Inf Peças
UM TEMPO CHAMADO YAYÁ
A narrativa da vida de Yayá é contada em diferentes ambientes da casa, criando um paralelo entre os cômodos e a fragmentação de sua psique, em uma tentativa de reunir as partes de sua vida que foram desmembradas, e reconstruir sua subjetividade. Cada cômodo representa uma parte de sua memória, dividida em temas específicos: infância marcada por perdas, adolescência caracterizada pela solidão, e a fase adulta, explorada em duas vertentes - a busca pela liberdade e autonomia, a experiência da doença, o confinamento, a partir de um olhar sensível sobre o resgate da identidade de Yayá. As cenas são apresentadas simultaneamente em cada cômodo, interligadas por tempos distintos. Ao mesmo tempo, uma monitora que está no tempo presente atua como narradora das memórias e da casa onde ficou confinada, propondo questionamentos sobre a história de Yayá e de tantas outras mulheres internadas em manicômios.
- Sexta21h
- Sábado21h
- Domingo19h
POR QUE DESDÊMONA AMAVA O MOURO?
Uma inusitada história de amor na década de 1930 entre Helen, uma solitária atriz de Hollywood, famosa e símbolo sexual, e o jovem, Kip, um roteirista talentoso, parece ser mais um romance que se repete entre tantos. Tennessee Williams, entretanto, apresenta um homem negro de sucesso e uma mulher branca promíscua às voltas com uma paixão avassaladora por ele. Ela precisa lutar contra seu próprio preconceito e é obrigada a assumir seu desejo e sua paixão por Kip.
- Sexta21h
- Sábado20h
- Domingo18h
ALFORRIAS DE PAPEL
Embora a história se passe em tempos diferentes, Alforrias de Papel teve como base uma pesquisa minuciosa do ponto de vista da classe trabalhadora no Brasil do século XIX, com foco especial nas personagens femininas do livro "O Cortiço". Durante essa época, o movimento naturalista representava a classe trabalhadora como um grupo passivo e subordinado dentro de uma estrutura social complexa e frequentemente incompreensível. No entanto, Alforrias de papel busca inverter essa lógica, dando voz e ferramentas para que aqueles que foram silenciados pela estrutura social possam expressar seus pontos de vista e ter suas questões discutidas. Na encenação, uma das personagens, nomeada de Espectro, surge já na primeira cena, questionando a capacidade do capitalismo de se adaptar e se adequar aos contextos históricos e culturais de cada época. A falsificação de uma carta de alforria no texto original ganha contornos atuais ao espelhar a multiplicidade de formas que o capitalismo adota para legitimar suas práticas e manter seu domínio.
- Quarta21h
- Quinta21h
- Sexta21h
- Sábado21h
- Domingo19h
A PALAVRA QUE RESTA
As dores e os dilemas de um homem que precisou ocultar a própria sexualidade por décadas, para sobreviver em meio a uma sociedade provinciana e heteronormativa, são levadas para o palco em "A Palavra que Resta", versão para o teatro do premiado livro do escritor cearense Stênio Gardel — vencedor do National Book Awards na categoria literatura traduzida. O potente romance de estreia de Gardel percorre os conflitos familiares do protagonista, Raimundo Gaudêncio de Freitas, e as relações que ele estabeleceu depois de fugir de casa e cair na estrada, bem como as catarses e ressignificações impostas pelo destino. A encenação de Herz, que também assina a adaptação, inova na condução das vozes dos personagens: os seis atores em cena se revezam em todos os papéis. O espetáculo da Cia Atores de Laura, que celebra 32 anos de existência, traz no elenco Ana Paula Secco, Charles Fricks, Leandro Castilho, Paulo Hamilton e Verônica Reis — e a atriz convidada Valéria Barcellos.
- Quinta19h
- Sexta19h
- Sábado19h
MEMORIAL DO FUTURO RECENTE
No corredor das memórias esquecidas, uma criança cujos pais foram torturados, volta já adulto aos porões da ditadura. Seu corpo fora do tempo percorre o trajeto doloroso e obscuro, iluminado apenas pelos lampejos da voz inconformada que, apesar de tudo, insiste em se lembrar. Diante dos olhos fechados dos interlocutores, sua história familiar se confunde com um período sombrio da História do Brasil. Um memorial da existência marcada por abandono, perda, luto e pelos horrores de um regime de exceção.
- Quinta21h
- Sexta21h
- Sábado21h
- Domingo19h
NÉVOA
Dennis é um cineasta que, ao ganhar um Oscar, denuncia publicamente um ex-colega por bullying homofóbico, desencadeando um cancelamento devastador nas redes sociais. A peça mistura humor ácido e drama para explorar os impactos do bullying e o preço do cancelamento na vida de ambos.
- Terça19h
- Quarta19h
AWÁ – TECENDO FIOS DE OURO
Awá - Tecendo Fios de Ouro conta a história de Orisun e sua linhagem de mulheres negras da periferia, que com muita luta conseguiram manter o negócio familiar. Da arte de tecer ela tirou seu sustento e das três filhas. Herdou da mãe a sabedoria de saber fiar e do aprendizado de tecer, teceu fios e a vida. A família de Orisun era conhecida como poetisa dos tecidos, pessoas vinham de longe à procura da beleza e originalidade, mas o que os diferenciava era a energia que emanava e que passava aos que teciam e vestiam os tecidos. Orisun aprendeu a mágica ativação do axó e ensinou às filhas tudo que sabia, mas elas não ouviram seus ensinamentos e viviam brigando. Uma reviravolta na história, trouxe uma mensageira e um misterioso baú que mudou tudo para as irmãs Ehin Igi, Eka Ewe e Ododo. Elas foram desafiadas por causa de uma herança, e agora para recebê-la teriam que transformar simples objetos em ouro e em prosperidade para sua comunidade.
