Inf Peças
NÃO FOSSEM AS SÍLABAS DO SÁBADO
Ana e Madalena são vizinhas, moram no mesmo prédio, mas mal se conheciam até um fato trágico marcar a vida das duas e mudar os rumos de suas histórias. O marido de Madalena, ao pular da janela, desaba justamente sobre o marido de Ana. E, a partir disto, o que as une é o que as separa. Na rotina das ausências, as duas viúvas vão se aproximando: atravessam a dor, a chegada de uma criança, as agruras do recomeço. Nasce uma amizade, que talvez expanda o que se entende por família. Não fossem as sílabas do sábado é uma adaptação teatral do romance homônimo de Mariana Salomão Carrara.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h30
DEBAIXO DA PELE, POR DENTRO DA TERRA
Debaixo da pele, por dentro da Terra é uma performance narrativa sobre duas árvores e duas mulheres. Uma relação entre os sistemas de cooperação da natureza e o fazer feminino do cuidado que mistura a bio pesquisa de Catharina Suleiman com a experiência de Yasmine Zaitune em passar por um tratamento de câncer de mama. A performance artística se desenrola em 30 minutos com as duas artistas em cena o tempo todo. Catharina desenvolve, entre as ações, a manipulação do próprio cabelo a ser cortado e entregue a Yasmine, além da pintura do corpo da bailarina. No ato final, há uma interação corporal entre as artistas. “Por meio das linguagens do Flamenco e da Dança Contemporânea, Yasmine contará o ciclo da vida (saúde, enfermidade, renascimento)”, conta Suleiman. Criada por por Gigi Magno especialmente para o trabalho, a trilha/ ambiente sonoro baseia-se em sons/ruídos da natureza, além dos sons vocais que serão reproduzidos ao vivo pela cantora Gigi Suleiman.
- Sexta18h30
- Sábado18h30
- Domingo18h30
RELICÁRIO DE CONCRETO
Inspirado nas memórias dos trabalhadores da Fábrica de Cimento Portland Perus e na Greve dos Queixadas. Jovem procura emprego em uma fábrica de cimento, vê-se enredado por uma atmosfera de sonho e memória, onde cenas de um passado não muito distante irão misturar-se às suas angústias e preocupações modernas. Passado e presente apresentam-se em uma única trajetória lírica, poética, onde a dualidade Queixada/Pelego é extrapolada em cenas e fragmentos de uma complexa rede de relações.
- Domingo19h
VERDES ANOS
O espetáculo revisita simbolicamente uma espécie de memória afetiva do coletivo e sua relação com o tempo e a cidade. A história é conduzida pela figura de um escritor que volta para o cenário das criações do coletivo e se depara com o início de tudo, passando a entrelaçar a narrativa da peça com uma sucessão de memórias reais e ficcionais, misturando cenas criadas por uma imensidão de artistas e personagens que habitaram esse coletivo em seus mais de 20 anos de existência.
- Domingo19h
TRÊS MEMÓRIAS EM CASA
Três irmãos moram na casa da falecida mãe. Imersos em uma atmosfera mista de luto e nostalgia, um dia eles recebem a notificação de uma construtora interessada em comprar e demolir a casa. O instinto é de negação - demolir a casa significa soterrar as memórias mais profundas da família. Ao mesmo tempo em que lidam com essa situação, problemas financeiros e familiares decorrentes de todos esses anos começam a vir à tona.
- Sábado19h30
- Domingo18h
SER JOSÉ LEONILSON
Idealizado e criado por Laerte Késsimos, o espetáculo teatral “Ser José Leonilson” é uma costura poética entre a vida e obra do artista plástico José Leonilson (1957-1993) morto pela pandemia de AIDS, e a biografia do ator Laerte Késsimos. Um bordado ou um diário em que frente e verso são compartilhados publicamente – suas amarras, cortes, sobras de linha, correções, imperfeições, pontos e nós.
- Sexta21h
- Sábado21h
- Domingo19h
FERNANDA MONTENEGRO LÊ SIMONE DE BEAUVOIR
A leitura celebra os 80 anos de carreira de Fernanda Montenegro e aborda a visão libertária de Beauvoir (1908-1986) sobre o feminismo, além de sua ligação de vida com o filósofo Jean-Paul Sartre (1905- 1980). Sem personificar Simone, Fernanda se cerca de seus óculos, uma mesa, uma cadeira, da trilha sonora e da iluminação para emprestar sua experiência íntima com a obra, dividindo com a plateia o impacto que a liberdade evocada por Beauvoir teve nessa geração de mulheres. O tempo de preparação e refino para a criação de um ambiente sem interferências demasiadas privilegia a proximidade com o público, que testemunhará a prática da liberdade defendida pela escritora, na voz da atriz. O encontro de Fernanda Montenegro com a compilação do pensamento de Simone de Beauvoir extraída da obra “A Cerimônia do Adeus“, é uma aproximação com essa escritora, pensadora e ensaísta, que revolucionou a visão do feminino.
