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O CASO MEINHOF
O Caso Meinhof, montagem do Teatro do Fim do Mundo é livremente inspirada no texto Ulrike Maria Stuart, da ganhadora do Nobel de literatura Elfriede Jelinek. A partir da história da RAF, grupo terrorista alemão dos anos 70 (com as mulheres Ulrike Meinhof e Gudrun Ensslin na liderança), a peça discute o fracasso e a herança dos movimentos revolucionários do século XX, além de debater a presença das mulheres na liderança de processos políticos, entre outros temas que se mostram urgentes no Brasil de hoje. nUlrike Maria Stuart é com frequência considerada a mais importante peça de Elfriede Jelinek, autora fundamental para a dramaturgia contemporânea, apesar de sua obra ainda ser pouquíssimo encenada no Brasil. Foi a primeira lançada após ela ser premiada com o Nobel em 2004. nnAo tratar de temas fundamentais para pensar o tempo em que vivemos – o aparente fracasso dos projetos revolucionários, o perigo da violência autoritária por parte de quem deseja mudar o mundo, e ao mesmo tempo a impossibilidade de se conformar a uma ideia de que o mundo não pode ser transformado – a peça se faz urgente em um contexto brasileiro de crise profunda, em que a imaginação política se vê travada pelo peso excessivo dos vícios históricos do país.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
AVÓS
Amparado no pensamento e prática do educador Paulo Freire o espetáculo é composto por quatro histórias que se entrelaçam sobre avós e avôs e netos e netas com inspiração em relatos reais. No palco, um neto incentiva sua avó a ir para a escola pela primeira vez. Uma avó mostra a sua neta como imaginar as histórias contidas nas pedrinhas. Uma neta que ganha uma árvore de presente do seu avô e uma avó que ensina sua neta a subir numa árvore pra ver mais de perto as estrelas.
LABIRINTHOS EM PROCESSO
SINOPSEnQuando o rei de Creta morre, Minos reivindica o trono, pedindo a Poseidon que lhe envie uma confirmação. O deus atende e Minos assume o poder. Mas o novo rei não cumpre a promessa. Furioso, Poseidon castiga o mortal: faz com que sua esposa, Pasífae, enlouqueça, se apaixone pelo touro e engravide do animal. Nasce, então, o Minotauro, criatura com cabeça de touro e corpo de homem, que é encarcerado em um labirinto.
AS MONA LISAS
Sucesso nos palcos há mais de 17 anos, a comédia “As Mona Lisas” volta ao Teatro Fernando Torres em duas únicas apresentações nos dias 16 e 17 de setembro.nnO texto de Wilson Coca retrata o cotidiano de 3 amigos gays e debochados que dividem um apartamento: o cabeleireiro Kaká, Mark, o bancário, e Haroldo, um figurinista de TV. O trio, super vaidoso e consumista que adora curtir a vida numa boa, está sempre com as contas no vermelho, e fica chocado com a notícia de que Luísa e Klaus, melhor amiga dos bons vivants e filho de criação dos três, vão se casar.nnPara arrancar ainda mais risadas do público, cada um fica responsável por uma parte do casamento e vão ter que se virar para fazer a cerimônia dos sonhos. Entre brigas, tapas, beijos, declarações de amor e muito humor, as cenas vão se desenrolando e chegam num final bem ao gosto do público.
CONDOMÍNIO VISNIEC
A montagem é inspirada em seis monólogos de Visniec – O Corredor, O Homem do Cavalo, O Adestrador, O Homem da Maçã, A Louca Tranquila e O Comedor de Carne – reunidos na coletânea de peças O Teatro Decomposto ou O Homem – Lixo. Todos esses personagens de contornos surrealistas que dão nome aos solos são criados na encenação pela figura de uma escritora que escreve compulsivamente. “A figura da escritora surgiu a partir de um dos personagens da coletânea, “O Corredor”. Na trama, é como se ela criasse essas figuras e, ao mesmo tempo, as criaturas também a recriassem”, explica Clara Carvalho.n nA partir de um mergulho no conflito interno dessa escritora, surgem em cena criaturas híbridas (meio humanas, meio animais), que povoam a imaginação da autora, gerando esse condomínio. Elas trazem à tona a solidão, os desejos, as angústias, as obsessões, os impulsos predatórios e a busca por uma possível redenção.
INSANOS EM CENA – (SHOW DE HUMOR)
INSANOS EM CENA Show de humor com humoristas trazendo stand up e personagens. Com Dan Quicco, Sérgio Chibat, Raquel Senna, Fabio Garcia, Adauto Millani e participação especial de Pedala Robinho.
