Inf Peças
AQUELES QUE DEIXAM OMELAS
É possível criar um mundo verdadeiramente justo? O que fazer quando cada movimento com esse objetivo parece gerar novas e desconhecidas injustiças? Esses questionamentos guiam o espetáculo “Aqueles que deixam Omelas”, solo narrativo baseado no conto homônimo da renomada autora americana Ursula K Le Guin (1929-2018), nunca publicado no Brasil. Com tom de fábula moral filosófica, a narrativa apresenta uma trama repleta de paradoxos: beleza e sofrimento, liberdade e opressão, justiça e injustiça, dor e prazer. O espectador se vê envolvido por um turbilhão de imagens e acontecimentos, que vão sendo narrados pelo viajante, e mediados por esse jogo de opostos incômodos. A história que está sendo contada, em alguma medida, pode ser a história de qualquer um que esteja ali sentado, ouvindo aquele curioso relato.
- Terça20h
- Quarta20h
UM MÊS NO CAMPO
"Um Mês no Campo" narra a história de Natalya Petrovna, uma mulher aristocrática russa do século XIX, cuja vida muda quando um jovem tutor chega à fazenda de sua família. Presa a um casamento sem paixão e às convenções sociais, Natalya é surpreendida por um amor proibido, o que a faz questionar o papel imposto às mulheres. Em meio ao cenário tranquilo do campo, a peça revela as tensões entre desejo e dever, explorando a luta entre o amor e a busca pela liberdade feminina.
- Sábado20h
- Domingo19h
EXERCÍCIO DAS CRIANÇAS
Carla e Marta são irmãs que se reencontram após 15 anos de distanciamento. Com a morte do pai, Carla retorna querendo reassumir seu lugar na casa da família.
- Quarta20h
LEMBRAR É RESISTIR
O texto de Analy Alvarez e Isaías Almada retrata lembranças dolorosas de um período que, apesar das cicatrizes do tempo, ainda machuca e envergonha. Esta peça teatral, que aborda o período militar, não se apresenta para reabrir feridas que a generosidade da anistia nos impõe esquecer, mas como uma garantia de que o desrespeito aos direitos humanos e a intolerância — seja ela política, racial, de gênero ou de qualquer outro tipo — nunca mais tenham espaço em nossa sociedade. O teatro, como forma de resistência cultural durante a ditadura militar, questionava o regime. A censura às manifestações artísticas no período pretendia silenciar a resistência à violência que se implantava no país.
- Segunda20h
- Sexta20h
- Sábado14h
RESTINGA DE CANUDOS
Restinga de Canudos mergulha nas pequenas histórias de resistência do vilarejo de Canudos, dando voz a personagens comuns como duas professoras, uma poeta popular, agricultores, beatos, cantadores, um juremeiro e um indígena. O espetáculo ilumina o cotidiano dessas pessoas e, especialmente, o papel das educadoras no fortalecimento da consciência crítica e na luta por um Brasil mais justo. Com uma narrativa poética e sensível, faz uma homenagem à docência militante, destacando a educação popular como força transformadora e essencial para a construção de um futuro coletivo.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo17h
Itinerário do Maldito- Uma viagem pelo universo de Plínio Marcos
O espetáculo Itinerário do Maldito- uma viagem pelo universo de Plinio Marcos traz aos palcos uma colagem cênica com fragmentos da obra teatral daquele que era uma figura polêmica e que foi um dos primeiros a levar pro palco a vida dos marginalizados. Com direção de Virgínia Nascimento o espetáculo mergulha nas complexidades do escritor, jornalista, ator e palhaço Plínio Marcos e também faz uma homenagem póstuma aos 25 anos da partida de um dos maiores dramaturgos do teatro brasileiro contada pelos seus principais personagens.
- Sábado19h e 21h
DESAPROPRIAÇÃO
O Grupo de Teatro Fatal Companhia apresenta a peça DESAPROPRIAÇÃO, que conta a história de um homem, Nicolas, que vive com sua família em uma fazenda no litoral do Brasil e que tem um processo de desapropriação de suas terras iniciado pelo Estado para que a moradia e, ao mesmo tempo, seu local de trabalho, se transformem na nova sede da Prefeitura e em um templo religioso. Nicolas recorre a um advogado, amigo de longa data, Dimas, para se defender do processo de desapropriação. Nesse enfrentamento ao Estado, Nicolas se vê diante de inúmeras injustiças que podem desapropriá-lo não só de sua propriedade, mas de sua esposa, de seu filho, de seus amigos e até de sua vida.
