Inf Peças
DESATO
A montagem é inspirada pelo livro homônimo — com realização da 8 Produção Cultural e patrocínio da Eletrobras, por meio da Lei Rouanet — e reúne uma coleção de poesias da autora sobre as dores e delícias da nossa contemporaneidade, sob um viés anti-niilista. Em cena, as intérpretes-criadoras Ana Carbatti, Ana Paula Novellino e Letícia Medella, entre os ossos e as emoções, dão vida aos ensaios poéticos de Mosé sobre como encarar o mundo de hoje e suas contingências nessa nossa existência atribulada. Os corpos aqui falam tanto quanto as bocas.
- Segunda19h
- Terça19h
BODAS DE SANGUE – BRADO COLETIVO
Inspirada em um caso real, Bodas de Sangue, escrita por Federico García Lorca nos anos 1930, conta a história de uma noiva que, no dia do casamento, decide fugir com o homem que verdadeiramente ama — disparando uma tragédia onde o desejo confronta a honra, e o amor custa a vida.
- Sábado20h
- Domingo20h
ENTRE NÓS
Na trama, sete jovens viajam para uma casa de campo e decidem escrever cartas destinadas a eles mesmos, para serem abertas no futuro. Porém, a viagem acaba em tragédia, com a morte de um dos amigos. Dez anos depois, um reencontro traz à tona antigas paixões, novas frustrações, emoções de um passado mal resolvido e um segredo mal enterrado em meio aos dilemas da vida adulta. No elenco, estão Antonio Rockenbach, Bels Ferrari, Bernardo Coimbra, Carolina Matos, Lucas Garbois, Maria Paula Marini e Sued Lincoln.
- Quarta20h
CHECHÊNIA: UM ESTUDO DE CASO
Um ator-palestrante propõe um jogo imaginativo: como países distantes podem compartilhar a mesma fronteira simbólica? A partir de uma distopia inspirada em fatos reais, ele mistura ficção e autobiografia para denunciar a homofobia institucional e afirmar a alegria como ato revolucionário de resistência e reinvenção. No caso, a da violência engendrada pela homofobia institucional. Para isso, o ator-palestrante parte das notícias reais sobre a existência de prisões para homossexuais na República da Chechênia em pleno século XXI, para criar uma ficção distópica que é atravessada, a todo tempo, por sua própria história, revelando os meandros violentos por onde essa homofobia institucional se insinua na vida de pessoas dissidentes de gênero. Mas, em algum momento, a ficção precisa ser recusada para que a própria história do ator-palestrante seja reinventada e, assim, o ciclo da violência se torne obsoleto e não mais se perpetue. Afirmar a alegria e a viabilidade da vida é o caminho mais revolucionário para se falar, hoje, sobre a dissidência.
- Sexta21h
- Sábado21h
- Domingo19h
VOU FAZER DE MIM UM MUNDO
O espetáculo é uma adaptação para teatro do livro da Dra. Maya Angelou, o best-seller “Eu sei porque o pássaro canta na gaiola”, lançado em 1969 e que agora chega ao Brasil com dramaturgia e direção de Elissandro de Aquino. A história, que se tornou um clássico, é a primeira das sete autobiografias que a autora publicou. Em ‘Pássaro’, Maya apresenta um tocante retrato da comunidade negra dos Estados Unidos durante a segregação dos anos 1930-1940. Nele, parece haver um grito silencioso desse pássaro aprisionado que a Dra. Maya Angelou vivenciou e que a tornou ainda mais forte.
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo18h
TRÊS
Inspirado pela atmosfera intensa do tango e pela música visceral de Astor Piazzolla, TRêS mergulha nas nuances do amor, do desejo e das relações contemporâneas. No palco, três corpos formam um trisal que desafia os limites do afeto, da posse e da identidade. A fisicalidade dos intérpretes — Luiza Monteiro, Alex Vilar e Leoci Medeiros — guia a narrativa em uma linguagem que se afasta do rigor técnico da dança para adotar um teatro do corpo, onde cada gesto fala por si. O espetáculo propõe uma imersão sensorial e emocional, em que o silêncio, o toque e o olhar têm tanto peso quanto as palavras. TRêS é uma criação do Teatro de Apartamento, coletivo paraense com 17 anos de trajetória na cena independente, reconhecido por uma produção autoral, crítica e profundamente conectada ao seu tempo.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo20h
T E R M I N A L
Um casal em processo de separação ensaia um espetáculo em que interpretam mãe e filho num reencontro difícil. O filho é um jornalista progressista afastado da mãe viúva e conservadora, que mora numa casa antiga abalada pela passagem do metrô recém-inaugurado. Níveis de realidade e ficção se confundem enquanto a relação tensa entre mãe e filho e as discussões entre os atores recém-separados se intensificam e se potencializam.
- Quinta19h
- Sexta19h
- Sábado18h
- Domingo18h
DESMANTELO
Desmantelo mergulha nas memórias de Zé, uma bixa preta e drag queen, desde a infância até a idade adulta. Em formato solo, o espetáculo transforma o palco num espaço de confissões e reflexões sobre os desafios diários de existir sendo atravessado pelo racismo e homofobia.