O BEM AMADO
O BEM AMADO, de Dias Gomes, é uma comédia que satiriza o cotidiano de uma cidade fictícia no litoral baiano. O “bem-amado” em questão é o corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu, candidato a prefeito de Sucupira, adorado pela maior parte da população. Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, o político se elege com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”. A grande questão para Odorico é que não morre ninguém para que o cemitério seja inaugurado. O prefeito resolve, então, lançar mão de todo tipo de artifício para não perder o apoio popular, até mesmo consentir a volta à cidade do terrível pistoleiro Zeca Diabo, com a total garantia de que ele não será preso. Há a esperança de que ele mate alguém e lhe arranje um defunto. O prefeito só não imaginava que Zeca Diabo volta a Sucupira disposto a nunca mais matar ninguém, pois quer virar um homem correto, um homem de Deus! No final da trama, é o próprio Odorico quem inaugura o cemitério, após ser morto com tiros por Zeca Diabo. Todos lamentavam-se. O prefeito Odorico tornou-se um mártir.
PAPA HIGHIRTE
Papa Highirte é o nome do ditador populista deposto da ficcia Alhambra, exilado nantambém ficcia Montalva. Em sua conspiração para voltar ao poder, mergulha nasnreminiscências de um tempo de exceção onde governava com mão de ferro seu país natal,ncom a Imprensa silenciada e torturas nos porões. E chega à triste conclusão que nuncanpassou do fantoche de militares golpistas a serviço de uma potência estrangeira. Metáforanprecisa sobre a América lana, que ganha significava relevância nos tempos atuais.
NAÍZES
O espetáculo, que tem como intérpretes os artistas criadores Luís Silva e Pedro Avlis, traz uma estética contemporânea que entrelaça e funde elementos do house, wacking, hip hop e afro, entre outras vertentes das danças urbanas.nnNaízes é uma montagem inédita da companhia carioca, fazendo sua estreia nacional nesta temporada paulistana, cuja concepção tem raiz nas memórias e atravessamentos de corpos que foram deixados à margem da sociedade e da vida. A obra mostra que um único corpo pode transbordar intensidades advindas de trajetórias e singularidades do corpo preto, periférico e urbano. Provocando o despertar dos olhos, o espetáculo convida o espectador para uma viagem de saberes, costumes e guerrilhas do povo preto.nnCom o objetivo de abraçar e dar voz à temáticas afro-diaspóricas e evidenciar singularidades do corpo artístico em meio a um contexto adverso, os artistas em cena articulam uma forma de ressignificar tantos atravessamentos selados nos corpos para, a partir deles, gerar vida e possibilidades de novos caminhos. Inclusive, o nome “Naízes” sintetiza reflexões da companhia sobre raízes, no que diz respeito às diversas origens e ancestralidades, e sobre as muitas nacionalidades, que perpassam pela história das pessoas afro-brasileiras.
CABARET VALENTIN
Cabaret Valentin é uma sucessão de cenas no cotidiano de um cabaré da década de 1920 na nAlemanha entre guerras. É o momento em que emergem as relações humanas, a crítica política e nsocial... e a arte- tudo através do humor, num momento sensível da história da humanidadennTrata-se da representação de um cabaré humorístico, de números e sketches, não burlesco nem nerótico; mais próximo de circo, stand-up comedy etc do que de boate e can-can.
AS CONCHAMBRANÇAS DE QUADERMA
Dirigida por Fernando Neves, a montagem da Cia. Vúrdon de Teatro Itinerante e Beijo Produções Artísticas, traz o universo fantástico de uma farsa de circo sertaneja com pitadas de pura realidade cômica. Suassuna transporta para o palco o personagem Pedro Dinis Quaderna, de seu Romance d’A Pedra do Reino, lançado em 1971, em Recife, um ano após o lançamento do Movimento Armorial. Portanto, Quaderna completou 50 anos, em 2021, quando o espetáculo estreou em São Paulo. Trata-se de uma comédia de caráter popular e diálogo direto que une a estética sertaneja, inspirada no romanceiro nordestino, do trovador ibérico, ao circo-teatro que tanto fascinava Ariano, para apresentar os imbróglios de Quaderna. Na direção, Fernando Neves, mestre no ofício do circo-teatro, conta com a colaboração do artista plástico Manuel Dantas Suassuna, na criação visual da obra e nas pinturas exclusivas dos telões do cenário, com figurinos assinados por Carol Badra e criação musical de Renata Rosa (cantora, compositora e rabequeira). E dando vida à brincadeira teatral está um elenco de atores/cômicos: Jorge de Paula, Fábio Espósito, Guryva Portela, Henrique Stroeter, Carlos Ataíde, Bruna Recchia e Abuhl Júnior. A peça completa é formada por três imbróglios em que Quaderna toma parte, fazendo uma série de conchavos para resolver situações, tirando proveito de tudo e de todos como é esperado de um bom pícaro. Devido ao distanciamento social imposto pela pandemia, esta montagem traz somente o primeiro ato: O Caso do Coletor Assassinado.