- Sábado20h
- Domingo19h
CAMILLE EM FUGA
“Camille em Fuga” traça uma relação sensível entre três mulheres, duas humanas e uma em óleo sobre tela. Em cena, estão as atrizes, Denise Stutz e Eli Carmo, que vivem Aura e Camille, respectivamente. Toda segunda-feira, Aura visita a mesma galeria, onde Camille trabalha, para admirar uma instalação inspirada no quadro de Monet. É ali o seu refúgio, onde consegue ser ela mesma, sem precisar desempenhar qualquer papel para ninguém. A partir de um jogo de enquadramentos e pontos de vistas, essas mulheres se entrelaçam construindo uma intimidade incomum no mundo individualista contemporâneo.
- Quinta19h
- Sexta19h
- Sábado19h
- Domingo19h
PESO DA VIDA
Charles é um homem recluso que sofre com suas decisões do passado das quais, apesar de achar certas no momento, acabou lhe trazendo muita angústia e dor ao longo dos anos. De repente, tudo muda, quando ele recebe em sua casa a rebelde Ellen, sua filha que ele abandonou aos 8 anos para seguir um novo amor. Com muita emoção, revelações e dificuldades, "O Peso da Vida" é uma história incisiva, crua, que faz a gente pensar em como a vida vale, e em como as pessoas podem fazer a diferença.
- Sábado19h30
- Domingo19h30
CARTAS DA PRISÃO
Rita, uma atriz-performer, conduz o público por uma jornada psicológica e emocional através de sua pesquisa sobre relacionamentos abusivos. O espetáculo ganha vida quando ela descobre uma série de cartas encontradas dentro do colchão de um presidiário em São Paulo. Essas correspondências, trocadas entre uma mulher intrigante, "M", e o "maníaco da flor" — um psicopata condenado por assassinar e esquartejar mais de 40 mulheres, tornam-se o fio condutor de sua performance.
- Terça20h30
- Quarta20h30
- Quinta20h30
- Sexta20h30
SELVA: SOLIDÃO
Jonathan, um atendente de fast food, Luiz Felipe, um garoto de programa e Antônio, um professor universitário aposentado, três homens gays que têm suas vidas cruzadas. Através dos desenvolvimentos de suas trajetórias e das relações que se estabelecem entre eles, “Selva: Solidão” convida o público a refletir sobre os efeitos de se crescer como uma pessoa LGBTQIAPN+ em um mundo heteronormativo, e sobre o constante sentimento de solidão presente na comunidade.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo19h
UM HOMEM SEM IMPORTÂNCIA
Realizado nos princípios do teatro documentário, “Um homem sem importância” parte da carta escrita por Leo Lama a seu pai, o dramaturgo Plínio Marcos, no dia de sua morte. Através do relato íntimo e contundente de um filho a respeito da trajetória única de seu pai, o solo narrativo mescla memória pessoal e coletiva, conduzindo o público pelos bastidores de duas gerações marcadas pela ditadura civil-militar de 1964.
- Sexta20h
- Sábado20h
- Domingo19h
TEAR
Ao se confrontar com a dificuldade de se relacionar na vida adulta, Luiza é convidada a fazer uma viagem para o passado, revisitando sua infância e olhando para a própria família sob outra perspectiva. Para a diretora, a forma como bell hooks analisa as relações familiares foi o ponto de partida: “me levou a questionar a possibilidade de estabelecer uma relação sincera e honesta, principalmente entre pais e filhos, quando a omissão e a mentira costumam ser a regra do jogo”, comenta. “Tear” representa esta trama de memórias e crenças costuradas em comportamentos da infância até a vida adulta.
- Quarta20h
- Quinta20h
- Sexta20h
- Sábado19h
MINHA CASA
O monólogo é muito sensível e tem um olhar aguçado para as relações humanas, além de trabalhar a nostalgia ao transportar o público para uma jornada de resgate das memórias de uma mulher que dedicou sua vida à arte e à hospitalidade. Com uma interpretação única, a atriz Leila Viany vai costurando suas falas entre o passado e o presente, lançando críticas à modernidade dos tempos imediatistas e fugazes. Na trama, Leila remonta uma época em que morou na antiga casa de outra mulher conhecida no bairro, a Jupira, que era muito simpática e convidava todos para um café enquanto varria a calçada de rua. Em meio a essas lembranças, uma personagem se costura à outra. “A ideia de encenar um monólogo sobre Jupira surgiu dos pontos em comum que temos entre criador(a)e criatura -- arte, artesanato, contato direto com pessoas desconhecidas nas ruas e luta diária pela sobrevivência - além da coincidência de moradia que ocorreu em tempos diferentes”, conta Leila.
- Sábado14h
- Domingo14h
LUA NEGRA
Após ser banida e perseguida, a personagem inicia um longo processo de autoexílio que dura até os dias de hoje. Imediatamente substituída pela dócil e subserviente Eva, Lilith retorna ao imaginário comum como uma mulher perigosa e temível. A partir deste mote, "Lua Negra" a apresenta como cerne da construção de “papéis femininos” nas diversas culturas e elo perdido na invenção da misoginia pelo patriarcado.
- Sexta19h
- Sábado19h