EM SUA REESTREIA NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, RITA FISCHER LEVA À CENA UMA MULHER À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
Após lotar sessões no festival Fair Saturday, em Lisboa, o monólogo “Como sobrevivi a mim mesma nesta quarentena” integra a programação do festival do Teatro Gláucio Gill em Copacabana com reestreia no Dia Internacional da Mulher.
Ao se ver sozinha e presa num apartamento que não era o seu durante a pandemia, a autora e atriz Rita Fischer começou a produzir vídeos para o Instagram, compartilhando sua experiência no confinamento. Os registros em vídeos postados nas redes sociais tiveram uma ótima repercussão – alguns chegando a atingir 500 mil visualizações – o que fez com que Rita tivesse a ideia de levá-los para o palco.
Primeiro solo da atriz, o espetáculo narra de maneira irreverente as agruras vividas por Rita durante a quarentena de 2020. Mais do que falar da situação pandêmica, o espetáculo apresenta a cabeça fervilhante de uma autora mulher, confinada em casa e todas os desdobramentos que vem a partir disso. Como passar tantos dias encarando a si mesma? Como sobreviver a um auto aprisionamento?
Depois de se apresentar no festival Fair Saturday Festival Internacional de Lisboa, tendo sido o segundo espetáculo mais visto de todo o evento, e de duas curtas, mas muito bem-sucedidas temporadas cariocas, com casa cheia todos os dias e seis críticas que ressaltam a qualidade da montagem, Rita Fischer abre novamente sua caixa de Pandora e nos presenteia com um espetáculo divertido, atual e extremamente sensível. De situações cômicas, como o flerte com o vizinho pela janela ou suas novas manias para passar o tempo, até momentos reflexivos, como a solidão de passar enclausurada um aniversário.
“Fiz isso para não enlouquecer de vez com a situação, que já fez minhas neuroses e TOC’s aumentarem substancialmente. O humor, quando bem empregado, pode e deve ser um grande agente transformador. Infelizmente não dá para a gente burlar o momento atual que estamos vivendo, mas podemos ressignificá-lo. E é exatamente isso que a peça propõe. No momento em que criei os vídeos, foi muito gratificante ouvir
coisas como ‘você foi a melhor coisa da minha quarentena’ ou ‘o único momento do dia em que eu consegui sorrir foi vendo os seus vídeos’. Isso me deu forças para trazer essas histórias para o teatro”, conclui Rita Fischer, que recebeu o Prêmio Shell 2012 pela Ocupação da Companhia Alfandega 88 no Teatro Serrador e circulou pelo Brasil com a peça “Online”, dividindo a cena com Paulo Gustavo.
FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia: Rita Fischer
Orientação Dramatúrgica: Cristina Fagundes
Direção: Thiago Bomilcar Braga
Atuação: Rita Fischer
Iluminação: Diego Diener
Figurino: Rita Fischer
Operação de Luz: Rebeca Souza
Operação de Som: Thiago Bomilcar Braga
Fotos de Cena: Giacomo Spa
Fotos e Designer: Studio Léo Dalledone
Registro em vídeo: Tiago Scorza
Administração da Temporada: Julia Tavares
Direção de Produção: André Roman & Teatro de Jardim
Realização: Vital Neto & AR Produções
Concepção e Idealização: Rita Fischer