A NOITE DO CHORO PEQUENO
Após temporadas de sucesso em São Paulo e Rio de Janeiro, o espetáculo A NOITE DO CHORO PEQUENO retorna para uma nova temporada na capital paulista a partir do dia 03 de setembro no Teatro do Shopping West Plaza, integrando o Festival INTERCENA - Portugal Brasil.nA peça estrelada pelas atrizes Daliléa Ayala e Letycia Martins, com texto do autor português João Ascenso e direção de Ricardo Brighi conta a historia de duas mulheres - Luísa e Maria Ana - que passam a noite numa estação rodoviária em Lisboa.nA ação se passa nos anos de 1960, no período da Ditadura Salazarista emnPortugal. Isoladas do olhar dos outros, elas aguardam o primeiro trem da manhã,enquanto vão conhecendo um pouco da vida da outra. Luísa é pobre, saiu da prisão há algumas semanas e espera reencontrar-se com o passado.nVítima de violência sexual, tentou assassinar o estuprador e por isso foi presa. Na penitenciária dá à luz a seu filho, que é entregue ao “pai”. nMaria Ana foge do passado. Casada com um médico de sucesso, viu sua vida se reduzir à vida doméstica, ao trato do filho e do marido. Não se sente amada, anulou-se em função do casamento, está infeliz. Decidiu fugir, acreditando ser essa a solução para suas frustrações. Aos poucos, a conversa entre as duas deixa a verdade à solta e o amanhecer revela duas mulheres diferentes.nA Noite do Choro Pequeno teve sua primeira montagem em Portugal em 2015 e voltou à cena em 2018 / 2019, com as atrizes portuguesas Sofia Nicholson (Luísa)ne Alexandra Sargento (Maria Ana).
PROTO-HENRIQUE IV
A peça Henrique IV, de Luigi Pirandello, é um ensaio sobre lucidez e loucura, considerada uma obra-prima do dramaturgo italiano comparável a “Seis Personagens à Procura de um Autor”. Nela uma das características mais marcantes do escritor – a vulnerabilidade de seus personagens, que vivem na fronteira que separa ficção da realidade e loucura da sanidade, devido ao jogo de máscaras – está em um ponto de grande aprofundamento.nnNa dramaturgia original, Pirandello criou treze personagens para serem executados por diversos atores. Esta adaptação sintetizou o texto em dois personagens feitos por um ator, Matilde e Henrique IV, preservando o cerne da dramaturgia. nnChico Carvalho transita entre as duas figuras, sendo que Matilde traz falas de outros personagens da peça original. Acompanhando Chico em cena, Breno Manfredini faz as vezes de um contrarregra/camareiro cênico, compondo o quadro de espelhamento disforme do protagonista, que toma distância da própria existência e vê a si mesmo ridicularizado pelo olhar de quem o vê.
MULHERES SONHARAM CAVALOS
A peça foi escrita 20 anos após o final da ditadura Argentina, num momento de grande crise econômica do país, e nos remete às diversas consequências desse regime, como o horror das crianças "tiradas" dos seus pais militantes e dadas em adoção para outras famílias. No texto, uma dessas possíveis crianças seria a personagem Lucera, que busca encontrar pistas para juntar as lembranças de sua infância mais remota, e assim tentar entender as ausências que sente. Como se sua história tivesse sido apagada, arrancada de maneira brutal, e metaforicamente como se o continente todo carregasse tal carma para sempre.nnAusências, lapsos, diálogos entrecortados: todas as personagens da peça, cada uma a seu modo, coexistem nesse mundo colapsado. E respondem a ele com a linguagem premente do presente: a violência. nnMulheres Sonharam Cavalos desvela a violência que permeia o cotidiano, incrustada de tal forma em nossas vidas e relações intersociais, que não discernimos mais de onde vem, apesar de que a sentimos pulsar constantemente, como bombas prestes a explodir.nnHistoricamente, todavia, sabemos que a ultraviolência é a marca maior do processo de colonização da América Latina, e igualmente das ditaduras militares que nos assolaram e ainda assolam, e, portanto, desde então marcam nossos corpos, nossas almas e nossas atitudes; atitudes essas que seguem se repetindo em looping na montanha russa da história. nnNo espetáculo vemos um jantar em família. Três irmãos em rotas de colisão desiguais; suas esposas, cada uma à sua maneira estrangeira a esse núcleo masculino. Um encontro desencontrado no tempo, que revela, no limite tênue das relações, uma explosão de memórias soterradas, de marcas invisíveis, das mágoas que carregamos.
BÁRBARA
Dada a imensa repercussão que o livro causou desde seu lançamento, bem como as inúmeras e necessárias palestras que Barbara Gancia tem feito sobre o tema nos últimos anos, o desafio da montagem sempre foi o de não realizar uma simples transposição para o palco. “Como encenar algo já definitivo e tão bem relatado em um livro? Ao mesmo tempo em que a gente pensava nisso, sempre houve a certeza de que ‘A Saideira’ possui uma força cênica e precisava ganhar o palco para tocar outros públicos”, diz Marisa Orth. A solução criada pelo diretor e idealizador do projeto, Bruno Guida, apostou em recursos cênicos simples e no jogo com a platéia, elementos que somente o teatro pode oferecer. Com uma dramaturgia livremente inspirada no livro, a autora Michelle Ferreira, utiliza algumas situações extraídas do livro, bem como inventa outras histórias, para dar forma a essa "nova Barbara ficcional”. “Bárbara” ganhou, assim, uma encenação limpa, privilegiando o trabalho de atriz em um texto forte, cômico e ao mesmo tempo emocionante.