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FAXINA
Contratada para faxinar um espaço, Rocha, uma figura excêntrica, ruma ao seu objetivo: deixar tudo um brilho. Na necessidade de cumprir sua função, um varal de possibilidades se estende à sua frente entre quiprocós e confusões, gerando indagações acerca de sua labuta. Até um balde d'água cair sobre sua cabeça.
DESMONTE
Em um espetáculo sem falas, com dramaturgia baseada justamente nas narrativas de pessoas silenciadas pelas tragédias que ocorreram em Minas Gerais, Desmonte traz mais de 160 elementos cênicos manipulados por atores, que exploram também bonecos, máscaras e maquetes, trazendo para o centro da dramaturgia a visualidade da cena. nAlém disso, há seis câmeras no palco que se movimentam e configuram diferentes enquadramentos, propondo uma nova perspectiva para o público por meio deste recurso, nomeado Live Cinema. O diálogo da cena criada e da cena projetada expõe outras camadas de significados e possibilidades de relação entre o que é feito e o que é exibido.n"Na narrativa, as personagens são apresentadas por meio de suas memórias e afetos, que são tomadas pela lama após o rompimento. Com esse atropelo, as memórias são apagadas e reproduzidas, potencializando a performance audiovisual a partir das composições cênicas", conta Tiago Almeida, diretor do grupo.
VIDA BANDIDA
No Beco da Vergonha, uma história é contada como impasse. Lita, a catadora de papelão, e sua filha Antônia, junto a um grupo de moradores de rua, sofrem em suas rotinas intervenções constantes, como perseguição religiosa, filantropia televisionada e opressão policial. Vida Bandida narra pela ficção a realidade do mal contemporâneo estrutural: em sua maioria os que vivem na rua são pessoas negras!
AVENIDA CYPRUS
Eric Miller vive com sua esposa e filha na Avenida Cyprus. Eric é um cidadão que sempre foi a favor da Irlanda do Norte seguir como parte do Reino Unido, totalmente contra os separatistas. Ele tem um ódio mortal dos cidadãos que pensam diferente dele. Quando a neta de Eric nasce, ele vê no rosto dela as feições de um líder político separatista. O que parece cômico desencadeia numa situação cheia de conflitos inesperados.
PROTAGÔNISTAS – O MOVIMENTO NEGRO NO PICADEIRO
Prot{agô}nistas é uma celebração com sonoridade contemporânea e discurso de empoderamento. O elenco ocupa palco guiado pelo ritmo em corpos potentes em expressão e força, as coreografias, que vão da capoeira ao hip hop, do balé ao GumbootDance, trazem o tom acrobático que permeia todo o espetáculo com performances organizadas por Washington Gabriel. O espetáculo tem sequência com cenas e números circenses de faixa, palhaçaria, tecido, malabares, trapézio, contorcionismo, perna de pau e equilíbrio.
EURÍDICES EM PEDAÇOS
A peça “Eurídices em Pedaços” traz à cena, de forma fragmentada, personagens em releituras de tragédias gregas, ambientando-as no contemporâneo de um Brasil dividido. nA peça se desenvolve a partir do deslocamento de um ator-provocador e seu bando, que iniciam sua busca por uma Eurídice não romantizada, e que ao adentrarem no inferno urbano, levam o público a se deslocar pelo espaço e acompanhar as cenas de: Cassandra (Alissandra), prestes a servir como escrava; Antígona, narrando sua história depois de morta; prometeu, presos numa cela clandestina em alguma “quebrada”, lutando para sobreviver; além de performances de diversas Eurídices perseguidas.nAs cenas trazem no seu bojo reflexos do colonialismo, do racismo estrutural e dos ecos do patriarcado, convidando à resistência, à luta e a um canto de cura coletivo através da plasticidade do corpo prosódico e da voz numa construção poética, sonora, imagética e afetiva.