- Domingo19h
SUBTERRÂNEA: UMA FÁBULA GROTESCA
Em Subterrânea: uma fábula grotesca, Juliana utiliza-se do mascaramento, para dar vida a uma mulher-cigarra, personagem conservadora, que espelha a trajetória e as funções exercidas pela mulher em um ambiente patriarcal. No palco, o público acompanha exatamente o desenrolar do ciclo de vida da cigarra. Ela, pelo bem da espécie, repete o próprio sistema que a reprime, mantendo assim, a ordem natural das coisas, acreditando que a sobrevivência depende do cumprimento das obrigações que o próprio sistema impõe.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo18h
ARCANO 17
Em cena os dois poetas, vividos por um ator. Ambos se conheceram em vida, Breton sendo admirador e seguidor de Apollinaire nos primeiros passos da grande liberdade intelectual deste. Apollinaire (1880-1918) lutou na I Guerra, como dever patriótico à sua amada França. Breton (1896- 1966) criticou a guerra desde sempre, e escreveu contra ela tudo que pôde. A peça descreve esses movimentos dos poetas, Apollinaire vivendo em cena, através de seus poemas, o que ocorreu em sua vida. Breton observando em contraponto o desenrolar da história de Apollinaire, de um outro lugar e tempo, em que as ilusões sobre qualquer legitimidade da guerra tinham sido há muito superadas. Esse encontro dos dois poetas é ficcional, criado pelos autores Ariel Borghi e Esther Góes, para sintetizar o olhar dos poetas surrealistas sobre a guerra, e a ação poética a que se dedicaram em prol da felicidade humana.
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo18h
UMA CARTA PARA LADY MACBETH
O espetáculo teatral “Uma Carta Para Lady Macbeth" (work in progress), com texto de Thereza Falcão e direção de Isabel Cavalcanti, é um solo inspirado na peça "Macbeth", de Shakespeare, que entrelaça a história pessoal da atriz Lorena da Silva com a dramaturgia inspirada no clássico. Muito discutida e revisitada, Lady Macbeth permanece mais instigante do que nunca. Classificada como ambiciosa e cruel nos inúmeros estudos, vai além desses adjetivos. Complexa, ela nos desafia e interroga. O espetáculo propõe um jogo de investigação teatral sobre a perturbadora Lady Macbeth, de Shakespeare, envolvendo também os personagens Macbeth e as Bruxas.
- Sábado20h
- Domingo19h
O HOMEM QUE QUERIA SER LIVRO
Diante do enigma da morte e do nada provocado pela morte de um ente querido, um homem sai em busca do sentido da vida, tendo nos livros seu alicerce, enquanto vai narrando os motivos à solitude das letras ao convívio social. Não reunindo mais forças, recorre à imaginação para fugir da realidade, e mesmo assim vê-se tragado por um escuro e profundo abismo. Para se defender, passa então, a encarnar física e psiquicamente vários personagens, e é nesse “virar letra” que se depara com o Cavaleiro da Triste Figura: Dom Quixote, que o faz ressurgir renascido.
- Segunda20h
- Terça20h
- Quarta20h
GUERRA DE PAPEL
Contornado pelo mito de Antígona, a peça trata da tragédia que ocorre todos os dias nas periferias do Brasil, das balas encontradas em corpos e corpos perdidos. Guerra de Papel é a luta para se ter uma identidade. “Se nascemos, se temos nossas certidões, por que querem nos tirar e entregar uma certidão de óbito? Apagar nossos nomes, nossas histórias, é uma guerra para nos mantermos vivos.”
- Sexta21h
- Sábado21h
- Domingo19h
TERRAPRETA A PEÇA (SONHO)
TERRAPRETA A PEÇA (Sonho) é um espetáculo de teatro inédito, inspirado em histórias originárias do Alto Xingu, e no livro Terrapreta, de Rita Carelli, obra vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura 2022, que segundo Ailton Krenak “se revela um romance de formação para leitores que vislumbram outras cartografias do país, um livro para quem ainda não sabe o que é o Brasil”. Indígenas do Alto Xingu das etnias Kamayura e Yawalapiti, e artistas da cena teatral de São Paulo se unem na criação de um espetáculo único.
- Quarta20h30
- Quinta20h30
- Sexta20h30
- Sábado20h30
- Domingo19h
A FILHA PERDIDA
Leda é uma professora de meia idade, divorciada e bem-sucedida que viaja sozinha de férias para a praia em busca de descanso. Na areia, ao observar a serenidade de uma jovem mãe que brinca com sua criança, se vê assombrada por um dilema que parecia soterrado no passado: o abandono do marido e das duas filhas em busca de uma vida mais livre. Adaptação para o palco do romance de Elena Ferrante.
- Quarta21h
- Quinta21h
- Sexta21h
- Sábado21h
TRÊS LUAS
Trazendo elementos do Xamanismo, Três Luas é um encontro de gerações de mulheres. A peça se passa na casa de Judith (Julianna de Brito), simbolicamente ambientada no alto de uma montanha e se inicia com os preparativos para o ritual de “Plantar a Lua” da jovem Paloma (Tarsila Teles) , quando inesperadamente recebem a visita de Helena (Rita Brafer), uma mulher que, em determinado momento da vida, desconectou-se do seu pertencimento à natureza, mas que já passou por muitos ritos naquela casa, na companhia de Judith. Helena volta ao lugar onde cresceu em um momento em que se sente perdida de si mesma e está em busca de uma reconexão com sua verdadeira natureza feminina. A partir daí, através das trocas e conversas das “três luas”, vamos desvendando os conflitos, as alegrias, o frescor, as sombras e os processos de cura interior de cada uma delas.
- Sábado20h