- Sexta20h
PERDOA-ME POR ME TRAÍRES
O público vai se envolver na história de Glorinha, uma adolescente que se prostitui para vingar a morte da mãe e buscar identidade e justiça. Com apenas 15 anos, vive com os tios Raul e Odete, e acredita que a mãe, Judite, cometeu suicídio e que o pai, Gilberto, ficou louco. A adolescente é levada por uma amiga para um bordel e se interessa em trabalhar como prostituta, enquanto seu tio Raul, que é dominador e violento, vigia Glorinha para preservar sua castidade., mas ao descobrir que Glorinha se prostitui, Raul decide contar-lhe a verdade sobre a origem dos pais... A peça explora temas polêmicos como aborto, traição, prostituição de menores, hipocrisia humana e machismo.
- Sexta19h30
- Sábado19h30
- Domingo18h30
UTERINA
A partir de uma experiência pessoal marcada pela interrupção judicial de uma gravidez inviável, Uterina transforma dor em criação. No espetáculo, memórias, natureza e imagens sensoriais constroem um espaço uterino de escuta e acolhimento. A peça entrelaça teatro, dança, audiovisual e artes plásticas para compartilhar um percurso de cura e reinvenção. Uterina é uma jornada de transformação guiada pelo corpo e pela arte.
- Quinta20h
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
FELIZ ANO NOVO
Gabriel, um adolescente apaixonado, filho de Roberto, um viúvo e Comandante da Marinha. O rapaz está na biblioteca de seu pai vasculhando em seus livros de poesia uma explicação para os sentimentos que o deixam tão aéreo. Descobre, então, a dedicatória de uma mulher misteriosa na Antologia Poética de Vinícius de Moraes. Vai até seu pai para saber sobre esta tal ''Dama do Mar". Roberto relembra o romance que se iniciou numa passagem de ano, um baile de carnaval com máscaras. Gabriel provoca reflexões em Roberto, levando esta história ao um novo e surpreendente desfecho.
- Sexta14h e 17h
- Sábado14h e 17h
LARGATIXA SEM RABO
“Lagartixa sem rabo” é uma peça que tematiza o crescimento, atravessando a fase da infância à juventude de Lila. No espetáculo, a personagem enfrenta seus medos e inseguranças, alguns considerados tolos aos olhos de um adulto, mas que são legítimos e, para uma criança, ganham uma proporção ainda mais desafiadora. Ao longo da trama, Lila procura entender a doença do avô; tem as primas mais velhas como referência; encara a primeira menstruação e as mudanças no corpo e na mente; tem os primeiros contatos com sexo e outros pontos de virada da adolescência.
- Quinta20h
- Sexta20h
BURAQUINHOS OU O VENTO É INIMIGO DO PICUMÃ
Um menino negro, nascido e criado em Guaianases, zona leste de São Paulo, vai à padaria a pedido da mãe, no primeiro dia do ano, e leva um “enquadro” de um policial. A partir daí, começa-se uma saga pela sobrevivência, o que o leva a uma maratona pelo mundo, passando por países da América Latina e da África. Pelo caminho, ele encontra vários personagens – arquétipos sociais – que costuram os acontecimentos da história. Ao longo do percurso, o menino é atingido por 111 tiros de arma de fogo do policial que o persegue. Buraquinhos que se abrem sem pudor e o vento que espanta o picumã. Uma denúncia ao genocídio da população negra com fortes tintas de realismo fantástico
- Quinta20h
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo17h
NISE EM NÓS
Eis aqui nosso gesto de escuta: mais uma travessia entre o passado e o presente, entre a ciência e a arte, entre a lucidez e o delírio que nos cura. Inspirado na trajetória da médica psiquiatra Nise da Silveira — mulher nordestina, revolucionária e profundamente humana — o espetáculo propõe uma reflexão sensível sobre o afeto como metodologia e o cuidado como revolução. A obra celebra os 120 anos de nascimento de Nise da Silveira e lança o olhar adiante — para o futuro da saúde mental, para o direito ao delírio e para a construção de um Brasil mais sensível, onde o amor não seja exceção, mas método.
- Quinta19h
- Sexta19h
- Sábado18h
RAÍZES DE MIM
Contemplado pelo edital Pró-Carioca, o espetáculo é um misto de cena, rito e conversa com o público, onde o ator vai costurando histórias, entrelaçando memórias reais a outras imaginadas. Neste processo, cria também um espaço de confissão, onde relata as descobertas sobre si mesmo e trata de temas como o racismo sofrido cotidianamente, em um difícil exercício de olhar para si mesmo. “Escrever algo que falava de mim me travou em muitos momentos. Vários assuntos foram bem difíceis de tratar. Construir esse espetáculo me fez lidar com vários sentimentos e me abriu novas possibilidades. A gente fala com muito cuidado sobre lembranças e sobre a importância de aproveitar o tempo, de compartilhar as histórias. É um monólogo, mas eu não estou sozinho”, acredita Silcler, que ficou conhecido pelo grande público em papéis na TV, como o jornalista Libério na novela “Novo Mundo”.
- Terça20h
- Quarta20h