AMOR PARA OBÁ
O espetáculo Amor para Obá narra a saga de amor entre Xangô e suas três mulheres: Iansã, Oxum e Obá.nnEm uma história de disputa por poder, com Orixás como personagens, o espetáculo mostra a que ponto podemos chegar quando se ama de verdade e as consequências que isso pode levar.nnUm espetáculo cheio de intrigas, lutas, e, claro amor, o folclore nacional é mostrado através dos ritmos nordestinos nas músicas e coreografias.
FEIO
A trajetória de Lima (sua vida e sua obra) foi de luta contra essencialmente três palavras: prisão, sequestro e detenção. Viveu rotulado por ser quem era: um homem negro, filho de um homem com seus desequilíbrios mentais, com o rastro do alcoolismo correndo atras dele, se esquivando do fracasso anunciado. Tentou fugir disso. Não conseguiu. O alcoolismo o alcançou. As perturbações mentais o encontraram. A sua arte grandiosa e inteligência imensa tentaram ser seu escudo, mas o Brasil dos estigmas e racismos não permitiram. Prenderam, sequestraram e detiveram a genialidade e as dores de Lima Barreto inúmeras vezes. O fizeram definhar. Este recital performático busca libertá-lo. Liberdade para Lima Barreto agora – finaliza Gabi Costa.
TÔ LOUCA, MAS NÃO TÔ SOZINHA
Na trama, Delícia está sendo investigada por um crime. É nesta circunstância que inicia o relato de sua trajetória, repleto de eventos e misturas curiosas. Imigrante fogosa, ela chega à Grande São Paulo com a esperança de que aqui sua vida se transforme e de realizar seus sonhos de abundância e afetividade.nEla inicia uma jornada como empregada doméstica para famílias nada convencionais. E, no vem e vai de lares e encontros amorosos, descobre sua tão esperada mudança de vida ligada à famosa máxima: "se não pode com eles, junte-se a eles".
A DOENÇA DO OUTRO
Dirigido por Fabiano Dadado de Freitas, A Doença do Outro debate preconceitos, estigmas e, acima de tudo, quebra o silêncio sobre a vida de pessoas portadoras do vírus. “O silêncio não nos protege porque nos escondemos. Se não falo, eu me preservo, mas ao mesmo tempo fico invisível. Mesmo após tantos anos, décadas, a regra do silêncio sempre permaneceu. O desejo da peça é de que um dia ninguém mais precise se esconder nesse armário do HIV, que não precisemos mais de uma lei que defenda o anonimato – lei que defendo porque ainda enfrentamos muito preconceito”, coloca o ator. nNa sua construção do texto, Serruya tem como ponto de partida algumas fontes essenciais: a obra A doença e suas metáforas, da ensaísta e filósofa estadunidense Susan Sontag, que propõe uma análise sobre a história social da doença e como a sociedade enxerga um corpo doente; conceitos do feminismo negro e da teoria queer também aparecem sempre no sentido de pensar como os conceitos de um corpo diverso vão se formando; por fim, há relatos autobiográficos do próprio autor e perfomer da cena, que vive com HIV desde 2014.nNeste solo, a direção coloca a teatralidade e a interatividade unidas: os temas dessa “conversa”, como diz o ator, se apresentam em uma série de jogos com a plateia, permeados pelo videografismo presente em projeções em vários locais, inclusive no figurino. nA Doença do Outro integra a programação do Teatro Mínimo, criado em 2011, pela equipe de programação do Sesc Ipiranga. Depois de três anos sem programação por conta da Covid 19, em outubro, o espaço voltou a receber espetáculos teatrais que discutem a experimentação das linguagens cênicas, além de aproximar fisicamente o público dos artistas, deixando a experiência mais intimista.
