia, entre outros. Uma mulher chega em casa depois de um dia de trabalho e se arruma para um encontro com uma pessoa que prometeu ensiná-la a viver sem sofrer. Desconfiada e curiosa, ela passa por um ritual de enfeitar-se para o outro. Mas que outro? A perspectiva desse encontro aciona uma aventura que questiona o próprio eu e as relações estabelecidas com o mundo em que vivemos.
- Quarta16h
O CÉU PROVOCA O ESPÍRITO TRÁGICO: UMA PEÇA-ESCRITURA (PROCESSO)
Ana Schaefer apresenta uma palestra-performance sobre a criação do espetáculo “O céu provoca o espírito trágico”. A peça, que atualmente é seu objeto de mestrado no PPGAC-UFRJ, é um convite para um mergulho dentro de um caderno/diário, por meio do qual uma mulher artista compartilha seu particular rizoma de escrita. Transitando entre referências da literatura e das artes cênicas, Ana compartilhará esse processo, que será seguido por uma roda de conversa com pesquisadoras e artistas convidadas.
- Quarta16h
UMA CARTA PARA LADY MACBETH
O espetáculo teatral “Uma Carta Para Lady Macbeth", com texto de Thereza Falcão e direção de Isabel Cavalcanti, é um solo inspirado na peça "Macbeth", de Shakespeare, vivida pela atriz Lorena da Silva com a dramaturgia inspirada no clássico.
- Quarta19h30