- Sexta14h30
- Sábado16h
- Domingo16h
LENTAMENTE, A VIDA
A trama gira em torno das angústias vivenciadas por quem acaba de receber um diagnóstico transformador. Com atuação de Kako Leitão, a peça mergulha em dilemas existenciais e investiga a solidão e a capacidade de enfrentar desafios inesperados, entregando ao público uma abordagem sensível sobre a condição humana. A dramaturgia surgiu a partir de uma experiência pessoal vivida pelo diretor. Em 2017, o pai de Victor Lósso foi diagnosticado com Parkinson. “Meu pai e eu somos melhores amigos. Ele é inteligentíssimo, amante de História e contador de curiosidades que eu só saberia abrindo uma enciclopédia. Há alguns anos já sentia alguns sintomas, mas não sabíamos que era da doença. Ninguém sabe, na verdade. Falo disso brevemente na peça”, comenta. O diretor afirma que o Parkinson vai muito além dos tremores presentes no imaginário coletivo. Esta conscientização foi o que motivou a escrita.
- Sábado18h
- Domingo18h
xOxO
No centro da cidade, um Caixa ambicioso trabalha no turno da noite de uma xOxO's loja de conveniência e presencia os maiores absurdos, assaltos, violências e práticas em arrepio à legislação trabalhista; o Gerente da loja passa pano pra empresa; a Vizinhança nota as mudanças no bairro; e a Demolidora segue determinada em cumprir o seu papel.
- Sexta20h30
- Sábado20h30
SENHOR DIRETOR
No cenário minimalista composto apenas por uma cadeira e assinado por Analu Prestes (assim como o figurino), a professora aposentada Maria Emília passeia pelas ruas de São Paulo no dia de seu aniversário de 62 anos e se choca ao avistar a capa de uma revista na banca de jornal com um casal seminu enlaçado, estopim para sua indignação com o caos em que vê a sociedade mergulhada. Decide, então, escrever uma carta ao diretor do Jornal da Tarde para expor sua revolta e, à medida em que mentalmente elabora a carta, tem seu pensamento disperso entre recordações e impressões sobre os acontecimentos à sua volta.
- Terça20h
- Quarta20h
SABE QUEM DANÇOU?
A peça, ambientada nos anos 80, gira em torno do expressivo Madonna, um esperto receptador de objetos roubados que ampara "rapazes" em sua casa. A narrativa agitada acompanha a vida desse e dos demais personagens marginalizados diante de diferentes problemas da sociedade. Sexo, violência e corrupção explodem no palco através de potentes interpretações que escancaram - com a ajuda de diálogos ácidos - as mazelas, personagens, contexto, linguagem e situações que se aplicam perfeitamente aos dias atuais. A postura realista adotada no espetáculo gera choque e reflexão sobre questões tão conhecidas, mas muitas vezes ignoradas.
- Sexta20h30
AS COSQUINHAS OU A DANÇA DA RAIVA
Odette (Juliana Trimer) é uma bailarina que, durante uma sessão de terapia, mergulha nas próprias memórias e reconstrói com leveza momentos que fizeram parte de sua história, se aventurando numa delicada e contundente narrativa de como a dança lhe ajudou a ressignificar um abuso sexual sofrido na infância.
- Quinta19h
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo18h
CÃES DE RUA
Um grupo se reúne para compartilhar vivências e dar apoio a vítimas de experiências envolvendo criminosos, golpistas, abusadores e assassinos. O texto trata dos efeitos da manipulação das redes sociais e dos meios de comunicação sobre uma sociedade pouco educada e subserviente. Fake News, negacionismo, QAnon e outras ilusões, são lançadas como restos de alimento a uma sociedade psicologicamente falida, que vaga sem destino, como cães de rua.
- Quarta20h
- Quinta20h
ÓPERA CINDERELA
Dedicada ao público infantojuvenil, a montagem de Cinderela traz uma história de conto de fadas clássica que é amada por crianças e adultos. Além de envolver elementos de magia, romance e transformação, especialmente cativantes ao público jovem, a ópera será apresentada em português, tornando o espetáculo ainda mais acessível para estimular a imaginação das crianças e promover a apreciação das artes cênicas e da ópera. Inclusive para celebrar o Dia das Crianças, a récita de estreia será apresentada em 12 de outubro, em uma experiência cultural marcante e enriquecedora para toda as famílias.
- Sábado11h
- Domingo17h
BANHO SAGRADO
Um solo autobiográfico sobre a perda de segurança e propriedade do corpo. E uma busca por uma sexualidade sagrada. Banho Sagrado é uma exploração ritualística sobre o controle que temos sobre nossos próprios corpos em meio à objetificação, conduzindo o espectador por uma profunda jornada de autorreflexão. Concebida em um momento de crise, durante um banho de banheira, esta peça de teatro físico, criada por Alice Motta, atriz e poetisa, mergulha nas profundezas de histórias autobiográficas para desafiar as normas sociais e convidar o público a reavaliar a autonomia de seus desejos. Banho Sagrado combina poesia, movimento, narrativa e humor. Investiga a objetificação sob diferentes perspectivas sociais navegando a complexa interseção entre sexualidade, cultura e religião.
- Sábado20h
- Domingo20h