- Sexta
- Sábado
- Domingo
ESCOLA DE MULHERES
A peça, que foi um sucesso estrondoso na sua estreia em Paris, e gerou infindáveis discussões sobre a polêmica comportamental que trazia, é exemplarmente clássica, com unidade de tempo – tudo se passa em 24hs – espaço e ação e a encenação busca mesclar sugestões do século XVII com traços contemporâneos. Tudo se passa numa praça e, ao fundo, um painel com o sol nos remete a Luís XIV, patrono das artes e da trupe de Molière. Por conta da polêmica que seu texto gerou, Molière escreveu logo, depois da estreia, uma outra peça para responder a seus detratores, A Crítica à Escola de Mulheres.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo19h
E SE A PORTA CAIR SEGUIREMOS SENTADOS APENAS MAIS VISÍVEIS
O espetáculo coloca em cena um julgamento em que todos os participantes ocupam, ao mesmo tempo, as posições de juízes, réus, advogados de defesa e acusação. A ideia é sugerir ao mesmo tempo um tribunal revolucionário, um coro trágico, uma autocrítica de rede social, uma psicanálise de desenho animado, para refletir sobre como, no debate urgente sobre os rumos políticos do presente, a força de transformação parece paralisada pela confusão entre culpa e responsabilidade, vergonha e masoquismo, acusação e ressentimento.nnEle encerra a Trilogia dos Afetos Políticos. A trilogia inclui ainda O que você realmente está fazendo é esperar o acidente acontecer e E o que fizemos foi ficar lá ou algo assim. As três peças foram criadas durante um processo de crise política nacional (pra não dizer mundial), que foi só se agravando ao longo dos anos. Elas buscam refletir sobre esse processo e têm uma coincidência: todas tiveram a reta final do processo de criação num ano eleitoral. A primeira estreou em outubro de 2014, a segunda em janeiro de 2019 e a última será após o primeiro turno das eleições de 2022.
CAMINOS INVISIBLES…LA PARTIDA
Composto por atores brasileiros e bolivianos, o espetáculo narra a trajetória de imigrantes sul-americanos, com destaque para os povos andinos, que deixam seus países em busca de melhores condições de vida e chegam à grande metrópole paulistana. Este cenário se funde com as situações de ilegalidades na luta pela sobrevivência. O mercado da moda, que mobiliza a problemática social, ironicamente, satiriza o mercado de massa, enquanto é abastecido pela mão de obra escrava do imigrante.
- Sexta
- Sábado
- Domingo
O BRASIL É BOM
Assim como no livro homônimo de contos, a peça busca investigar cenicamente as possibilidades e indagações que se podem trazer para a materialização. A partir do horror de um pensamento limitado, ou a beleza de um pensamento consciente, é alcançada a comunicação dessas palavras ferinas através de uma explícita ironia.n Com direção de Georgette Fadel e William Simplício traz no elenco Eduardo Speroni, Jean Machado, Nathalia Ernesto e Nilceia Vicente. De forma crítica, a peça expõe questões sociais do país trazendo uma linguagem lírica, poética ou ainda debochada, transitando entre realidade e ficção. Os textos se distanciam ou se aproximam de situações naturalizadas pelo senso comum, nos convocando a refletir sobre a potência de seus apontamentos e em como ressignificá-los à luz dos acontecimentos atuais. Em O Brasil É Bom, as portas do Inferno da Estupidez são abertas e os personagens mais inacreditavelmente estúpidos tomam conta do espaço cênico, como fantasmas da realidade. Por vezes, cômicos. Por vezes, aterrorizantesn
- Sexta
- Sábado
- Domingo
NELSON ETERNO RETORNO
Inspirada na vida e na obra de Nelson Rodrigues (1912-1980), Nelson Eterno Retorno, leva o público a uma viagem intimista, lírica e investigativa que revela às razões que transformaram o jornalista, policial e esportivo, no mais importante dramaturgo brasileiro. A partir da relação com a filha cega, surda e muda e seu fascínio inesperado por uma de suas leitoras mais assíduas, seus pensamentos nos levam às lembranças e questionamentos existenciais de sua própria vida cotidiana até que a misteriosa leitora de sua coluna policial começa a lhe escrever cartas reveladoras. Cartas que tomam conta de sua mente, inspirando algumas de suas mais notáveis obras teatrais: histórias íntimas , ações, sentimentos, delírios, certezas e incertezas sobre a própria existência e sexualidade são alguns dos temas descritos por sua misteriosa admiradora; até que ambos resolvem materializar essa relação de trocas de cartas, no mundo real para o delírio absurdo e festejo de um pornográfico apaixonado.